A consultoria Agrifatto apresentou uma análise do mercado físico do boi gordo, apontando um cenário desafiador, marcado por uma oferta robusta de animais e vendas mornas de carne bovina no varejo; confira
Nesta sexta-feira, 23, a consultoria Agrifatto apresentou uma análise do mercado físico do boi gordo, apontando um cenário desafiador marcado por uma oferta robusta de animais e vendas mornas de carne bovina no varejo. Essa conjuntura tem permitido às indústrias trabalharem com certa tranquilidade.
No Paraná, houve uma desvalorização semanal significativa, com a arroba caindo 0,7% e sendo cotada a R$ 225,50. Enquanto isso, em São Paulo, houve um aumento modesto de 0,4%, elevando o preço do boi gordo para R$ 236,50 por arroba. Na Bolsa de Valores (B3), o vencimento para fevereiro de 2024 registrou uma pequena queda diária de 0,11%, com a arroba precificada em R$ 237,15.
A redução acentuada na demanda no varejo, combinada com um estoque elevado de carne desossada destinada à industrialização, impactou o escoamento da carne com osso. Essa situação resultou em uma oferta abundante de bois inteiros e vacas, exercendo pressão sobre as cotações. O preço do boi castrado recuou em R$ 0,20 por quilo, ficando cotado a R$ 15,70 por quilo.
Fernando Henrique Iglesias, analista da consultoria Safras & Mercado, destacou que os frigoríficos intensificaram os testes de mercado, principalmente no Centro-Norte, devido ao aumento das escalas de abate durante a semana.
A oferta de fêmeas se manteve alta. Em São Paulo, a redução nos preços da carne bovina no atacado indica que as indústrias estão pressionando mais na compra de gado. Enquanto isso, os pecuaristas tentam ajustar o ritmo das vendas, porém ainda não alcançaram os resultados desejados na semana, conforme Iglesias.
No atacado, os preços estão em queda devido ao menor ritmo de vendas da carne bovina na segunda metade do mês. Iglesias projeta que essa tendência deve continuar no curto prazo, afetada também pela baixa das carnes concorrentes, como a de frango.
Diante desses desafios, o setor aguarda por possíveis ajustes e estratégias para lidar com a atual conjuntura, enquanto observa atentamente os movimentos do mercado para tomar decisões assertivas nos próximos períodos.
Consequências para os produtores
Com o mercado do boi gordo enfrentando desafios significativos, os produtores estão sentindo o impacto dessa conjuntura adversa.
Redução da margem de lucro
- Pressão sobre os preços da arroba do boi gordo diminui a rentabilidade das operações.
- Dificuldade em garantir retornos financeiros satisfatórios devido à desvalorização da arroba em alguns estados.
Competição acentuada
- Oferta abundante de bois inteiros e vacas resulta em uma competição acirrada no mercado.
- Redução nos preços de comercialização afeta diretamente a renda dos produtores.
Necessidade de adaptação
- Produtores precisam ajustar suas estratégias de manejo e produção para lidar com a situação atual.
- Adoção de medidas para reduzir custos de produção e otimizar resultados se torna essencial.
Resiliência e inovação
- Importância de cultivar resiliência diante das adversidades do mercado.
- Busca por soluções criativas e inovadoras para enfrentar os desafios do setor.
Atenção às tendências do mercado
- Necessidade de estar atento às tendências do mercado e buscar informações especializadas.
- Tomada de decisões estratégicas que visem à sustentabilidade dos negócios no longo prazo.
Medidas para mitigar os impactos
Para mitigar os impactos do mercado desafiador do boi gordo, os produtores podem adotar medidas estratégicas. Isso inclui a diversificação das atividades da propriedade, buscando alternativas de renda complementares à pecuária, como agricultura diversificada ou ecoturismo. Além disso, é essencial investir em práticas de gestão eficientes para reduzir custos operacionais e aumentar a produtividade. Explorar oportunidades de agregar valor aos produtos, como certificações de qualidade ou produção de cortes especiais de carne, também pode ajudar a alcançar segmentos de mercado mais lucrativos. A busca por parcerias, participação em cooperativas e associações, e o acesso a programas de capacitação e assistência técnica são estratégias adicionais que podem fortalecer a resiliência dos produtores frente aos desafios.
Escrito por Compre Rural com informações da Agrifatto
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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