Conheça os principais frigoríficos de carne bovina do Brasil

Atualmente, a carne brasileira chega a mais de 150 países, incluindo mercados exigentes como Estados Unidos, China e União Europeia, reforçando a confiança na qualidade e na rastreabilidade do produto nacional.

O Brasil ocupa uma posição de destaque no cenário global da carne bovina. Líder absoluto em exportações, o país é o segundo maior produtor e o terceiro maior consumidor mundial dessa proteína, consolidando sua relevância tanto para o mercado interno quanto externo.

Em números recentes, as exportações de carne bovina renderam ao país US$ 1,25 bilhão apenas em setembro de 2024, registrando um crescimento de 30% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse faturamento coloca o Brasil entre os principais players globais, com o terceiro maior resultado histórico para o setor. Atualmente, a carne brasileira chega a mais de 150 países, incluindo mercados exigentes como Estados Unidos, China e União Europeia, reforçando a confiança na qualidade e na rastreabilidade do produto nacional.

No mercado interno, o setor movimenta bilhões de reais e gera milhões de empregos diretos e indiretos. Além disso, os frigoríficos desempenham um papel crucial na cadeia produtiva, conectando o campo às mesas ao redor do mundo.

Com base em dados de receita líquida, os frigoríficos JBS, Minerva Foods e Marfrig lideram o ranking, refletindo a força e a competitividade do setor. Cada uma dessas empresas não apenas atende à demanda interna, mas também impulsiona as exportações que mantêm o Brasil no topo do mercado internacional. A seguir, exploraremos como esses gigantes operam e contribuem para o destaque do país na pecuária mundial.

Consumo per capita de carne bovina no Brasil pode alcançar recorde de 2013
Foto: Divulgação

Mercado Frigorífico no Brasil

O mercado frigorífico brasileiro tem uma história marcada por crescimento e transformação. Suas origens remontam ao século XIX, quando a pecuária começou a ganhar importância como atividade econômica, mas com um foco restrito ao consumo interno. À medida que o país se urbanizava e expandia seu território, a produção de carne bovina crescia em escala, acompanhando a demanda de uma população em constante aumento. No entanto, foi apenas no século XX que o setor frigorífico começou a se estruturar de maneira industrializada, pavimentando o caminho para um protagonismo no mercado global.

Nos anos 1950, os primeiros frigoríficos modernos começaram a surgir, introduzindo tecnologias como refrigeração e armazenamento, essenciais para ampliar o alcance da carne bovina a grandes centros urbanos. Esse período marcou o início de uma fase de maior organização da cadeia produtiva. No entanto, o verdadeiro salto para o mercado internacional veio décadas mais tarde, nos anos 1990, com a estabilização econômica promovida pelo Plano Real. Esse marco incentivou investimentos em infraestrutura, logística e tecnologia, que seriam fundamentais para modernizar os frigoríficos e adequá-los aos padrões globais de qualidade e segurança alimentar.

A entrada do Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC) também foi decisiva para essa transição. Empresas como a JBS e a Marfrig começaram a se destacar, ampliando suas operações e conquistando espaço no mercado externo. Nas últimas duas décadas, o setor frigorífico passou por uma verdadeira revolução, impulsionada por avanços tecnológicos e investimentos em rastreabilidade, certificações sanitárias e eficiência logística. Hoje, empresas como a Minerva Foods, que opera 46 unidades industriais e 23 centros de distribuição em toda a América do Sul, exemplificam a força do Brasil nesse mercado.

O impacto econômico dessa evolução é inegável. Em 2024, a JBS, líder absoluta em receita líquida, registrou R$ 51,4 bilhões, enquanto outras empresas como Minerva Foods (R$ 13,8 bilhões) e Marfrig (R$ 8,6 bilhões) consolidaram suas posições no topo do setor. O Brasil, que antes atendia principalmente à demanda interna, agora exporta carne bovina para mais de 150 países, reforçando sua posição como maior exportador global da proteína.

Os gigantes do setor: Conheça os principais frigoríficos

Foto: Divulgação

O Brasil é um dos maiores players no mercado global de carne bovina, e parte desse protagonismo é impulsionada por frigoríficos que lideram a cadeia produtiva, não apenas em volume, mas também em inovação e alcance global. Entre eles, destacam-se JBS, Minerva Foods e Marfrig, empresas que representam a força e a eficiência do setor no país.

