Conheça os tipos de chifre da raça Guzerá; Vídeo e fotos!

Um animal que chama atenção pela sua beleza racial e seus chifres exuberantes; Conheça os tipos de chifre da raça Guzerá; Vídeo e fotos!

É a raça mais antiga, com representação arqueológica milenar. Também é o zebuíno mais antigo na seleção genética brasileira, O Guzerá dominou a primeira fase do Zebú no Brasil, de 1870 a 1920, com grande adaptabilidade ao clima do país. Além da produtividade, a beleza racial e os altivos chifres em lira são o símbolo dessa raça, se destacando como uma das maiores maravilhas da pecuária. Conheça os tipos de chifre da raça Guzerá; Vídeo e fotos!

Após a abolição da escravatura, além de fatores econômicos diversos, o Guzerá surgiu como uma alternativa, pois contribuía com o fornecimento de leite e carne às casas grandes. Começaram aí, as grandes importações do Guzerá no Brasil, engrandecendo a pecuária.

É excelente para a produção de leite e carne, tanto em climas amenos quanto em quentes e secos. Com a grande seca nordestina (1978-83), que dizimou boa quantidade do rebanho regional, ficou comprovada a grande superioridade do Guzerá em termos de grande bravura e resistência, já que conseguiu superar as intempéries climáticas com mais facilidade que as outras raças de gado.

“O Guzerá, imbatível no campos tropicais, é o exemplo de uma raça completa e versátil. Também é provido de extrema beleza, além de ser considerado o mais pesado, o de maior porte e o de maior produtividade leiteira”, apontam os apaixonados pela raça.

Segundos os dados da ABCZ, a raça conta com 499.526 animais registrados (nov/2020). Os machos atingem 187 kg a desmama e as fêmeas 175 kg. Ao sobreano, em regime de pasto, os machos atingem 312 kg e as fêmeas 270 kg. Nas linhagens leiteiras, a produção média de leite é da ordem de 2.194 kg de leite por lactação com 4,86% de gordura.

Vamos falar do nosso tema principal, os Tipos de Chifre da Raça Guzerá. Lembramos que já abordamos o assunto aqui, trazendo a curiosidade e detalhes sobre os tipos de chifre da raça Nelore. As informações trazidas aqui, foram obtidas através do livro sobre a raça: “Guzerá, a raça do Brasil”, de autoria do grande Rinaldo dos Santos.

“Cabe lembrar – SEMPRE – que o objetivo da criação é ganhar dinheiro e não apenas colecionar animais com muitas preciosidades de caracterização. Por outro lado, cabe lembrar, também, que a fisionomia é o espelho da alma e – no caso dos bovinos – é o espelho da tenacidade genética”, disse o autor.

Tipos de Chifre da Raça Guzerá

Segundo a publicação, foram mais de 1000 animais avaliados, trazendo então, as imagens abaixo para caracterizar os tipos de Chifre da raça. Lembrando que os chifres do Guzerá têm forma de lira. No entanto, em 1997 o Brasil admitiu o descorneamento e vem praticando o Guzerá Mocho.

Chifre Curto

Chifre Longo

Chifre Grosso

Chifre Fino

Chifre com Lira para Fora

Chifre com Lira para Trás

Chifre Argola

Chifre Torquês

Chifre Largo

Chifre Estreito

Chifre Achatado

Chifre Desalinhado

Chifre Redondo

Chifre com Muita Torção

Chifre com Pouca Torça

Neste post da nossa série sobre raças de gado, falaremos sobre o Guzerá. Com a sua alta eficiência alimentar e duplo propósito, os animais dessa raça têm sido a escolha preferida de vários criadores ao redor do Brasil. 

Características do Guzerá

Conhecida pelo seu porte imponente e grandes chifres em formato de lira, o Guzerá tem mostrado há mais de 5 mil anos o seu grande potencial de adaptabilidade aos climas e terrenos mais difíceis. Mas essa não é a única característica que diferencia essa raça das demais – conheça-as abaixo:

  • Zootécnicas

A pelagem do Guzerá varia entre as cores cinza claro e escuro, com a possibilidade de tons pardos e prateados. Os seus membros são musculados e bem desenvolvidos, então a raça consegue resistir a longas caminhadas em terrenos difíceis sob o sol quente. Isso é devido a sua região indiana de origem, cuja temperatura diurna costuma ser de 41ºC.

