O setor da agropecuária movimenta bilhões todo ano, dentro desse movimento, alguns líderes se destacam com patrimônios gigantescos, veja quem são eles!
O grupo de brasileiros ligados ao agronegócio é formado por 19 empresários que atuam no setor ou têm seus negócios relacionados de forma direta com a produção no campo, como é o caso da indústria cervejeira sustentada pela cevada, principal insumo da bebida, por exemplo.
O 36º ranking anual da Forbes das pessoas mais ricas do planeta tem 2.668 nomes, 87 a menos do que há um ano. Ao todo, suas fortunas chegam a US$ 12,7 trilhões (R$ 60,3 trilhões), uma queda de US$ 400 bilhões (R$ 1,9 trilhão) em relação a 2021. Mas vamos focar no nosso setor, o Agronegócio, setor esse que é responsável por cerca de 30% do PIB nacional.
Os bilionários do agro presentes no ranking têm uma fortuna de US$ 78,7 bilhões (relativos às ações no dia 11 de março). Na cotação de ontem, esse valor equivale a R$ 378,6 bilhões. Confira quem são os bilionários do setor:
1 – Jorge Paulo Lemann e Família
Patrimônio líquido: US$ 15,4 bilhões (R$ 72,9 bilhões)
Fonte da riqueza: AB Inbev
Jorge Paulo Lemann, controlador da Anheuser-Busch InBev, a maior cervejaria do mundo, também tem participações na Restaurant Brands International, controladora do Burger King e da rede de café canadense Tim Hortons. Sua empresa de private equity, a 3G Capital e a Berkshire Hathaway de Warren Buffett, controla a Heinz.
2 – Marcel Herrmann Telles
Patrimônio líquido: US$ 10,3 bilhões (R$ 48,7 bilhões)
Fonte da riqueza: AB Inbev
Marcel Hermann Telles também é um dos acionistas controladores da Anheuser-Busch InBev, a maior cervejaria do mundo, com participação minoritária. Os outros dois controladores são Carlos Alberto Sicupira e Jorge Paulo Lemann, ambos bilionários. Ele também tem ações da Restaurant Brands International, controladora do Burger King e da rede de café canadense Tim Hortons, e participação na 3G Capital, empresa de private equity, dona da Heinz.
3 – Carlos Alberto Sicupira e Família
Patrimônio líquido: US$ 8,5 bilhões (R$ 40,2 bilhões)
Fonte da riqueza: AB Inbev
A maior parte da riqueza de Carlos “Beto” Sicupira vem de suas ações da Anheuser-Busch InBev, a maior cervejaria do mundo, com cerca de 3% de participação. Sicupira e seus sócios, Jorge Paulo Lemann e Marcel Herrmann Telles, ambos bilionários, também possuem participações na Restaurant Brands International, controladora do Burger King e da rede de café canadense Tim Hortons, além da Heinz.
4 – Lucia Maggi e Família
Patrimônio líquido: US$ 6,9 bilhões (R$ 32,6 bilhões)
Fonte da riqueza: Amaggi
Lucia Borges Maggi é cofundadora do Grupo André Maggi, a Amaggi, um dos maiores produtores do agro brasileiro. A empresa atua na originação de grãos, produção de soja, milho e algodão, operações portuárias, rodoviárias e fluviais, e geração e comercialização de energia elétrica. A Amaggi nasceu em 1977. Hoje, a matriarca atua como membro consultivo do conselho de administração da empresa.
5 – Joesley Batista
Patrimônio líquido: US$ 4,3 bilhões (R$ 20,3 bilhões)
Fonte da riqueza: JBS
Joesley Batista é um dos dois irmãos bilionários que controlam a JBS S.A., de capital aberto, uma das maiores empresas de processamento de carnes do mundo. Joesley e seu irmão Wesley assumiram o controle nos anos 2000, liderando a aquisição da processadora de carne suína e bovina norte-americana Swift & Co. em 2007 por US$ 225 milhões.
6 – Wesley Batista
Patrimônio líquido: US$ 4,3 bilhões (R$ 20,3 bilhões)
Fonte da riqueza: JBS
Wesley Batista tem a mesma participação do irmão Joesley, os dois irmãos bilionários que controlam a JBS S.A., de capital aberto e uma das maiores empresas de processamento de carnes do mundo.
