Conheça as nações que lideram o ranking de maiores produtores de soja

No contexto dos maiores produtores de soja, o Brasil, os Estados Unidos e a Argentina têm se mantido como os líderes por mais de uma década.

Na última safra, referente a 2022/23, essas nações combinadas contribuíram com mais de 297 milhões de toneladas de soja, o que representa impressionantes 80% da produção mundial. No topo dessa hierarquia dos maiores produtores de soja, o Brasil destaca-se como o principal produtor global de soja, alcançando a marca de mais de 123 milhões de toneladas na última safra.

O Brasil, reconhecido como um importante exportador de alimentos, estabeleceu sólidas relações de mercado com os países compradores. Esse êxito é atribuído à abundância de áreas propícias para o cultivo e ao clima favorável que propicia a produção de diversas culturas.

Em escala global, os grãos constituem impressionantes 91% de todas as culturas plantadas, e os cinco principais produtores de grãos no mundo são responsáveis por mais de 55% da produção total. O país líder na produção de soja destaca-se não apenas nesse grão, mas também em outros grãos e na pecuária.

A seguir, abordaremos mais detalhadamente esses países megaprodutores, apresentaremos um ranking dos maiores produtores de soja no Brasil e exploraremos outros aspectos relevantes. Boa leitura!

Classificação dos maiores produtores de soja

No cenário dos principais exportadores mundiais de soja, destaca-se a liderança do Brasil, conforme evidenciado:

  1. Brasil: 42%
  2. Estados Unidos: 31%
  3. Argentina: 7%
  4. China: 5%
  5. Índia: 3%
maiores produtores de soja
Foto: Divulgação

Brasil

De acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), assume a dianteira nas exportações de soja, contribuindo com aproximadamente 42% do total mundial, o que equivale a uma produção próxima a 156 milhões de toneladas. Essa posição destacada é reflexo de uma sólida cultura de produção e exportação agropecuária, impulsionada nos últimos anos por significativos investimentos e avanços tecnológicos que tornaram o setor mais produtivo e lucrativo.

Além de liderar na produção, o Brasil também se destaca como o maior exportador global de soja, respondendo por cerca de 7,8% do total de exportações de grãos em nível mundial.

Os estados brasileiros que figuram como os principais produtores de soja são os seguintes:

  1. Mato Grosso: 26%
  2. Paraná: 15%
  3. Rio Grande do Sul: 14%
  4. Goiás: 10%
  5. Mato Grosso do Sul: 8%

Estados Unidos

Os Estados Unidos seguem de perto o desempenho brasileiro, registrando cerca de 117 milhões de toneladas de soja. As duas principais regiões produtoras de soja no país são Illinois e Iowa, situados na região central-oeste dos Estados Unidos.

Embora os Estados Unidos possuam uma extensa área de produção, a decisão recorrente entre plantar soja ou milho a cada temporada impede que o país se consolide como o principal produtor mundial de soja. Essa alternância de culturas nas terras agrícolas é um fator determinante.

A produção de soja nos Estados Unidos está concentrada, principalmente, nos seguintes estados:

  1. Iowa: 14%
  2. Illinois: 13%

Argentina

No ano de 2023, a Argentina, anteriormente posicionada em terceiro lugar, enfrentou uma queda significativa de 43,2% em sua produção de soja em comparação com o mesmo período de 2021/2022.

A Bolsa de Cereais de Buenos Aires reportou que a seca histórica dos últimos três anos, combinada com as elevadas temperaturas registradas, resultou na perda substancial de grande parte da produção de soja no país sul-americano.

A produção de soja na Argentina está concentrada nas regiões de Buenos Aires, Córdoba, Santa Fé e Santiago del Estero, representando, respectivamente:

  • Buenos Aires: 31%
  • Córdoba: 28%
  • Santa Fé: 19%
  • Santiago del Estero: 6%

É notável que a China está emergindo como um importante exportador de soja, ficando a apenas cerca de 3 milhões de toneladas atrás da Argentina, com um volume de exportação de quase 21 milhões de toneladas do grão.

Fatores climáticos e demográficos desempenham um papel crucial na determinação dos principais participantes no mercado global de soja. A produção e exportação variam conforme as estações do ano e a localização geográfica de cada exportador.

Vale destacar que a produção de soja está intrinsecamente ligada à pecuária. Países que investem significativamente no setor pecuário tendem a produzir soja para alimentar o gado, explicando a presença dos três principais produtores de soja entre os líderes mundiais na produção de carne bovina.

O Brasil, líder do ranking, produz mais de 135 milhões de toneladas de soja e mantém sua posição como o maior exportador global da commodity. Os Estados Unidos, em segundo lugar, alcançaram uma produção de 123.664.230 toneladas em uma área de aproximadamente 40 milhões de hectares. Em terceiro lugar, a Argentina atingiu a marca de 37.787.927 toneladas, com expectativas de crescimento para o próximo ano.

China e Índia

Em quarto lugar no ranking dos maiores produtores de soja do mundo está a China, que também ostenta a posição de maior consumidor desse grão. A produção chinesa atingiu a marca de 14.193.621 toneladas, consolidando ainda mais sua posição no cenário global.

