Quatro galões de 250 litros de água, com peso total de uma tonelada, eram escondidos na carroceria dos caminhões e pesados junto com o veículo; Veja o vídeo!
Agentes da Delegacia de Polícia Civil (DPC) de Niquelândia realizaram operação de combate à fraude na pesagem de carga bovina na “Região do Brueiro”, zona rural de Niquelândia, em Goiás. Um pecuarista desconfiou da armação e acionou a DPC, denunciando que a empresa de transporte de gado, prestadora de serviços de um frigorífico do interior de São Paulo, estaria adulterando o peso da carga para obter vantagem comercial.
A Polícia Civil de Niquelândia desarticulou na manhã da última quarta-feira, 6, um esquema que fraudava o peso da carga no transporte de gado entre a propriedade rural e o frigorífico. Vários caminhões pertencentes a empresa que presta serviços a um frigorífico de São Paulo eram usados no golpe.
Um pecuarista desconfiou do esquema e chamou a polícia, que foi até a propriedade acompanhar um carregamento e confirmou a fraude. Quatro galões de 250 litros de água, com peso total de uma tonelada, eram escondidos na carroceria dos caminhões e pesados junto com o veículo antes dele ser carregado.
Depois que os bois eram embarcados, o veículo seguia para nova pesagem, mas no caminho os galões eram esvaziados. O peso da carga, portanto, seria avaliado em uma tonelada a menos.
Ação da polícia
Os policiais civis foram até a fazenda, na manhã de quarta-feira (06/07), acompanhar o embarque do gado e confirmaram que os responsáveis pelo transporte colocavam vários tambores cheios de águas escondidos dentro do veículo antes das pesagens e após o embarque do gado os tambores eram esvaziados a fim de alterar o peso final.
EXEMPLO: no momento da primeira pesagem, sem a carga, é informado ao pecuarista que o caminhão pesa 20 toneladas, porém, na verdade o veículo pesa 19 toneladas, pois 01 tonelada equivale a água nos galões clandestinos.
O pecuarista embarca 21 toneladas de gado, no entanto os galões de água são esvaziados a caminho da nova pesagem, contabilizando o embarque de apenas 20 toneladas. O crime era repetido em outras viagens e em vários caminhões, resultando em prejuízo para o criador e lucro indevido para os transportadores e ou o frigorífico.
Os transportadores foram ouvidos na delegacia em Niquelândia e se comprometeram a ressarcir o pecuarista pelo prejuízo causado, o que pode chegar à R$ 50 mil, devido a quantidade de gado e caminhões envolvidos.
Como não houve flagrante, ninguém foi preso, pois a farsa foi descoberta antes que uma nova remessa de gado fosse embarcada, o Polícia Civil deve prosseguir com as investigações para apurar quem seria beneficiado com o esquema e enviar o inquérito à justiça.
A transportadora se comprometeu a ressarcir o pecuarista, mas a polícia segue com as investigações para apurar quem estaria sendo beneficiado com a fraude. Os responsáveis podem responder pelo crime de estelionato.
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O prejuízo, naquela fazenda, foi estimado em R$ 50 mil. Outros criadores de gado da região também podem ter sido lesados, já que a empresa atua em outras cidades. Dessa forma, a matéria serve como um alerta para os pecuaristas no momento do embarque dos bovinos.
Esta matéria foi gentilmente compartilhada com o Portal da Cidade Uruaçu pelo jornalista Oesley Santos, do programa Niquelândia Notícias, apresentado na rádio 104,7 FM de Niquelândia. O objetivo, segundo o profissional, é estender o alerta aos criadores de gado da nossa região.
Compre Rural com informações do Portal da Cidade Uruaçu e o Niquelândia Notícias.