CORN11: Milho ganha fundo de índice exclusivo para negociar na B3

O milho é uma das principais commodities brasileiras e seu contrato futuro é hoje o derivativo agropecuário mais negociado aqui na bolsa de valores brasileira

Tivemos uma estréia na Bolsa de Valores Brasileira (B3), estreou nesta terça-feira (25) o primeiro ETF com lastro em milho. ETF é a sigla para Exchange Traded Funds. Ou seja, são Fundos de Investimento que captam recursos para aplicar em carteiras que seguem algum índice como referência, como, por exemplo: o Ibovespa, o S&P 500, o Small (índice das Small Caps), entre outros. Em outras palavras, é uma forma de ter acesso a uma carteira diversificada realizando o aporte em um único código de negociação.

O novo ETF, com código de negociação CORN11, segue o desempenho do IFMILHO B3 (Índice Futuro de Milho B3). O produto é gerido pela BB Asset Management, a gestora do Banco do Brasil, e tem taxa de administração de 0,45% ao ano.

Por volta das 16h30, a cota do ETF subia cerca de 4,5%, a R$ 10.

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Lançamento do ETF CORN11 na B3 / Foto: Divulgação

Lançado no fim de setembro, o IFMILHO acompanha a trajetória de uma carteira teórica de contratos futuros de Milho (CCM), instrumento utilizado para proteger produtores e investidores da variação de preço da commodity, conforme explica a B3. Como cada um desses contratos tem duração de dois meses, opera-se a rolagem do contrato atual para o contrato de vencimento subsequente no final de cada bimestre.

“Ter um índice baseado em uma commodity forte, como é o caso do milho, dá ao mercado a oportunidade de criar produtos como ETFs, que aproximam ainda mais o investidor do mundo do agronegócio”, afirmou, em nota, Luís Kondic, diretor executivo de Produtos Listados e Dados da B3.

Segundo Aroldo Medeiros, CEO da BB Asset, “o CORN11 traz uma grande inovação para o mercado de ETFs brasileiro, permitindo que qualquer investidor com disponibilidade de R$ 10,00 possa acessar uma das mais relevantes commodities agrícolas mundiais, o milho! Mais do que diversificação de investimentos, estamos falando de democratização e simplificação do acesso a este mercado”.

O índice é calculado diariamente, com base no preço de ajuste do primeiro vencimento do futuro de milho. Durante os cinco pregões anteriores ao vencimento do contrato vigente, a partir do 9º dia útil anterior, será criada uma cesta, na qual o preço do índice será uma média ponderada entre a variação do preço do contrato vigente e o preço do contrato com vencimento imediatamente subsequente.

“O milho é uma das principais commodities brasileiras e seu contrato futuro é hoje o derivativo agropecuário mais negociado aqui na bolsa. O lançamento deste ETF vai trazer ainda mais visibilidade e consequentemente liquidez para o contrato futuro, além de permitir que os investidores, inclusive pessoas físicas, possam alocar capital em mais um produto ligado ao agronegócio brasileiro”, afirma Louis Gourbin, superintendente de Commodities da B3.

Conforme essa metodologia, uma simulação da B3 aferiu que,se o indicador existisse desde 2017, teria acumulado valorização anualizada de 28,63%. Esse resultado é 7,63 pontos percentuais superior à rentabilidade do ICB (Índice de Commodities Brasil) no mesmo período.

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