A votação para o prestigioso prêmio máximo da soja estará disponível a partir do dia 12 de março. Até essa data, os pesquisadores e produtores serão revelados ao público.
Está para se iniciar mais uma edição do reconhecido evento Personagem Soja Brasil, uma iniciativa que destaca a trajetória de êxito de pesquisadores e produtores que deixaram notáveis marcas na cadeia da soja. O prêmio coloca em evidência aqueles que inovaram ao criar novas variedades ou tratamentos contra pragas e doenças, assim como aqueles que adotam práticas de manejo eficiente e sustentável, visando alcançar elevadas produtividades.
Embora a votação esteja programada para abrir apenas no dia 12 de março, a partir desta segunda-feira, cada protagonista será apresentado de maneira individual.
Temos a honra de destacar o renomado pesquisador da Embrapa Soja, José de Barros França Neto. Sua formação em engenharia agronômica data de 1975, pela respeitada Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), acumulando, portanto, quase cinco décadas de experiência no setor.
A vocação de França Neto para a agricultura floresceu na infância, inspirada pela magia que observava na horta da avó, onde uma simples semente germinava e se transformava em uma exuberante planta.
“Surgiu em mim, ainda muito jovem, o questionamento à minha avó: ‘Existe alguma engenharia que estuda plantas?’. Ela prontamente respondeu que era a engenharia agronômica. Afirmei que era isso que eu almejava ser, com apenas 10 ou 12 anos, no máximo.”
Ingressando na Embrapa em 1979, França Neto encontrou a instituição no início das pesquisas em tecnologia e desenvolvimento de sementes. “Fui extremamente afortunado ao escolher essa área, que era vasta e demandava uma considerável quantidade de informações naquela época”, relata o experiente pesquisador.
A partir desse ponto, o pesquisador relata sua contribuição no desenvolvimento de diversas tecnologias relacionadas à produção de sementes, abrangendo aspectos do campo, controle de pragas (incluindo danos causados por percevejos), nutrição da planta, métodos de colheita e resistência contra ataques de pragas.
Naquela época, as colhedoras não dispunham da avançada tecnologia presente hoje. O principal fator prejudicial à qualidade das sementes de soja era o dano mecânico, especialmente durante a operação de trilha na colheita, conforme explicado pelo pesquisador. Como resposta a isso, França Neto desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento de tecnologias para mitigar esses problemas.
Ao falar sobre pesquisa relacionada à soja, ele destaca que o Brasil é agora uma referência global. O país lidera as discussões sobre a tecnologia de produção de soja, abrangendo todas as fases do processo, desde o controle de doenças até o melhoramento genético e a fixação simbiótica de nitrogênio, sendo reconhecido principalmente no cenário tropical mundial.
O pesquisador destaca que a Embrapa Soja é o principal grupo dedicado à pesquisa da oleaginosa em escala global, sendo referência mesmo para as regiões de origem da soja, com climas temperados.
França Neto enfatiza que, graças à pesquisa, a produtividade média da soja no país teve um notável aumento, saindo de 1500 kg por hectare na década de 1970 para mais de 3.500 kg por hectare nos dias atuais. Esse avanço significativo é atribuído ao contínuo esforço de pesquisa e inovação na área.
Escrito por Compre Rural
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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