O estado do Mato Grosso se destaca como um gigante no cenário do agronegócio brasileiro, monopolizando as três primeiras posições nas cidades mais ricas do setor; confira
O Brasil, reconhecido mundialmente como uma potência agrícola, viu seu setor agropecuário atingir novos patamares em 2023, ultrapassando a marca de R$ 2,5 trilhões no Produto Interno Bruto (PIB). Esse notável feito representa aproximadamente 24% do PIB total do país, conforme revelado por um levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Nesse contexto de prosperidade agroindustrial, surge uma questão intrigante: quais são as cidades que lideram esse movimento econômico no Brasil?
Uma pesquisa minuciosa conduzida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) lança luz sobre as 100 municipalidades mais prósperas no setor do agronegócio no país, destacando aquelas que desempenham papel crucial na produção nacional. Esses centros de atividade rural se tornaram os protagonistas de uma narrativa econômica que, por vezes, permanece nas sombras urbanas.
Ao analisar dados abrangentes de lavouras permanentes e temporárias em 5.563 cidades, o Mapa atualizou informações provenientes da Pesquisa Agrícola Municipal (PAM) de 2022 realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é um panorama rico e revelador das cidades que se destacam como pilares do agronegócio brasileiro.
Neste artigo, exploraremos as 10 cidades que emergem como líderes indiscutíveis na geração de riqueza agrícola. De climas diversos a práticas inovadoras, cada localidade apresenta características únicas que contribuem para seu destaque no cenário agroindustrial brasileiro.
O poder do agronegócio: As 10 cidades mais ricas do setor no Brasil
O estado do Mato Grosso se destaca como um gigante no cenário do agronegócio brasileiro, monopolizando as três primeiras posições nas cidades mais ricas do setor, de acordo com o recente levantamento do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
1. Sorriso, Mato Grosso
Sorriso, aclamada como a “Capital do Agronegócio“, emerge como uma força inigualável na produção agroindustrial brasileira. Liderando a produção mundial de soja, a cidade se destaca ao gerar um valor de produção que ultrapassa os R$ 10 bilhões, consolidando sua posição como líder indiscutível. Além da soja, Sorriso se notabiliza pela diversificação de culturas, incluindo milho, algodão e feijão, demonstrando uma abordagem holística para o desenvolvimento sustentável.
O investimento em inovação e tecnologia destaca a cidade como uma referência no setor, enquanto sua comunidade empreendedora contribui ativamente para o crescimento econômico e a projeção internacional positiva do agronegócio brasileiro. Apesar dos desafios, Sorriso se destaca como um exemplo de resiliência e compromisso com a sustentabilidade, moldando seu papel não apenas como um motor econômico regional, mas como um ícone do agronegócio nacional.
2. Campo Novo do Parecis, Mato Grosso
Campo Novo do Parecis destaca-se como uma joia da diversidade agrícola e um exemplo notável de inovação no cenário do agronegócio brasileiro. Com sua posição de destaque como a segunda cidade mais rica no setor, Campo Novo do Parecis surpreende ao ir além da monocultura, demonstrando uma abordagem dinâmica no ciclo agrícola. Após a colheita da soja, a cidade se reinventa ao diversificar suas plantações com grão-de-bico, painço, gergelim, chia, niger e feijão durante o período de seca. Esta estratégia não apenas amplia a oferta de culturas, mas também contribui para a sustentabilidade e estabilidade econômica ao longo do ano.
Outro aspecto distintivo de Campo Novo do Parecis é sua notável posição como a maior produtora de milho-pipoca do país. Esse feito reflete não apenas a diversidade agrícola, mas também a capacidade de explorar nichos de mercado e atender às demandas específicas da indústria alimentícia. A cidade se destaca como um centro de inovação, onde a tecnologia é empregada para otimizar a produção e maximizar a eficiência. Assim, a cidade contribui para a riqueza do agronegócio brasileiro e também serve como um modelo inspirador de como a diversidade e a inovação podem impulsionar o sucesso sustentável na agricultura.
3. Sapezal, Mato Grosso
Sapezal figura entre as cidades mais ricas do agronegócio brasileiro, ocupando a terceira posição destacada no ranking do Ministério da Agricultura e Pecuária. Reconhecida por sua contribuição expressiva para a produção nacional, a cidade desempenha um papel crucial na prosperidade do setor agrícola. O destaque conferido a Sapezal pelo MAPA está ancorado em sua influência significativa na produção nacional de algodão, milho e soja.
