Exposição na Pecuária de Goiânia promove raça de cavalos Mangalarga Marchador; Evento acontece nos dias 29 e 30 de Abril e 1º de Maio
A 51ª Expo Saga RAM Marchador está chegando! O evento traz à Goiânia criadores e expositores da raça Mangalarga Marchador das regiões Centro-oeste, Sudeste e Norte. Serão três dias de julgamento de marcha batida, marcha picada e avaliação morfológica, além de provas sociais e desafio nobre marchador. Cavalos, éguas e potros de várias idades serão avaliados e classificados para competir em evento nacional. O Núcleo de criadores goianos promove o evento que ocorre a partir do dia 29, sexta-feira, no Parque de Exposições Agropecuárias de Goiânia e possui programação especial voltada para o público com entrada gratuita.
Programação cultural envolve show na sexta e festa da família no domingo. A cantora Maysa Luckmann apresenta repertório próprio e clássicos da música sertaneja em festa voltada a adultos. No domingo fica reservado ao julgamento dos campões dos campeões em todas as categorias e desafio Nobre Marchador competição de maleabilidade para crianças e jovens não profissionais.
Marcha Batida e Picada
Como característica fundamental, o cavalo Mangalarga Marchador se difere das outras raças por realizar uma passada mais simétrica e que proporciona conforto ao cavaleiro. Usado na lida no campo é um cavalo dócil e ideal para crianças e adultos no mundo da equitação, nas cavalgadas e nos esportes equestres. Árbitros da categoria afirmam que é o melhor cavalo para se montar. Na avaliação das marchas são levados em conta o andamento natural, simétrico e a quatro tempos.
A marcha batida caracteriza o andamento do cavalo pelo maior tempo de apoio diagonal, ou seja, o apoio dos pés do cavalo é alternado, já na marcha picada o andamento natural apresenta um maior tempo de apoio lateral.
Com o propósito de expandir o conhecimento sobre a raça no estado, o Núcleo de Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador de Goiás (NCCMM-GO) disponibilizará um cavalo para “test-ride” – animal da raça Mangalarga Marchador em que os visitantes poderão experimentar a montaria.
A expectativa é de que cerca de 200 animais da raça sejam apresentados nos três dias de programação. Haverá ainda, estandes com produtos agropecuários, feira de produtos regionais e ainda uma praça de alimentação. Na ocasião, o visitante poderá conhecer o Núcleo de criadores goianos, que é parte do Parque de exposições agropecuárias de Goiânia, e assistir aos campeonatos que conta com arquibancada coberta.
O NCCMM-GO
Fundado em 1986, o Núcleo de Criadores de Manga Larga Marchador de Goiás está situado na Pecuária de Goiânia, em frente a pista de competições do parque. Desde sua fundação, o propósito foi promover a raça Mangalarga Marchador no estado de Goiás, que foi concebida através do cruzamento de raças trazidas de Portugal com outros animais selecionados na região de Minas Gerais, sendo, portanto, genuinamente brasileira. Goiás é palco de grandes estrelas, animais que marcaram época como as éguas Marquesa Vegas e Umbanda, sendo a última a Campeã das Campeãs em campeonato nacional.
A raça Mangalarga Marchador surgiu há cerca de 200 anos na Comarca do Rio das Mortes, no Sul de Minas, através do cruzamento de cavalos da raça Alter – trazidos da Coudelaria de Alter do Chão, em Portugal – com outros cavalos selecionados pelos criadores daquela região mineira. A base de formação dos cavalos Alter é a raça espanhola Andaluza, cuja origem étnica vem de cavalos nativos da Península Ibérica, germânicos e berberes. Os cruzamentos dessas raças deram origem a animais de porte elegante, beleza plástica, temperamento dócil e próprios para a montaria.
Os primeiros exemplares da raça Alter chegaram ao Brasil em 1808, com D. João VI, que se transferiu para a Colônia com a família real. Os cavalos dessa raça eram muito valorizados em Portugal e a família real investia em coudelarias (haras) para o aprimoramento da raça. A Coudelaria de Alter foi criada em 1748 por D. João V e viveu momentos de glória durante o século XVIII, formando animais bastante procurados por príncipes e nobres europeus para as atividades de lazer e serviço.
Minas Gerais já se destacava como centro criador de equinos desde o século XVIII e a chegada dos cavalos da raça Alter veio aprimorar ainda mais seus criatórios. A Comarca do Rio das Mortes tinha um potencial de ouro muito baixo, mas chamou a atenção dos colonizadores por causa das suas boas condições para a criação dos animais. Havia água em abundância e a vegetação era constituída de matas, capões e ervas pardacentas, adequadas para a produção de forragem.
Há várias versões para o nome Mangalarga Marchador, mas a mais consistente está relacionada à fazenda Mangalarga, localizada em Paty do Alferes, no Rio de Janeiro. O nome da fazenda era o mesmo de uma serra que existia na região. Seu proprietário era um rico fazendeiro que, impressionado com os cavalos da família Junqueira, adquiriu alguns exemplares para os passeios elegantes realizados no Rio de Janeiro. Quando alguém se interessava pelos animais, ele indicava as fazendas do Sul de Minas. As pessoas procuravam os fazendeiros perguntando pelos cavalos da fazenda Mangalarga e esta referência se transformou em nome. Já o nome Marchador foi acrescentado pelo fato de alguns daqueles cavalos terem a função de marchar em vez de trotar.
51ª Expo Saga Ram Marchador de Goiás
Data: 29, 30 de Abril e 1º de Maio
Horário: A partir das 8h | Show: A partir das 19h
Local: Parque de Exposições Agropecuárias de Goiânia,
Maiores informações: (62) 3203-1133 | 9 8561-4896 | 9 9631-8148