Representa um salto quantitativo e qualitativo na gestão da safra de feijão, com elevado potencial produtivo e redução de cerca de 30% nos custos
Todos nós sabemos que o feijão é uma da principais fontes de proteínas da população brasileira, e, agora, uma nova variedade do produto promete revolucionar a produção de pequenos, médios e grandes produtores de feijão. A cultivar de feijão superprecoce representa um salto quantitativo e qualitativo na gestão da safra de feijão, com elevado potencial produtivo e redução de cerca de 30% nos custos com eletricidade e água na lavoura.
O feijão superprecoce foi lançado em 2018, pela equipe técnica Embrapa Arroz e Feijão e essa nova variedade é considerada uma evolução em todo o país. É um feijão que apresenta resistência a doenças, boa qualidade de grãos e bom desempenho nutricional. Os agricultores que já o produzem, conseguem várias vantagens, entre elas, menor impacto ambiental.
O engenheiro agrônomo, Helton Santos Pereira, da Embrapa Arroz e Feijão, fala dos benefícios e das vantagens dessa nova cultivar, lançada pela Embrapa. “A principal diferença é em relação ao ciclo da cultura, o tempo que você precisa entre a semeadura e a colheita. Essa cultivar é precoce e, por isso, ela completa o seu ciclo, em média, em até 65 dias. Da outra forma, seriam necessários cerca de 90 dias, ou seja, quase 30 dias a mais”, explica o agrônomo.
“Do ponto de vista nutricional, essa cultivar tem os valores, como proteína e ferro, similares ao método de cultivo tradicional. Além do tempo, muito precoce, essa cultivar tem um nível de produtividade muito bom, grãos com ótima qualidade e resistência a doenças”, acrescentou.
“Trata-se de uma cultivar com muitas vantagens e que exige alguns cuidados, sobretudo por esta questão da precocidade da produção. A adubação, por exemplo, tem de ser feita no momento correto, para não termos problemas. Realizar as ações no momento exato e prestar atenção, para a adoção desta nova técnica”.
“A gente segue no processo do desenvolvimento; é importante salientar, que uma cultivar nova demora de 10 a 15 anos, então, estamos sempre estudando as possibilidades. Continuamos com as pesquisas e estamos próximos de desenvolver uma forma de um escurecimento dos grãos, que será mais uma vantagem”, finalizou.
Dependendo da região, esta cultivar deve ser iniciada entre março e abril, porque o feijão é colhido 30 dias mais cedo que o habitual. Dependendo das circunstâncias, a cultivar pode até ser plantada na segundo quinzena de junho e ainda ser colhida no período adequado.
Este feijão está sendo produzido em Goiás, Minas Gerais e Bahia, e como ele é muito rápido, precoce, é aconselhado que um profissional acompanhe esta produção. Desde o seu lançamento, quem comprou, já no ano seguinte, procurou o produto novamente e a aceitação foi imediata.
É uma alternativa para gerar mais renda, sem deixar de lado a sustentabilidade e os benefícios esperados. Para mais informações, basta entrar em contato com a Embrapa Arroz e Feijão, através do e-mail arroz-e-feijao.imprensa@embrapa.br e/ou do número (62) 3533-2108.