Segundo dados do USDA, a produção combinada dos cinco principais países produtores de algodão gira em torno de 19 milhões de toneladas por safra, o que equivale a aproximadamente 87 milhões de fardos, essa cifra pode variar anualmente.
O algodão é uma fibra que encontramos em muitos aspectos da nossa rotina, desde uma camiseta básica e jeans confortáveis até lençóis e toalhas. No entanto, você já refletiu sobre a origem desse material tão comum? A produção de algodão desempenha um papel crucial na economia global, gerando trabalho e renda para milhões de indivíduos. Além disso, é um importante marcador do progresso agrícola e industrial dos países envolvidos na sua produção.
Anualmente, a produção de algodão atinge aproximadamente 25 milhões de toneladas, equivalentes a cerca de 115 milhões de fardos de 480 libras cada, para satisfazer a demanda global. Os cinco principais países produtores — China, Índia, Brasil, Estados Unidos e Paquistão — respondem por 77% dessa produção total. Fique ligado e boa leitura!
Em 2023, os principais produtores de algodão foram:
- China: 27,5 milhões de fardos (equivalente a 5,99 milhões de toneladas)
- Índia: 26,2 milhões de fardos (aproximadamente 5,7 milhões de toneladas)
- Brasil: 14,57 milhões de fardos (cerca de 3,17 milhões de toneladas)
- Estados Unidos: 12,07 milhões de fardos (2,63 milhões de toneladas)
- Paquistão: 6,7 milhões de fardos (1,46 milhões de toneladas)
Os números são baseados em fardos de 480 libras (ou 217,724 kg) e refletem a produção da safra 2023/24, conforme dados da USDA.
Curiosamente, Índia e China, que são dois dos maiores produtores de algodão no mundo — respondendo por 47% da produção global —, também se destacam como os maiores importadores dessa fibra. Isso se deve à alta demanda de suas indústrias têxteis.
Segundo dados do USDA, a produção combinada dos cinco principais países produtores de algodão gira em torno de 19 milhões de toneladas por safra, o que equivale a aproximadamente 87 milhões de fardos. Essa cifra pode variar anualmente.
Durante a safra de 2023/2024, observou-se uma diminuição de 3% na produção global de algodão em comparação ao ano anterior, resultando em uma redução de 3,4 milhões de fardos, totalizando 112,8 milhões de fardos, o que corresponde a aproximadamente 24,6 milhões de toneladas. Este foi o nível mais baixo registrado nos últimos sete anos.
A redução nos preços do algodão ocasionou uma diminuição na área plantada em diversos países. No entanto, essa tendência foi parcialmente compensada por uma recuperação devido a condições climáticas favoráveis no Paquistão e ao aumento contínuo da área cultivada no Brasil.
A produtividade do algodão apresentou variações distintas: houve uma redução nos rendimentos dos Estados Unidos, China, Índia e Turquia, enquanto o Paquistão, a Zona Franca e o Brasil mostraram sinais de recuperação crescente.
No que diz respeito à produção, o Brasil superou os Estados Unidos na safra 2023/24, atingindo 3,17 milhões de toneladas, em comparação com 2,63 milhões de toneladas dos EUA, devido aos severos problemas de seca enfrentados pelos americanos.
No entanto, para a safra 2024/25, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projeta que o Brasil recuará para a quarta posição em termos de produção de algodão, com uma previsão de 16,7 milhões de fardos, atrás dos Estados Unidos, que devem produzir 17 milhões de fardos.
O Paquistão, atualmente o quinto maior produtor de algodão globalmente, gera aproximadamente 1,5 milhões de toneladas da fibra. Além disso, o país é líder na capacidade de fiação de algodão na Ásia, possuindo a terceira maior estrutura de fiação da região. Com numerosas instalações dedicadas ao descaroçamento e fiação, o Paquistão transforma algodão em uma ampla variedade de produtos têxteis.
Projeções globais para a produção de algodão em 2024/25
O Relatório de Algodão da USDA, datado de fevereiro de 2024, prevê um crescimento na produção mundial de algodão para a safra 2024/25. A estimativa é de um aumento de 3,7 milhões de fardos, o que representa um incremento de mais de 3%, elevando a produção global para 120,2 milhões de fardos, ou cerca de 26,2 milhões de toneladas.
