Custo de nutrição e Influenza são principais pontos de atenção para avicultura em 2024

“Mesmo com todos os pormenores, o país permanece mais competitivo em relação a nossos grandes concorrentes”.

Para o ano de 2024, o setor avícola brasileiro aguarda diversos desafios relacionados a Influenza Aviária e a elevação de custos, em meio as incertezas relacionadas a produção de grãos no Brasil. Contudo, de acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, existem outros fatores que devem ser levados em conta para analisar as perspectivas do mercado de carne de frango.

O primeiro deles, segundo ele, é que o Brasil deve seguir como líder global na exportação. “Mesmo com todos os pormenores, o país permanece mais competitivo em relação a nossos grandes concorrentes, mantendo importante fatia do mercado global. A expectativa é que, ao longo do ano, sejam novamente embarcados volumes próximos a 5 milhões de toneladas”, pontua.

Além disso, diante do cenário desafiador, Iglesias destaca que manter o alojamento de pintos de corte reduzido é imprescindível para a manutenção das margens. “A flexibilidade de produção é a grande arma da avicultura de corte se comparado as proteínas concorrentes, que se deparam com ciclos mais longos. A avicultura possui uma excelente capacidade de adequar sua produção de acordo com os desafios que o mercado apresenta, seja elevação de custos, problemas de mercado ou até mesmo problemas de ordem sanitária”, disse.

Diante deste cenário, vale lembrar que o abastecimento de milho no primeiro semestre de 2024 deve ser desafiador, sendo natural que haja uma retração de alojamento no período. “Para o segundo semestre, os números devem ser superiores devido a entrada da safrinha brasileira no mercado e potencial retração dos preços, oferecendo boa perspectiva de ganho de margem”, ressalta.

“Nesse ambiente, parece lógico que as margens setoriais podem se apertar no decorrer do primeiro semestre, mas sem conviver com grandes sobressaltos. O problema seria mais grave em caso de descontrole de produção”.

O analista comenta que a demanda doméstica deve permanecer responsiva, em especial quando se trata da população que possui menor renda per capita e depende de proteínas de menor valor agregado.

Por fim, Iglesias conclui que o possível enfraquecimento do real em 2024 é outra variável importante, ampliando a capacidade das commodities brasileiras no mercado internacional, tornando as exportações mais interessantes.

Fonte: Agência Safras

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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