A procura aquecida e a retração vendedora têm mantido os preços do milho em forte alta em todas as regiões levantadas pelo Cepea.
No acumulado de novembro, os avanços nos valores superaram os 14% em algumas regiões. De acordo com colaboradores do Cepea, os preços no interior do País seguem acima dos verificados na região dos portos, o que tem feito com que os poucos vendedores ativos e detentores de lotes da segunda safra direcionem o milho ao mercado interno.
Na região de Campinas (SP), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa fechou a R$ 47,88/sc de 60 kg na sexta-feira, 29, altas de 3,1% na semana e de 14,1% no acumulado de novembro.
O preço do óleo bruto degomado (com 12% de ICMS) tem registrado significativa alta no mercado brasileiro, chegando a R$ 3.646,97/tonelada na cidade de São Paulo na sexta-feira, 29, o maior patamar nominal da série do Cepea, iniciada em julho de 1998.
E a soja?
Segundo pesquisadores do Cepea, o aumento está atrelado à baixa disponibilidade do derivado nas indústrias, em um momento em que a demanda doméstica segue bastante aquecida. No geral, o movimento de alta nos valores do óleo de soja é verificado desde agosto deste ano, quando notícias começaram a indicar aumento na quantidade mínima obrigatória da mistura de biodiesel ao óleo diesel – que passou de 10% (B10) para 11% (B11) em 1º de setembro de 2019.
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Desde então, a liquidez no mercado brasileiro de óleo de soja cresceu significativamente, dado que esse produto corresponde a 70% das matérias-primas utilizadas na produção de biodiesel.
Em novembro, o preço do óleo de soja teve média de R$ 3.454,57/tonelada, a maior, em termos nominais, na série histórica do Cepea, 4,9% acima da registrada em outubro e a maior desde dezembro de 2016, em termos reais – as médias mensais foram deflacionadas pelo IGP–DI, base outubro/19.
Fonte: Cepea