Consórcio de gramínea com leguminosa lablab pode aumentar em até 30% a produção na pecuária de corte ou pecuária leiteira.
A lablab é uma leguminosa com dupla aptidão, que pode ser utilizada tanto como adubo verde como forrageira para alimentação do gado de corte e leite. Como outras leguminosas, reduz o uso de suplementação para o animal e diminui consideravelmente o custo de produção do pecuarista, além de incrementar em até 30% a produtividade na comparação com a pastagem tradicional, de acordo com levantamento da Embrapa Gado de Corte.
Segundo o diretor comercial da Piraí Sementes, José Aparecido Donizeti, a planta pode ser semeada em diferentes períodos, a depender do seu uso. “Como silagem, a lablab deve ser plantada de outubro a dezembro. Porém, para banco de proteína, pós rotação com o milho, pode ter um plantio mais tardio, de dezembro a fevereiro”, orienta.
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O banco de proteína pode ser usado em sistemas intensivos com possibilidade de movimentar o rebanho entre pastos de leguminosas e de gramíneas. “Na prática, o boi é solto por cerca de três horas no pasto de leguminosas e, depois, manejado para a pastagem de capim – onde permanece o restante do dia”, explica o pesquisador Celso Dornelas, da Embrapa Gado de Corte.
Quando é oferecida proteína no pasto, o produtor abre uma alternativa à suplementação e consegue maior equilíbrio da dieta do bezerro desmamado à do animal que está sendo preparado para abate. Por conta do manejo, o sistema é mais comum em propriedades de gado de leite, inclusive as de produção orgânica. “Mais um benefício é que o solo fica com mais nutrientes, pois as leguminosas ajudam na fixação de nitrogênio, e as pastagens mais nutritivas”, explica Donizeti.
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