A diversificação de culturas é uma característica marcante de Sapezal, que, além de se destacar nas culturas-chave citadas, também busca explorar novas oportunidades agrícolas. Essa abordagem estratégica não apenas fortalece a economia local, mas também contribui para a dinâmica do agronegócio brasileiro como um todo. Em um contexto onde a inovação e a sustentabilidade são imperativas, a cidade surge como um exemplo de como as práticas avançadas podem impulsionar o sucesso econômico de uma região, consolidando seu papel como um dos motores do progresso agrícola no país.
4. Rio Verde, Goiás
Rio Verde, localizada em Goiás, emerge como um ponto de referência no cenário agroindustrial brasileiro, sobretudo devido ao seu expressivo desempenho nas culturas de soja, milho, sorgo e cana-de-açúcar. No ranking do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), a cidade se destaca como uma das mais ricas do país, impulsionada por sua participação significativa na produção nacional destas commodities agrícolas. Essa abordagem multifacetada não apenas contribui para a resiliência econômica da região, mas também estabelece Rio Verde como um centro agrícola versátil e inovador.
5. São Desidério, Bahia
São Desidério, na Bahia, conquista uma posição de destaque no cenário agroindustrial brasileiro, consolidando-se como a quinta cidade mais rica, de acordo com o levantamento. O município emerge como um epicentro na produção de algodão, delineando sua contribuição expressiva para a produção nacional dessa fibra têxtil valiosa.
6. Nova Ubiratã, Mato Grosso
Nova Ubiratã, situada no coração do Mato Grosso, ostenta a sexta posição no ranking. O lugar de destaque é ancorado no desempenho exímio da cidade na produção de soja, milho e algodão, solidificando sua reputação como um bastião da produtividade agrícola.
7. Nova Mutum, Mato Grosso
Nova Mutum ostenta uma rica produção nas culturas de soja, milho e algodão. Classificada entre as cidades mais ricas do agronegócio, a cidade desempenha um papel crucial na geração de riqueza e no fortalecimento da economia agrícola nacional.
8. Jataí, Goiás
Jataí, localizada em Goiás, destaca-se com as suas riquezas no cenário agroindustrial brasileiro, impulsionada pela produção robusta de milho e soja.
9. Formosa do Rio Preto, Bahia
Formosa do Rio Preto, localizada na Bahia, emerge como uma força significativa no cenário agroindustrial brasileiro, ostentando uma tríade de sucesso na produção de soja, algodão e milho.
10. Diamantino, Mato Grosso
Diamantino, situada no Mato Grosso, conquista a décima posição entre as cidades mais ricas do agronegócio, conforme levantamento do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), destacando-se especialmente na produção de soja. A cidade desempenha um papel crucial no panorama agrícola brasileiro, contribuindo para a liderança do país na produção global dessa oleaginosa.
Centro-Oeste emerge como destaque
A região Centro-Oeste emerge como líder indiscutível, abrigando 67 das 100 cidades mais ricas no setor agrícola. Dentre elas, 41 estão localizadas no Mato Grosso, 14 em Goiás, 11 no Mato Grosso do Sul e uma no Distrito Federal (Brasília). Minas Gerais e Bahia também marcam presença com 11 e 7 municípios, respectivamente. Além disso, algumas cidades do Paraná, como Guarapuava, Tibagi e Cascavel, representam o estado, enquanto São Paulo contribui com Itapeva e Casa Branca.
Globalmente, as 100 cidades destacadas por altos índices de produtividade agrícola representam uma fatia significativa da economia nacional, contribuindo com 34,71% do valor total da produção, um montante expressivo de R$ 288,13 bilhões. Esses números refletem não apenas a grandeza econômica dessas cidades, mas também a vitalidade e a influência do agronegócio brasileiro no cenário global. O caminho dessas cidades exemplares delineia a trajetória de um setor que continua a ser a espinha dorsal da economia nacional.
Escrito por Compre Rural.
VEJA TAMBÉM:
ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias
Não é permitida a cópia integral do conteúdo acima. A reprodução parcial é autorizada apenas na forma de citação e com link para o conteúdo na íntegra. Plágio é crime de acordo com a Lei 9610/98.
