Burro é o nome dado ao filhote macho do cruzamento entre o jumento, também chamado de asno ou jegue (Equus asinus), com a égua, ou cavalo fêmea (Equus caballus).
Como são indivíduos resultantes do cruzamento entre espécies com número de cromossomos diferentes, apresentando número ímpar de cromossomos, burros e mulas tendem a nascer estéreis.
Esses animais se apresentam mais parecidos com os cavalos do que com os jumentos. Eles têm porte que varia do pequeno ao médio, orelhas grandes (mas menores que as dos jumentos) e pelo curto. São muito resistentes, dóceis e com grande capacidade de equilíbrio, atravessando, com agilidade, trilhas estreitas, sinuosas, pedregosas, acidentadas e íngremes. Além disso, possuem a audição bem apurada, grande sensibilidade em seus cascos; e olfato e paladar mais rudes, permitindo com que sejam bem menos seletivos quanto à alimentação.
Graças a esses atributos, tais animais foram amplamente utilizados no transporte de cargas, tais como alimentos e mercadorias; sendo, por isso, tratados como indivíduos de grande estima. Infelizmente, a urbanização e modernização do transporte de cargas fizeram com que esses equinos perdessem seu prestígio, assumindo o sinônimo de atraso.
Sua longevidade permite-lhes trabalhar por mais de 35 anos e em alguns casos, por até 47 anos.
Os muares, animais de grande importância na história do Brasil, nunca poderão ser esquecidos. Graças ao trabalho de burros e mulas, o Brasil cresceu, evoluiu e se desenvolveu. Sobre o lombo dos resistentes burros e mulas, foram transportados alimentos, mercadorias diversas e, até mesmo, armas e munições.
E não para por aí, os muares trabalharam arduamente no transporte das maiores riquesas do Brasil colonial que foram o ouro das minas, o açúcar dos engenhos e o café das fazendas. Posteriormente, sua utilização foi extendida para o preparo do solo e a lida com o gado.
Os muares, mulas e burros, são animais híbridos resultantes do cruzamento de um jumento com uma égua, ou de um cavalo com uma jumenta. A mula é o indivíduo fêmea, resultante do cruzamento de um jumento com uma égua. O macho, resultante desse cruzamento, é chamado burro. Ambos pertencem à espécie denominada muar. O cruzamento das mesmas espécies genitoras, porém invertidos os sexos (portanto, cavalo x jumenta), dá origem a um animal diferente, o bardoto. Em algumas regiões do Brasil, os muares recebem, ainda, nomes diferentes e mulo, mu, besta, burro, macho, jerico, são alguns deles.
São praticamente imunes a aguamentos e apresentam inteligência superior aos seus primos, os cavalos.
Para a maioria das pessoas, o muar representa o ponto final na biologia dos equídeos, por ser um híbrido estéril resultante do cruzamento entre duas espécies diferentes. No entanto, apesar de estéreis, todos esses animais são de grande importância rural graças à sua resistência e docilidade. A esterilidade se explica devido ao fato de os cavalos possuírem número de cromossomos diferente dos jumentos. São raros os casos em que uma mula deu à luz. Desde 1527 até os dias atuais, apenas 60 casos foram registrados.
Com o passar do anos, evoluiu-se também a concepção de uso da raça. Atualmente, é notória a valorização dos muares e jumentos. São inúmeras as utilidades desses animais, além de serem destaque em competições, cavalgadas, provas funcionais em feiras e em concursos. Os Leilões, os cursos de doma racional, o preparo para as exposições, também contribuíram na valorização e na divulgação da raça. Atualmente, o que se tem buscado nesses animais é uma maior docilidade, agilidade, delicadeza e comodidade.
Em um julgamento de marcha, por exemplo, são avaliados: comodidade para quem monta, movimentação de membros, estilo, diagrama de marcha (tempos de tríplices apoios no solo), estabilidade de corpo e regularidade durante todo concurso. Todos estes quesitos são avaliados durante um período de aproximadamente 30 a 40 minutos.
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Características físicas
De uma maneira geral, os muares se parecem com os cavalos. As orelhas são mais compridas, o que lhes dá maior percepção dos sons; possuem a cabeça e as pernas do jumento; diagrama corpóreo da égua; narinas afiladas, canelas secas e cascos relativamente pequenos; crinas curtas e para cima, podendo, eventualmente, apresentá-las longas e caídas como os equinos; peso variando entre 250 kg a 400 kg e altura entre 1,30m e 1,50m. O rincho do jumento pode ser ouvido até 3 ou 4 km de distância.
Alimentação
Os muares consomem, para viver, em torno de 25% das necessidades calóricas de um cavalo, e menos água. Sob trabalho pesado, os muares controlam seu suor mantendo estável sua temperatura interna. Tem capacidade de arrasto de até 50% do peso de seu próprio corpo, enquanto os equinos não ultrapassam 30%.
Manejo
Do ponto de vista veterinário, mulas e burros fazem a monotonia da vida prática destes profissionais, pois não requerem qualquer atenção significativa, além dos cuidados normais na propriedade (controle de vermes, carrapatos, higiene de estábulos, entre outros).
Desempenho
A dureza de seus cascos é comparável ao marfim e para trabalhos em terrenos planos não necessitam serem ferrados. Ao enfrentarem trilhas montanhosas, comportam-se como cabras, subindo passo a passo sem esgotarem seus dotes físicos e progredindo por horas a fio sem descanso.
Longevidade
Sua longevidade permite-lhes trabalhar por mais de 35 anos, não sendo surpresa alguns casos de muares estenderem suas vidas por até 47 anos. São praticamente imunes a aguamentos, e apresentam reações de inteligência superiores aos seus primos, os cavalos. Um exemplo flagrante disto é o espírito aguçado de sobrevivência que se nota nestes animais. Quando estão nos limites de resistência, simplesmente param ou deitam ao solo para descansarem, ao contrário dos equinos que andam até morrerem.
Espécie
O muar é tido como animal nobre, amigo, fiel ao homem, e por sua vez, muito hábil. A inteligência é uma das características principais dos muares, que são imbatíveis e eficazes na condução de seus cavaleiros em trilhas sinuosas, pedregosas, íngremes e montanhosas. Sua percepção aguçada, faz com que dificilmente se coloque em situação de risco, além de apresentar muito menos reação a sustos ou barulhos, ele é um animal prudente, que não manifesta reações afoitas, características que aliadas a disciplina e obediência, fazem do muar o companheiro ideal de cavalgadas e trilha, onde se é exigida uma grande resistência com percursos de aproximadamente 40 km diários.
Uma Mula hoje, chega a ser uma animal de estimação, até mesmo um hobby. Não existe mais aquela história de que os muares são animais bravos, somente para peões e trabalho. No entanto, ao adquiri um muar, alguns pontos são levados em consideração tais como:
- Jumento e a égua têm de ser marchadores.
- O jumento é dominante na produção de muares.
- Éguas não marchadoras produzem muares marchadores, se feito um bom cruzamento.
Fonte CPT