Esse crescimento global será amplamente impulsionado pelos Estados Unidos, que devem expandir sua produção em 3,6 milhões de fardos, recuperando assim a posição de terceiro maior produtor mundial de algodão. Por outro lado, espera-se que a produção diminua em países como China, Índia, Paquistão e Austrália. Em contraste, Turquia, Grécia e Brasil devem ver um aumento em suas respectivas produções.
Visão geral da produção de algodão no Brasil
A colheita de algodão da safra 2023/24 no Brasil foi concluída em outubro de 2023, estabelecendo um novo recorde nacional com a produção de 14,6 milhões de fardos, equivalente a 3,17 milhões de toneladas. Este aumento de 2,8 milhões de fardos em relação ao ano anterior foi impulsionado por rendimentos excepcionais. Para a safra 2024/2025, a expectativa é que a produção de algodão no Brasil alcance 3,6 milhões de toneladas. As projeções indicam que as exportações deverão totalizar cerca de 2,8 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno é estimado em aproximadamente 695 mil toneladas.
Desempenho da produtividade de algodão no Brasil
Nos últimos dez anos, a produtividade do algodão no Brasil aumentou em 23%, passando de 1,55 toneladas por hectare em 2014 para 1,9 toneladas por hectare em 2023. Esse crescimento contribuiu para que o Brasil se tornasse o terceiro maior produtor de algodão do mundo pela primeira vez na safra 2023/24.
O Estado de Mato Grosso lidera a produção de algodão no país, cultivando aproximadamente 1,3 milhão de hectares e respondendo por 72% da produção nacional, que totaliza 2,3 milhões de toneladas.
A Bahia contribui com cerca de 630 mil toneladas, o que corresponde a 20% da produção total. Outros estados que também produzem algodão incluem Goiás, com 65 mil toneladas; Maranhão, com 62 mil toneladas; Mato Grosso do Sul, com 60 mil toneladas; e Minas Gerais, com 55 mil toneladas.
Principais exportadores de algodão em 2023
Em 2023, os maiores exportadores de algodão foram:
- Brasil: Exportou 2,68 milhões de toneladas, equivalentes a 12,3 milhões de fardos de 480 libras (217,7 kg).
- Estados Unidos: Exportou 2,53 milhões de toneladas, ou 11,6 milhões de fardos.
- Austrália: Exportou 1,26 milhões de toneladas, totalizando 5,8 milhões de fardos.
- Índia: Exportou 0,49 milhões de toneladas, ou 2,25 milhões de fardos.
- Turquia: Exportou 0,31 milhões de toneladas, correspondente a 1,4 milhões de fardos.
Em 2023, o Brasil assumiu a liderança no mercado global de exportação de algodão, superando os Estados Unidos. Contudo, as previsões da USDA para 2024 indicam que os EUA devem retomar a posição de maior exportador, com uma estimativa de 2,84 milhões de toneladas, enquanto o Brasil deve exportar 2,72 milhões de toneladas.
O algodão brasileiro é predominantemente destinado a países do Sudeste Asiático, como China, Bangladesh, Vietnã, Turquia, Paquistão, Indonésia e Índia, que são grandes centros de processamento da fibra. A China é o principal destino do algodão exportado pelo Brasil, absorvendo mais de 60% do volume, seguida por Vietnã, Bangladesh e Turquia.
Brasil: Líder mundial na produção e exportação agrícola
O Brasil se destaca não só na produção de algodão, mas também em diversas outras commodities agrícolas. Comparamos o desempenho agrícola do país com um quadro de medalhas das Olimpíadas, observando a sua liderança em várias áreas:
- Soja: Principal produtor e exportador global.
- Milho: Terceiro maior produtor e segundo maior exportador.
- Açúcar: Líder em produção e exportação.
- Carne Bovina: Segundo maior produtor e principal exportador.
- Carne de Frango: Maior produtor e exportador mundial.
- Café: Líder em produção e exportação.
- Algodão: Terceiro maior produtor e maior exportador.
- Suco de Laranja: Principal produtor e exportador global.
Além desses produtos, o Brasil também é significativo na produção de celulose, tabaco, entre outros, reforçando seu papel como um celeiro global essencial para a segurança alimentar.
Escrito por Compre Rural
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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