JBS

Fundada em 1953, em Goiás, a JBS começou como um pequeno negócio familiar e, ao longo das décadas, transformou-se na maior empresa de proteína animal do mundo. Com receita líquida de R$ 51,4 bilhões somente em 2024 no mercado brasileiro, a JBS mantém uma operação robusta, exportando para mais de 150 países.

Seus frigoríficos são conhecidos pela alta tecnologia e capacidade de processamento. Globalmente, a empresa possui cerca de 400 unidades produtivas, distribuídas em 15 países. A JBS também é pioneira em iniciativas de sustentabilidade, com projetos voltados para a rastreabilidade da cadeia produtiva, redução de emissões de carbono e adoção de fontes de energia renovável em suas operações.

Marfrig

A Marfrig, fundada em 2000, é uma das gigantes do setor, com receita líquida de R$ 8,6 bilhões no mercado brasileiro em 2024. Seu foco principal está na produção de carne bovina para exportação, sendo uma das maiores fornecedoras para os Estados Unidos e Europa.

A empresa é reconhecida pelo uso de tecnologias avançadas em suas operações, com destaque para os programas de rastreabilidade que garantem a procedência e a qualidade de seus produtos. Além disso, a Marfrig tem investido na diversificação de seu portfólio, incluindo produtos plant-based, o que reflete uma visão estratégica voltada para atender às demandas de consumidores mais conscientes.

Minerva Foods

Com receita líquida de R$ 13,8 bilhões em 2024, a Minerva Foods é a segunda maior do Brasil em termos de faturamento. Sua operação inclui 46 unidades industriais, 23 centros de distribuição e 17 escritórios internacionais. A empresa destaca-se pela liderança na exportação de carne bovina na América do Sul, com forte presença em países como Argentina, Colômbia, Paraguai e Uruguai.

A Minerva tem se posicionado como uma referência em sustentabilidade, com investimentos em práticas de baixo impacto ambiental, controle de desmatamento e sistemas de rastreabilidade. Essas iniciativas ajudam a fortalecer a imagem da carne brasileira no exterior e a abrir novos mercados.

Outros nomes de destaque no mercado

Além dos três gigantes, outros frigoríficos desempenham papéis importantes no setor. O Frigol, por exemplo, ocupa a quarta posição no ranking de receita líquida, com R$ 3 bilhões, destacando-se pela excelência em produção e distribuição nacional. O Prima Foods, com R$ 2,7 bilhões, é reconhecido por sua forte atuação em nichos de mercado e produtos de alta qualidade. Já o Plena Alimentos, que alcançou R$ 2,5 bilhões em 2024, tem expandido sua operação de forma consistente, atendendo tanto ao mercado interno quanto às exportações.

Empresas menores, como Frigoestrela (R$ 2,4 bilhões), Frisa (R$ 2 bilhões) e Barra Mansa Alimentos (R$ 1,9 bilhão), mostram que, mesmo com receitas menores, há espaço para inovação e crescimento. Cada uma delas desempenha um papel crucial na diversificação do setor, fortalecendo a base da pecuária brasileira.

Perspectivas futuras

Conheça os principais frigoríficos de carne bovina do Brasil
Foto Divulgação

O futuro do mercado frigorífico brasileiro é promissor. Especialistas projetam um crescimento anual de cerca de 3% nas exportações de carne bovina até 2030, impulsionado pela crescente demanda de países como China, Estados Unidos e mercados emergentes na Ásia e África. Além disso, avanços em tecnologia e sustentabilidade prometem transformar ainda mais o setor.

Frigoríficos como JBS e Minerva Foods estão investindo bilhões em iniciativas para reduzir emissões de carbono e adotar práticas de desmatamento zero, atendendo a exigências internacionais e ampliando o acesso a mercados premium. A Marfrig, por sua vez, aposta na diversificação do portfólio, com produtos voltados para consumidores que buscam alternativas mais sustentáveis à carne tradicional.

Outra tendência é a digitalização do setor, com o uso de inteligência artificial e big data para otimizar processos, prever demandas e melhorar a eficiência logística. Essa transformação não apenas aumenta a competitividade dos frigoríficos brasileiros, mas também contribui para consolidar o Brasil como líder em pecuária sustentável.

Escrito por Compre Rural

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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