Outra característica notável da raça rústica é que, mesmo em condições áridas, a sua fertilidade é altíssima e as taxas de partos bem sucedidos também, pois os bezerros nascem pequenos (machos com 30kg e fêmeas com 28kg), o que facilita a sua saída – principalmente em primeiras crias.

  • Cruzamentos

Os animais da raça são muito férteis e apresentam resultados incríveis quando cruzados com outras espécies – quando combinados com vacas leiteiras Girolando, os mestiços Guzolandos nascem e são muito bem aproveitados por seus úberes grandes e saudáveis que produzem altas quantidades de leite.

Além disso, os bezerros têm a sua carne melhorada e podem ser aproveitados como animais de corte ao invés de serem descartados.

Vacada Guzerá
Foto: Divulgação

Quando cruzados com a raça Holandesa ou Pardo-Suíço, as fêmeas também ficam com excelentes produções leiteiras e os machos alcançam um um ganho de peso diário altíssimo – quando criados no pasto, em menos de 24 meses o animal já pode ser abatido e vendido por mais de 15 arrobas.

Mas a raça indiana não é eficaz somente nesses cruzamentos selecionados: em vacadas comuns, originadas de várias raças, o Guzerá é capaz de padronizar os animais gerados em tipo e qualidade, além de aumentar sua a longevidade, a saúde e peso. Ou seja, a versatilidade de cruzamento da raça é extremamente vantajosa para agregar valor ao gado de qualquer fazenda!

  • Leite

Como você viu, o Guzerá e seus mestiço Guzolando e Guzonel (cruzamento com a raça Nelore) são altamente eficazes na quantidade de produção de leite. Em média, cada vaca consegue produzir incríveis 13 quilos de leite todos os dias!

E a qualidade do produto também não deixa a desejar, sendo considerado um leite mais saudável que não causa alergias nos humanos e é campeão em taxas de gorduras e proteínas.

Outro fator impressionante sobre o leite de Guzerá é que a sua contagem de células somáticas é baixa, e como explicamos no nosso post sobre mastite bovina, isso é o indicador principal de que o animal é resistente a essa doença.

Ou seja, além de produzir altas quantidades de leite de boa qualidade, a raça indiana ainda é menos suscetível à inflamação que mais acomete vacas leiteiras e gera prejuízos para o produtor.

Logo, o Guzerá é considerado uma raça de dupla aptidão – boa de carne e leite! E caso pretenda utilizar desses animais para fins leiteiro, sugerimos que dê uma olhada no nosso post sobre como observar e melhorar ainda mais a qualidade do leite.

  • Ganho alimentar

Um dos maiores custos para os pecuaristas é a alimentação do gado, então qualquer auxílio nesse setor é de grande valor. O Guzerá é capaz de obter ganhos alimentares impressionantes com uma quantidade reduzida de alimento – em algumas provas, os touros da raça comprovaram precisar de 18% a menos de comida que a média dos outros animais para ganhar a mesma quantidade de peso!

  • Custo baixo

A Empresa Brasileira de Agricultura e Pecuária (EMBRAPA) realizou uma pesquisa que provou que o sangue Zebu presente no Guzerá atrai menos carrapatos que outras raças. Ou seja, além de ser resistente contra a mastite, como mencionamos, a raça indiana ainda é menos suscetível a pragas rurais, o que diminui os seus custos com medicamentos e consultas veterinárias.

Pronto, chegamos a pergunta que vale ouro. Será que você realmente deve investir na raça? Bom, o retorno econômico do Guzerá é inquestionável – por um baixo custo de criação e tratamento com produtos veterinários, você tem vacas com o potencial de produzir quantidades valiosas de leite e bezerros e touros cuja carcaça é bem valorizada no mercado.

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