Crise hídrica em Chapecó força BRF a buscar água no Rio Uruguai para salvar produção

Cerca de 60 caminhões realizam o trajeto diário de aproximadamente 30 quilômetros, assegurando o fornecimento necessário para as operações da empresa

A região Oeste de Santa Catarina, especialmente Chapecó, enfrenta uma crise hídrica sem precedentes, afetando tanto o abastecimento urbano quanto as operações industriais. A escassez de água tem levado empresas como a BRF a adotar medidas emergenciais para garantir a continuidade de suas atividades.

Em resposta à grave falta de água, a BRF implementou uma solução emergencial: o transporte de água do Rio Uruguai, que serve como fronteira natural entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul, para abastecer sua unidade em Chapecó. Cerca de 60 caminhões realizam o trajeto diário de aproximadamente 30 quilômetros, assegurando o fornecimento necessário para as operações da empresa.

A decisão de buscar água no Rio Uruguai foi motivada pela baixa disponibilidade hídrica na região, consequência da falta de chuvas nos últimos meses. A empresa enfatizou que todas as operações de captação estão sendo conduzidas em conformidade com as diretrizes ambientais e com as autorizações necessárias dos órgãos competentes.

A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (CASAN) também tem tomado medidas para enfrentar a crise hídrica. Uma das iniciativas inclui o transporte de água do Rio Uruguai para abastecer as regiões mais altas de Chapecó, utilizando carretas para garantir o fornecimento adequado.

Crise hídrica em Chapecó força BRF a buscar água no Rio Uruguai para salvar produção
Foto: Divulgação

Além disso, a CASAN está investindo em projetos de longo prazo, como a construção de uma adutora de 58 quilômetros para transportar água bruta do Rio Chapecozinho até uma estação de tratamento em Xanxerê. Esse projeto visa ampliar a capacidade hídrica da região e garantir o abastecimento futuro, mesmo em períodos de estiagem severa.

A crise hídrica não afeta apenas o consumo doméstico, mas também tem sérias implicações para a produção de alimentos. A escassez de água compromete a irrigação de culturas agrícolas, ameaçando a segurança alimentar e a economia local. Estudos apontam que a falta de água pode impactar mais de 50% da produção de alimentos, colocando em risco o abastecimento global.

Em meio a desafios operacionais, a BRF reafirma seu compromisso com a sustentabilidade ambiental. A empresa é a primeira do setor alimentício no Brasil a estabelecer metas climáticas aprovadas pela Science Based Targets initiative (SBTi). As metas incluem a redução de 51% das emissões diretas e de 35,7% das emissões indiretas até 2032, além do compromisso com o desmatamento zero em toda a cadeia de fornecimento até 2025.

Crise hídrica em Chapecó força BRF a buscar água no Rio Uruguai para salvar produção
Foto: Divulgação

A companhia se manifestou por nota:

A Companhia informa que, devido à falta de chuvas que atinge a região de Chapecó (SC), passou a captar água para abastecimento da sua unidade na cidade.

A medida é emergencial e foi adotada seguindo todas as recomendações e autorizações dos órgãos públicos com o objetivo de garantir a qualidade e segurança da produção de alimentos na localidade.

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Escrito por Compre Rural

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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