Maior do que toda a Região Metropolitana de São Paulo, conta com mais de 800 quilômetros de estradas internas e cerca de mil moradores. Por essa infraestrutura, a Fazenda Roncador é considerada como uma das maiores áreas produtivas do mundo em extensão única.
Fazenda Roncador, uma das maiores fazendas do mundo. Inicialmente, a partir de uma área de 24 mil hectares, no final da década de 1970, uma construção deu origem a uma gigantesca estrutura implantada pelo ex-tropeiro Pelerson Soares Penido (1918-2012). Seu Penido, como era chamado por todos, já tinha uma longa e bem-sucedida carreira como engenheiro civil, mas por principalmente ser um empreendedor nato e de conseguir desafiar a projeção de uma iniciativa pecuária à frente do seu tempo. Naquele momento, logo no início do projeto, ele já contava com 60 anos de idade, o que não fez se intimidar, dando nascimento ao que atualmente é conhecido como Fazenda Roncador.
Hoje, a Fazenda Roncador possui 152 mil hectares em um espaço com mais de 607 quilômetros de estradas pavimentadas, além de possuir um aeroporto. Sua localização se encontra na cidade de Querência, Mato Grosso. Cerca da metade da fazenda abrange uma concentração de matas nativas e de áreas de proteção permanente.
Há pouco mais de dez anos, iniciou-se um novo ciclo com a implantação progressiva da integração lavoura-pecuária (ILP), na adoção de novas práticas de gestão e uma nova compreensão da relação com o meio ambiente. Só em 2019, a produção da Fazenda Roncador chegou aos registros de 5.200 toneladas de carne e mais 166.256 toneladas de soja, o que confere à sua trajetória, um caso de sucesso.
A Fazenda Roncador, através de seus princípios de integração sustentável (plantio, pecuária, pessoas e planeta), nesses últimos dez anos, conseguiu desenvolver e implantar um modelo próprio, que chama de “verdadeira simbologia” entre gado, pasto e soja. Na verdade, o seu sistema não gerou apenas uma cadeia produtiva, mas um grande ecossistema único, onde pessoas podem usufruir diretamente de seus
resultados.
Dessa forma, é possível qualificar essa integração entre consumidor e meio ambiente, já que os métodos utilizados (como de captura de carbono e colaboração ao combate do aquecimento global) conferem o que hoje é conhecido como integração 4P: plantas, pecuária, pessoas e planeta.
Por exemplo, a soja, por ser uma leguminosa, ajuda a fixar o nitrogênio no solo, colaborando com o crescimento do capim, permitindo reduzir a necessidade de fertilizantes. Da mesma forma, uma palhada de soja, não é retirada, fazendo com que seja absorvida como adubo, ajudando a proteger o solo da erosão.
E mais, com o desenvolvimento de um modelo próprio de produção, o resultado foi impressionante: um aumento de 41 vezes no volume de alimentos produzidos e mesmo consumidos, na mesma área, sem derrubar uma única árvore. Assim, a Fazenda Roncador exibe seu selo de governança para o futuro, pois vem demonstrando como é possível realizar uma boa gestão aliada à tecnologia.
A reinvenção do setor do agronegócio no Brasil deve ser observada nestes critérios indicados pela atual operação agropecuária que expressa rentabilidade e sustentabilidade em um novo processo. Tudo isso, com respeito às pessoas, aos animais e ao planeta.
A Sustentabilidade para um Meio Ambiente melhor
Segundo um estudo da Pangea Capital (2018), a captura de mais de 89 mil toneladas de carbono fazem com que a Fazenda Roncador possa compensar todas as suas emissões de gases de efeito estufa, mas não só isso. Metade da sua área, por ser de mata nativa, mantém o compromisso ético com o meio ambiente em não realizar mais nenhuma derrubada de árvores. Pelo contrário, a gestão da fazenda investiu no projeto de um viveiro que produz mais de 40 mil mudas de espécies nativas por ano, ampliando assim, uma enorme uma cobertura florestal.
Além disso, a Fazenda Roncador exibe o compromisso com a redução do uso de defensivos agrícolas, hoje tão seriamente discutidos pelos órgãos da saúde. Os resultados atuais, demonstram uma evolução considerável de dez vezes na melhoria dos parâmetros exigidos pela União Europeia, por exemplo, fazendo uso e controle biológico de pragas.
Da mesma forma, no tratamento dado aos animais, a gerência vem se preocupando cada vez mais com o bem estar em todas as suas fases, desde o nascimento, sem uso agressivo de tecnologias de inseminação, monitoramento e acompanhamento. Seus colaboradores, na verdade, passam por intenso treinamento antes de lidarem com os animais. Na fazenda, não se faz uso de arames farpados, e todo o gado é guiado por meio de mandeirinhas e por linguagem corporal. Praticamente, todo o rebanho é criado a pasto natural.
E por falar em gado, na Fazenda Roncador, uma das raças mais estudadas, pela relação
com seu consumo saudável é a Rubia Gallega. Trata-se de uma raça muito antiga, de origem espanhola, bastante conhecida por sua rusticidade e qualidade genética. Além disso, ela vem se adaptando muito bem ao nosso clima, o que garante uma carne comprovadamente mais saudável do que outras, segundo estudos do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da USP.
Muito mais do que uma fazenda: uma comunidade
A Fazenda Roncador, hoje, pode ser considerada como um projeto social. São escolas, supermercados, igrejas, quadras de esportes, serviços médicos e até uma estação de tratamento de esgoto, que compõem uma comunidade, onde moram cerca de mil pessoas.
Por este motivo, por essa infraestrutura, a Fazenda Roncador é considerada como uma das maiores áreas produtivas do mundo em extensão única. “Isso aqui é uma prefeitura, com mais de 800 quilômetros de estradas aqui dentro, que a gente cuida com o nosso maquinário próprio”, diz Guilherme Alves da Silva, gerente da propriedade, mas que muito bem poderia ser chamado de prefeito.
Fonte: Fazenda Roncador
ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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