Logo em seguida, ocupando o quinto lugar, a Índia surge como um participante notável na produção de soja, contribuindo com 13.786.000 toneladas. Sua presença no ranking ressalta a diversidade de países envolvidos na produção e no mercado dessa commodity essencial.

Ao analisar os maiores produtores de soja em 2022 e em anos anteriores, é possível perceber a relevância dessas nações na oferta mundial do grão. Contudo, para compreender integralmente a importância dessa elevada produção, é necessário continuar a leitura.

Curioso sobre a posição do Brasil na produção global de soja? Continue a leitura para descobrir mais sobre o papel crucial desempenhado por esse país no cenário internacional da soja.

Importância da produção de soja no Brasil e nos Estados Unidos

Ao direcionar nossa atenção para a produção brasileira e estadunidense de soja, é crucial destacar a significância econômica desses dois líderes, tanto para suas próprias economias quanto em escala global.

Essas nações ultrapassam a terceira posição por quase 100 bilhões de toneladas, demonstrando um domínio considerável sobre os demais integrantes do ranking global de produtores de soja.

A maior parte da soja consumida em todo o mundo tem origem nas Américas, seja na região Norte (Estados Unidos) ou Sul (Brasil).

É relevante ressaltar que o notável aumento na produção de soja em território brasileiro é impulsionado pelos avanços tecnológicos, incluindo a agricultura digital, e melhorias logísticas que o país tem experimentado nos últimos anos.

O uso de maquinário especializado, aliado à manutenção de rodovias federais, possibilita que insumos e o próprio grão alcancem áreas mais remotas do país, estimulando a economia local.

Assim, a soja não apenas se consolida como um importante item de exportação brasileira, mas também atua como um catalisador para o crescimento da economia interna e a criação de empregos no setor agrícola e rural do país.

Quanto ao maior produtor de soja na Europa, o continente enfrenta desafios para competir com os líderes globais. A Ucrânia se destaca como o principal produtor europeu, ocupando a 8ª posição mundial, com uma produção de 4.460.770 toneladas, ficando atrás do Paraguai e do Canadá.

É interessante notar que, embora a Ucrânia tenha uma produção notável, ela ainda precisa importar soja de outros países, como o Brasil, para atender à demanda interna. No entanto, a situação pode mudar devido à guerra entre Ucrânia e Rússia, potencialmente alterando o cenário nas próximas safras.

Com isso, a Itália assume uma posição destacada na Europa, visto que a Rússia também enfrenta desafios decorrentes de conflitos. A lista dos cinco maiores produtores de soja na Europa inclui:

  1. Ucrânia: 4.460.770 toneladas (8ª posição no ranking mundial)
  2. Rússia: 4.026.850 toneladas (9ª posição no ranking mundial)
  3. Itália: 1.138.993 toneladas (13ª posição no ranking mundial)
  4. Sérvia: 645.607 toneladas (16ª posição no ranking mundial)
  5. Romênia: 465.609 toneladas (17ª posição no ranking mundial)

Ao somar as produções desses cinco países europeus, ainda assim é evidente que a produção de soja na Europa não alcança os números dos maiores produtores globais desse grão.

Quem assume a liderança na produção de soja no Brasil?

Os principais protagonistas na produção de soja no Brasil são os estados de Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás.

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), na safra 2021/22, Mato Grosso, líder indiscutível na produção nacional de soja, colheu mais de 39 milhões de toneladas, abrangendo uma área plantada de 10.909,4 milhões de hectares.

Entretanto, Mato Grosso não está sozinho nessa jornada. As regiões Centro-Oeste e Sul do Brasil também desempenham um papel crucial, sendo responsáveis por aproximadamente 70% da produção total do grão.

No Paraná, por exemplo, a produção durante essa mesma safra atingiu 12.104,1 milhões de toneladas, enquanto no Rio Grande do Sul, alcançou 9.727,7 milhões de toneladas.

Goiás, embora tenha a menor produção entre esses estados mencionados, se destaca pela sua produtividade. Segundo a CONAB, o estado obteve uma produtividade de 3.958 kg/ha, a maior entre os quatro estados líderes em produção no país e superando a média nacional de 3.026 kg/ha.

Capacidade produtiva brasileira

Apesar de a soja ser a cultura agrícola principal no Brasil, ela ocupa menos de 5% do território nacional, equivalente a cerca de 40 milhões de hectares. Isso significa que mesmo com parte do solo brasileiro destinado a áreas de preservação ambiental, há potencial considerável para expandir a plantação de soja no país.

Essa expansão poderia levar outras regiões a superarem Mato Grosso como líderes na produção de soja, desde que respeitadas as normas estabelecidas pela legislação agrícola.

É crucial mencionar que o destaque do Brasil não se restringe apenas aos números de plantações, mas também à qualidade do grão oferecido nos mercados interno e externo. Um estudo da Embrapa revela que a soja brasileira possui um índice de proteína de 37%, superando a segunda colocada no ranking mundial, que alcança 34,7%.

Esse estudo enfatiza ainda mais a qualidade do grão cultivado em solo brasileiro, uma vez que a proteína é o fator determinante para a importância da soja na alimentação.

Para assegurar a qualidade do grão e a alta produtividade das plantações, os produtores devem observar atentamente o controle de doenças da soja, o timing adequado de plantio e outras técnicas agrícolas eficazes.

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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