Segundo o vice-coordenador do Conseleite, Rodrigo Rizzo, todas as entidades estão sendo convocadas para uma reunião extraordinária do órgão que deverá ocorrer no dia 7 de dezembro.
A Câmara Técnica do Conselho Paritário Produtores/Indústrias do Leite do Rio Grande do Sul (Conseleite/RS) vai se reunir na próxima semana para iniciar as discussões sobre a revisão dos custos de produção da cadeia que balizam o preço de referência do leite.
A decisão foi tomada na reunião mensal do conselho, atendendo à reivindicação que vinha sendo feita pelas entidades representantes da agricultura familiar, que decidiram se retirar das reuniões até que a base de cálculo fosse revista e contivesse os custos atualizados.
Segundo o vice-coordenador do Conseleite, Rodrigo Rizzo, todas as entidades estão sendo convocadas para uma reunião extraordinária do órgão que deverá ocorrer no dia 7 de dezembro.
O vice-presidente da Fetag, Eugênio Zanetti, adianta que as entidades esperam agora sentar à mesa com a indústria e discutir uma fórmula mais justa para o cálculo do preço de referência, que considere os custos atualizados tanto do campo quanto da indústria, altamente inflacionados em 2020 e 2021. “Queremos sentar e colocar as cartas na mesa agora, porque o preço de referência estava irreal em relação ao que era praticado no campo”, observa Zanetti.
Em razão das divergências, o Conseleite não vai divulgar o preço de referência do leite apurado em novembro, mas o dirigente da Fetag afirma que isso não prejudica a comercialização, servindo apenas como um parâmetro.
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Responsável pelo estudo mensal que estabelece o preço de referência, o professor de Economia Marco Antonio Montoya, da Universidade de Passo Fundo (UPF), diz que a atualização dos custos de produção do campo e da indústria era feita a cada dois anos, com acordo de todas as partes.
O professor, surpreso com o afastamento das entidades dos produtores, esclarece que apuração do índice é feita mensalmente considerando os preços de cada produto da indústria láctea. “Os custos são os moderadores destes preços, mas não mudam nem para um lado e nem para o outro”, afirma. Segundo ele, a metodologia é moderna e vem sendo utilizada por outros conselhos paritários.
Fonte: Correio do Povo