O uso de fertilizantes está cada vez mais presente em todo tipo de culturas ao redor do mundo, sendo a opção utilizada há muito tempo pelo agricultor.
Os fertilizantes contribuem para alimentar o planeta, tanto que as práticas de fertilização são hoje responsáveis por cerca de 50% dos ganhos de produtividade obtidos nas culturas.
A variedade deles é muito grande, sendo aplicados nos tecidos vegetais (usualmente folhas) ou na terra, com o objetivo de complementar a necessidade nutricional das plantas, que, por muitas vezes, não é oferecida pelos nutrientes presentes no solo.
Pensando nisso, hoje vamos explicar quais são os tipos de fertilizantes mais comuns utilizados na agricultura, suas características e particularidades. Confira!
Macro e micronutrientes: a base de todos fertilizantes
Para um desenvolvimento mais vigoroso e saudável, as plantas necessitam de diversos elementos químicos que são absorvidos de acordo com a demanda exigida em cada etapa do desenvolvimento vegetal.
Esses elementos são absorvidos em quantidades diferentes, dependendo da necessidade da planta e de quanto o solo pode ofertar. Dessa forma, quando estes nutrientes não estão em quantidade suficiente no solo, utiliza-se algum tipo de fertilizante que irá suprir a necessidade.
Assim como os nutrientes naturais, todo fertilizante também é quimicamente composto por dois grupos:
- Macronutrientes: Carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, fósforo, enxofre, cálcio, magnésio e potássio.
- Micronutrientes: Boro, cobalto, cobre, ferro, manganês, molibdênio e zinco.
De maneira geral, os macronutrientes são aqueles cuja necessidade é muito maior pelas plantas, possuindo funções estruturais de grande importância.
Já os micronutrientes são mais ativos no metabolismo secundário das plantas, sendo necessários em pequenas quantidades, mas mesmo assim são importantes para impedir diversas deficiências nas plantas que podem ocorrer, além de promover um incremento na produtividade das culturas.
Entretanto, apesar de todas as vantagens obtidas com o uso dos fertilizantes, há também muitos desafios que precisam ser entendidos, somente assim conseguiremos chegar no incremento em produtividade desejado.
O manejo da cultura precisa ser baseado em muita técnica e conhecimento, priorizando a necessidade nutricional de cada tipo de plantação e os respectivos objetivos quanto à produtividade da cultura.
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Principais tipos de fertilizantes agrícolas
Hoje em dia, a agricultura tem a sua disposição uma variedade bem grande de fertilizantes, cada um com suas especificidades e características próprias. Mas, todo fertilizante pode ser dividido em alguns grupos. Veja os principais grupos a seguir.
Fertilizantes Minerais
Este grupo, também conhecido como inorgânicos ou sintéticos, são os mais comuns e são caracterizados por serem preparados de forma sintética pelos processos industriais, sendo posteriormente aplicados no solo ou nos próprios tecidos da planta.
Os fertilizantes minerais são geralmente constituídos por nitrogênio, fósforo e potássio e são caracterizados por terem rápida absorção pela planta. Podem também ter em sua composição um ou mais destes macronutrientes essenciais, além de alguns micronutrientes.
Geralmente, este grupo é subdividido em algumas subclasses:
- Fertilizantes nitrogenados: compostos por nitrogênio cuja matéria-prima principal é a amônia (NH3).
- Fertilizantes fosfatados: substâncias constituídas basicamente por fósforo, sendo obtidas a partir do superfosfato, fosfato oxidado, fosfatos de amônio e termofosfatos.
- Fertilizantes potássicos: São extremamente solúveis em água, fornecendo o potássio necessário ao desenvolvimento vegetal. Suas matérias primas principais são o sulfato de potássio e o cloreto de potássio.
Fertilizantes orgânicos
Este grupo tem como característica principal o uso de resíduos animais ou vegetais na sua produção.
Quando comparados aos fertilizantes minerais, esse grupo apresente ação mais lenta, visto que necessitam de maiores transformações (precisam ser “desmontados” em compostos inorgânicos) antes de serem utilizados pelos vegetais.
Além do mais, por serem aplicados diretamente no solo, os fertilizantes orgânicos são excelentes para a recuperação da terra, permitindo também a reprodução de bactérias benéficas para a agricultura. Também são importantes para acelerar a atuação dos adubos químicos.
Estercos de curral, resíduos de matadouros, resíduos oleaginosos, vinhaça, compostagem e adubo verde são alguns dos fertilizantes orgânicos mais comuns utilizados na agricultura.
Fertilizantes Organominerais
Como o próprio nome sugere, os fertilizantes organominerais são aqueles constituídos por material orgânico enriquecidos com alguns minerais, que são nutrientes em sua forma inorgânica para serem absorvidos de forma rápida.
A combinação orgânicos/minerais visa o melhoramento do solo e de suas propriedades físicas, mas simultaneamente há o fornecimento de matéria-prima bruta possibilitando que a planta possa crescer de forma mais saudável e rápida.
Essa variação de fertilizante age como um corretivo de excelente qualidade, equilibrando o pH do solo e mantendo sua porosidade próxima do ideal. Neste fertilizante a matéria orgânica funciona ainda como uma espécie de quelante, absorvendo micronutrientes para que eles possam ser aproveitados aos poucos.
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Biofertilizantes
São produzidos a partir da fermentação anaeróbica de compostos como esterco e vegetais. São amplamente utilizados na agricultura como adubo orgânico foliar, além de serem importantes defensivos naturais.
Por possuírem uma consistência líquida, os biofertilizantes costumam ser pulverizados diretamente nos tecidos da planta, principalmente nas folhas. Também carregam bons minerais com boa absorção direta pelo vegetal, possibilitando um desenvolvimento mais sadio das plantas, como nas leguminosas, auxiliando na captação de nitrogênio.
Fonte: Multitecnica