7 – Ermírio Pereira de Moraes e Família
Patrimônio líquido: US$ 4,1 bilhões (R$ 19,4 bilhões)
Fonte da riqueza: Grupo Votorantim
O falecido pai de Ermírio Pereira de Moraes, José Ermírio de Moraes, fundou o Grupo Votorantim, de propriedade familiar, um dos maiores conglomerados do Brasil. A empresa atua em mais de 20 países nos setores de papel e celulose, agronegócio, energia, alumínio e cimento. Ele ocupa a 709ª posição no ranking global.
8 – Maria Helena Moraes Scripilliti e Família
Patrimônio líquido: US$ 4,1 bilhões (R$ 19,4 bilhões)
Fonte da riqueza: Grupo Votorantim
Maria Helena Moraes Scripilliti é uma das herdeiras de José Ermírio de Moraes, fundador do Grupo Votorantim, de propriedade familiar, um dos maiores conglomerados do Brasil. A empresa atua nos setores de alumínio, papel e celulose, energia, agronegócio e cimento. Ela ocupa a 709ª posição no ranking global.
9 – Walter Faria
Patrimônio líquido: US$ 3,3 bilhões (R$ 15,6 bilhões)
Fonte da riqueza: Grupo Petrópolis
O veterano da indústria cervejeira Walter Faria comprou o Grupo Petrópolis em 1998 e o transformou em uma das maiores empresas de cerveja e bebidas do Brasil. Seu Grupo Petrópolis produz a cerveja Itaipava, uma das mais populares do Brasil. É a única grande cervejaria do país que é 100% brasileira.
10 – Alceu Elias Feldmann
Patrimônio líquido: US$ 2,6 bilhões (R$ 12,3 bilhões)
Fonte da riqueza: Fertipar
Alceu Elias Feldmann, engenharia agrícola, é o fundador da Fertipar, uma gigante brasileira de fertilizantes com receita de US$ 1,7 bilhão. Ele é dono de 85% da Fertipar, que tem cerca de 15% do mercado brasileiro de fertilizantes e defensivos.
Alceu Elias Feldmann ocupa a posição 1.196ª no ranking global
11- Rubens Ometto Silveira Mello
Patrimônio líquido: US$ 2,3 bilhões (R$ 10,8 bilhões)
Fonte da riqueza: Grupo Cosan
Rubens Ometto Silveira Mello tornou-se o primeiro bilionário do etanol do mundo em 2007. A Cosan, sua gigante do açúcar, está listada na Bolsa de Valores de Nova York. As origens da empresa datam de 1936, quando os avós de Ometto fundaram uma usina de cana-de-açúcar em São Paulo. Após várias aquisições, a Cosan tornou-se uma das maiores produtoras e processadoras de cana-de-açúcar do mundo e uma das maiores produtoras de etanol.
Rubens Ometto Silveira Mello ocupa a 1.341ª posição no ranking global
12 – Julio Bozano
Patrimônio líquido: US$ 2 bilhões (R$ 9,4 bilhões)
Fonte da riqueza: Investimentos em café, cavalo e shopping center
Julio Bozano fez fortuna com banco. Em 2000, ele vendeu o Banco Bozano Simonsen para o espanhol Santander Central Hispano por US$ 550 milhões. Seus investimentos atuais incluem fazendas de café, shopping centers e participação em uma fabricante de motores a jato. Dono de cavalos puro-sangue, Bozano possui mais de 300 éguas em fazendas ao redor do mundo. Ele ocupa a 1.513ª posição no ranking global.
13 – José Luis Cutrale
Patrimônio líquido: US$ 1,9 bilhão (R$ 8,9 bilhões)
Fonte da riqueza: Sucocitrico Cutrale
José Luis Cutrale é dono da Sucocitrico Cutrale, uma das maiores processadoras e distribuidoras de suco de laranja concentrado. É presidente da Cutrale, que possui marcas de suco e é fornecedora de suco concentrado de laranja para Minute Maid e Simply Orange, ambas parte da Coca-Cola. Conhecido no Brasil como o “Rei Laranja”, sua família está no ramo de laranja há mais de um século. Ele também tem investimentos em fazendas de soja. Com o também bilionário brasileiro Joseph Safra, adquiriu a produtora de banana Chiquita Brands International em 2015 por US$ 1,3 bilhão, incluindo dívidas.
