Criadores de wagyu PO faturam até 2,2 vezes sobre a @ e com venda da genética, inclusive para cruzamentos.
A Fazenda Yakult, foi a primeira a trabalhar com a criação da raça de boi Wagyu no Brasil. Em 2008, foi criada a Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos da Raça Wagyu, que conta com sede na própria empresa e realiza um trabalho de fomento para disseminação da raça.
Hoje, oito a nove estados brasileiros realizam trabalho caseiro para entregar o produto para o consumidor. São cerca de 6000 animais de raça pura registrados na Associação e 40 mil animais provenientes de cruzamento industrial.
Segundo Eliel Marcos Palamim, veterinário e gerente da Fazenda Yakult, tanto os criadores de gado europeu, que já possuem o conhecimento do manejo diferenciado quanto os criadores de Zebu estão entrando neste mercado. O custo de produção do cruzamento pode ser semelhante ao da raça pura, de forma que muitos trabalham na transição do gado cruzado para o gado puro, abrindo a oportunidade, então, para comercializar sêmen, embriões e animais.
O cálculo de preço para a venda de animais dessa raça é de 2,2 vezes a arroba do boi comum. Um animal pronto para abate, com cerca de 750kg e desenvolvimento de 28 a 30 meses, pode ser vendido por volta de 14 mil reais.
Esse animal necessita do cocho para que o marmoreio, ou seja, a gordura entremeada na carne, alcance os resultados desejados. Há confinadores que trabalham com música clássica para acalmar os animais. O veterinário diz que a administração de técnicas de massagem, como ocorre no Japão, são impossibilitadas pelas áreas maiores, mas que, caso fosse possível, os resultados de marmoreio seriam melhores.
Com o baixo número de criadores no Brasil, existem outros países com abertura comercial para trazer essa raça ao mercado local. Palamim lembra que a carne Kobe é cada vez mais demandada por restaurantes, de forma que esta pode ser uma diversificação rentável.
Fonte: Notícias Agrícolas, adaptada pela Equipe BeefPoint.