Copom reduz Selic à mínima histórica de 2% ao ano

Corte foi a nona redução consecutiva na taxa básica de juros desde julho de 2019; Estimativa é de que a taxa chegue a 1% ainda neste ano.

Em reunião realizada nesta quarta-feira (5/8), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa básica de juros da economia brasileira em 0,25 ponto percentual, para 2% ao ano.

Em nota, o Comitê explica que a decisão reflete “um balanço de riscos de variância maior do que a usual para a inflação prospectiva”, sendo “compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante, que inclui o ano-calendário de 2021 e, em grau menor, o de 2022”.

“O Copom entende que a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo monetário extraordinariamente elevado, mas reconhece que, devido a questões prudenciais e de estabilidade financeira, o espaço remanescente para utilização da política monetária, se houver, deve ser pequeno”, afirma o nota divulgada após a reunião.

Segundo a autoridade monetária  “a incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia permanece acima da usual, sobretudo para o período a partir do final deste ano, concomitantemente ao esperado arrefecimento dos efeitos dos auxílios emergenciais”.

Os membros do Copom avaliam que os programas de estímulo econômico implementados durante a pandemia, como o auxílio emergencial e crédito concedido a empresas atingidas pela crise, podem fazer com que a redução da demanda agregada seja menor do que o esperado, “adicionando uma assimetria ao balanço de riscos”.

“Esse conjunto de fatores implica, potencialmente, uma trajetória para a inflação acima do projetado no horizonte relevante para a política monetária”, conclui a autoridade monetária.

O corte anunciado nesta quarta-feira é a nona redução da Selic desde julho do ano passado. A taxa encontra-se no menor patamar de sua série histórica, iniciada em 1986. Principal ferramenta de controle inflacionário do Banco Central. Os juros básicos mais baixos tendem a reduzir o custo do crédito no país, incentivando a atividade econômica.

Fonte: Globo Rural

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