Crescimento de 5,9% no PIB do Agronegócio em MG em 2023

O montante de R$ 228,6 bilhões representou um marco histórico para o Estado.

O setor do agronegócio em Minas Gerais demonstrou uma vigorosa expansão em 2023, com seu Produto Interno Bruto (PIB) apresentando um robusto crescimento real de 5,9%, alcançando a marca significativa de R$ 228,6 bilhões. Essa notável performance estabeleceu um novo recorde, superando em expressivos R$ 13,2 bilhões o registro do ano anterior e representando 2,2% do PIB total do Estado. Esses dados foram revelados em comunicado oficial nesta segunda-feira (10/6) pela respeitada Fundação João Pinheiro (FJP), em parceria com a influente Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais, além da colaboração da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais.

Segundo análises da FJP, o notável desempenho foi impulsionado por um substancial aumento na produção de culturas essenciais como café, soja, cana-de-açúcar e milho, mesmo diante da volatilidade dos preços das commodities, especialmente no segundo semestre de 2023. Paralelamente, setores como o de alimentos, bebidas, celulose e biocombustíveis também registraram um avanço significativo, tanto em termos de volume produzido quanto em valor de mercado. Essas observações foram ressaltadas pelo professor, pesquisador e coordenador de contas regionais da diretoria de estatística e informações da FJP, Raimundo Sousa.

No último ano, o cenário dos preços no agronegócio viu um incremento agregado de 0,2%.

O Valor Adicionado Bruto (VAB) no âmago da produção agrícola, pecuária e florestal registrou uma evolução notável, saltando de R$ 68,7 bilhões em 2022 para expressivos R$ 70,1 bilhões em 2023. Esse aumento de 11,5% em volume foi, em parte, contrabalanceado por uma queda de 8,5% na média dos preços dos produtos primários do setor agropecuário, conforme indicado pela análise da FJP.

Por outro lado, o VAB dos segmentos adjacentes da cadeia do agronegócio (englobando insumos, bens de capital, indústria de processamento de matérias-primas e serviços correlatos) testemunhou um crescimento substancial, passando de R$ 146,6 bilhões para R$ 158,5 bilhões, na mesma base comparativa. Neste segmento, observou-se um incremento de 3,3% em volume e uma alta de 4,7% nos preços médios.

Os dados deste estudo da FJP se baseiam nas informações de safra fornecidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), bem como nos registros de preços mantidos pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da renomada Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP).

No decorrer do último ano, em Minas Gerais, os indicadores de produção agrícola testemunharam um crescimento substancial. A colheita de soja, por exemplo, registrou um notável incremento de 11,8%, atingindo a marca de 8,5 milhões de toneladas. Da mesma forma, a produção de café apresentou uma ascensão expressiva de 21,4%, totalizando 1,7 milhão de toneladas. Enquanto isso, a cultura da cana-de-açúcar avançou consideravelmente, atingindo a cifra de 82,5 milhões de toneladas em 2023, o que representa um incremento de 12,6%. Por fim, a produção de milho também registrou um aumento significativo, alcançando 8,3 milhões de toneladas, um acréscimo de 6,4%.

Entretanto, apesar do vigoroso crescimento na produção, os preços de importantes commodities enfrentaram uma tendência de baixa no último ano. Os valores da soja, por exemplo, recuaram em 22% em comparação a 2022, enquanto o preço do café registrou uma queda de 24% e os preços do milho apresentaram uma redução de 25%.

O vice-governador, Mateus Simões, ressaltou a impressionante performance do setor agrícola, destacando que o crescimento superou a média da economia geral de Minas Gerais. Ele afirmou: “Esses números são muito impressionantes, pois os preços em 2022 eram mais altos do que em 2023, então, crescemos no valor total, mesmo com redução no preço das commodities. Isso mostra que o nosso produtor rural está avançando muito em produtividade.

Escrito por Compre Rural

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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