14 – Liu Ming Chung
Patrimônio líquido: US$ 1,6 bilhão (R$ 7,5 bilhões)
Fonte da riqueza: Nine Dragons Paper
Liu Ming Chung, naturalizado brasileiro, e sua esposa, Cheung Yan, que também é bilionária, lideram a Nine Dragons Paper, uma das maiores produtoras de papel da Ásia. A Nine Dragons, listada em Hong Kong, começou como fornecedora de embalagens para exportadores na China e agora também se beneficia da demanda do consumidor desse país.
Liu Ming Chung ocupa a 1.818ª posição no ranking global
15 – Daniel Feffer
Patrimônio líquido: US$ 1,5 bilhão (R$ 7,1 bilhões)
Fonte da riqueza: Suzano
Daniel Feffer é um dos quatro irmãos bilionários que controlam a Suzano, empresa de papel e celulose fundada em 1924 por seu avô. Segundo mais velho dos irmãos, ele é vice-presidente da Suzano, que no início de 2019 adquiriu a empresa brasileira de celulose e papel Fibria Celulose.
Daniel Feffer ocupa a 1.929ª posição no ranking global
16 – David Feffer
Patrimônio líquido: US$ 1,5 bilhão (R$ 7,1 bilhões)
Fonte da riqueza: Suzano
David Feffer é o filho mais velho de Max Feffer, cujo pai imigrante Leon Feffer lançou o negócio da família. Seu avô Leon Feffer fundou a empresa brasileira de papel e celulose Suzano em 1924. David e seus três irmãos – Daniel, Jorge e Ruben – herdaram ações da Suzano. Ele é presidente do conselho de administração e presidente do braço de investimentos da família desde 2003.Divulgação
David Feffer ocupa a 1.929ª posição no ranking global
17 – Ruben Feffer
Patrimônio líquido: US$ 1,5 bilhão (R$ 7,1 bilhões)
Fonte da riqueza: Suzano
Ruben Feffer é um dos quatro irmãos bilionários que controlam a Suzano, uma gigante brasileira de papel fundada por seu avô. Conhecido como Binho, ele é o único irmão que não é conselheiro da Suzano. Ele é pianista. Sua carreira fora da Suzano se deu com c0mposição de músicas para filmes e programas de TV por meio de sua empresa Unisson Productions.Reprodução/Forbes
Ruben Feffer ocupa a 1.929ª posição no ranking global
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18 – José Roberto Ermírio de Moraes
Patrimônio líquido: US$ 1,3 bilhão (R$ 6,1 bilhões)
Fonte da riqueza: Grupo Votorantim
José Roberto Ermírio de Moraes é herdeiro de uma participação no conglomerado industrial brasileiro Votorantim. Seu avô, José Ermírio de Moraes, fundou o grupo em 1918. Em 2021, a receita foi de cerca de US$ 7 bilhões. O grupo atua em mais de 20 países nas indústrias de alumínio, papel e celulose, energia, bancos e cimento. José Roberto herdou uma participação de 8% na empresa familiar após a morte de seu pai, José Ermírio de Moraes Filho, em 2001. Reprodução/Iedi
Jose Roberto Ermírio de Moraes ocupa a 2.190ª posição no ranking global
19 – José Ermírio de Moraes Neto
Patrimônio líquido: US$ 1,3 bilhão (R$ 6,1 bilhões)
Fonte da riqueza: Grupo Votorantim
José Ermírio de Moraes Neto é herdeiro do Grupo Votorantim, conglomerado industrial familiar brasileiro. A empresa atua nos setores de alumínio, papel e celulose, energia, bancos e cimento. José Ermírio herdou uma participação de 8% na empresa depois que seu pai, José Ermírio de Moraes Filho, morreu em 2001. Ele ocupa a 2.190ª posição no ranking global.
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