
Montes relatou uma conversa recente com a diretora-geral da OMC em que ela teria “quase pedido” que o Brasil continuasse produzindo alimentos para alimentar o mundo.
(Reuters) – O mundo enfrentará uma crise alimentar e crescerá a responsabilidade do Brasil em ofertar alimentos ao país e ao exterior, disse o ministro da Agricultura, Marcos Montes, nesta quarta-feira.
Em discurso em um evento sobre o plano nacional de fertilizantes, ele citou o conflito na Ucrânia como um “problema grave” que “acendeu ainda mais a luz” em relação à elevada dependência do Brasil da importação de fertilizantes.
“Hoje todos nós estamos debruçados para buscar alternativas para que o Brasil não ficasse tão dependente como somos hoje… A crise gera oportunidades, e essa é uma grande oportunidade para que o Brasil continue sendo essa potência alimentar do mundo todo”, afirmou.
Montes relatou uma conversa recente com a diretora-geral da OMC em que ela teria “quase pedido” que o Brasil continuasse produzindo alimentos para alimentar o mundo.
- Efeitos do calor no rebanho bovino vão além do desconforto e podem incluir redução no ganho de peso
- Conheça os alimentos mais adulterados no Brasil
- Você sabe o que é ‘leitura de cocho’? Prática que ajuda a aumentar a eficiência produtiva de bovinos de corte terminados em confinamento
- Whitebred Shorthorn: raça une rusticidade e produção de carne de qualidade
- De olho na cigarrinha: como garantir a produtividade da pecuária em 2025
“Teremos sim, infelizmente, não tenho dúvidas disso, uma crise alimentar no mundo, e o Brasil terá essa responsabilidade ainda maior, de pôr comida na mesa dos brasileiros, mas também alimentar o mundo.”
Ele mencionou ainda que a projeção inicial para a produção nacional de grãos, em torno de 300 milhões de toneladas em 2021/22, acabou sendo reduzida por questões climáticas a cerca de 269 milhões de toneladas. “O remédio para a inflação, e os alimentos têm parte importante nisso, é produzir mais.”
Fonte: Reuters