A raça Nelore cresceu espetaculares 61%, de 4,3 milhões de doses comercializadas em 2019 para 7,08 milhões de doses em 2020; confira todas as raças
O ano de 2020 foi marcado por inúmeros fatos previsíveis e imprevisíveis, desde a questão da pandemia, que apesar das extremas dificuldades, fez com que o agro não parasse. Muito pelo contrário! Reinventou-se em ações positivas, apresentando crescimento significativo em todos os aspectos. Um destes crescimentos é o mercado de genética, aumentando a demanda pela genética zebuína PO e avaliada tanto nos touros para monta natural como para produção de doses de sêmen a serem comercializadas.
A valorização do sistema de cria e consequentemente das fêmeas alavancou ainda mais o uso das tecnologias da reprodução significativamente, impactando, por exemplo, na reposição, onde o criador concluiu que a fonte de reposição do seu rebanho é mais viável vir de dentro da porteira, da sua própria seleção com o foco nas novilhas e, não necessariamente, de fora da porteira, rebanho de terceiros.
Abaixo, confira os números atualizados do rebanho bovino brasileiro:
- 217 milhões de cabeças (Anuário DBO 2021);
- 61,3 milhões de matrizes de corte aptas a reprodução;
- 23,7 milhões de doses de sêmen comercializadas;
- 16,3 milhões de doses de sêmen de corte comercializadas;
- 13,6 milhões de matrizes de corte prenhez via IA;
- 47,7 milhões de matrizes de corte em monta natural.
“O criador utiliza um boi de boiada na sua vacada porque não as conhece”, ressalta Ricardo Abreu, gerente de fomento dos programas de melhoramento genético da ABCZ, destacando ainda que a partir do momento que o criador utiliza as ferramentas para conhecer as suas fêmeas através da escrituração zootécnica por exemplo ele começa a fazer a gestão correta do seu rebanho, utilizando tecnologias que impactam positivamente nos seus índices e incrementa em produtividade e a rentabilidade surge. Com o criador capitalizado reinveste no próprio negócio tornando um ciclo contínuo.
Observando os números acima tivemos aumento na disponibilidade de touros registrados comercializados para monta natural e aliado ao número de fêmeas prenhes pelo uso da inseminação artificial restam ainda 30,4 milhões de fêmeas de corte em condições de emprenhar e expostas por enquanto aos “bois cabeceira de boiada”, isto é, 50% do total de fêmeas de corte é exposto ainda a touros sem currículo, sem lastro, sem acuidade.
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Essas fêmeas são o “oceano azul” a ser conquistado e tem de ser rápido. Uma das frentes de trabalho é, conforme citado anteriormente, disponibilizar as ferramentas e os métodos para o criador conhecer as suas fêmeas e seu rebanho, e analisando a sua propriedade como empresa considerando os fatores nutricionais, pastagens por exemplo, sanitários condizentes ao seu sistema de produção.
Segundo a ASBIA – Associação Brasileira de Inseminação Artificial, em seu relatório anual em parceria com o CEPEA – Esalq/USP sobre o mercado da Inseminação Artificial, o uso de IA no país era em torno de 10 a 11% até 2018, tendo um avanço para 14,6% em 2019 e em 2020 o uso aumentou para 19,4%, sendo 22% das matrizes de corte inseminadas e 11% das matrizes de leite. Na figura abaixo temos os números de doses de sêmen comercializadas das raças de corte zebuínas. Enquanto tivemos um crescimento de 38% no número total de doses comercializadas nas raças de corte de 2019 para 2020, o crescimento no número de doses das raças zebuínas foi exponencial em 58%. Em todas as raças zebuínas tivemos crescimento expressivo no número de doses comercializadas.
A raça Nelore cresceu espetaculares 61%, de 4,3 milhões de doses comercializadas em 2019 para 7,08 milhões de doses em 2020.
O Zebu é a referência do rebanho brasileiro, tanto em quantidade quanto em qualidade, base da genética produtora de carne e leite. O casamento perfeito consiste na utilização dos touros Zebu PO melhoradores que possuem um curriculum destacado para transmitir as suas progênies produtividade nas características econômicas, com funcionalidade nas fêmeas através da monta natural e/ou da inseminação artificial.
Atualmente, são 1.729 touros avaliados no sumário PMGZ 2021-1 presente nas 12 Centrais de Inseminação. Destes, 1.034 touros são deca 1 de índice ABCZ cerca de 60%, comprovando-se assim um volume considerável de touros avaliados e melhoradores para contribuir nos índices de produtividade do rebanho brasileiro.
A expectativa, pelo menos a médio prazo, é a contínua valorização do sistema da cria, o qual interage com os demais segmentos e assim, o foco nas fêmeas e uso das ferramentas para conhecê-las tornaram-se regra para se manter na atividade. Para isso, conte com os produtos e serviços da ABCZ para o incremento dos índices produtivos do seu rebanho, conhecer suas matrizes e ter acesso a todos os recursos do PMGZ e do PMGZ Comercial.
“Esses números mostram o reconhecimento do mercado ao nosso programa e ao trabalho sério realizado pela ABCZ, que tem colocado o Zebu brasileiro como a maior referência mundial em melhoramento genético pecuário”, conclui Rivaldo Machado Borges Júnior, presidente da ABCZ.
Adaptado da ABCZ