A vaca em questão, chamada Ercolina II, já se tornou “famosa” por sua participação em protestos em todo o país, sempre acompanhando Cristian Belloni, proprietário de uma empresa italiana de cereais.
Agricultores italianos decidiram expressar suas demandas por melhores condições no setor agrícola europeu de uma maneira peculiar: levaram sua manifestação até o Vaticano, a sede da Igreja Católica. No último domingo (18/2), um grupo participou da celebração dominical na Praça de São Pedro, acompanhado por uma vaca.
Do alto da janela do Palácio Apostólico, o pontífice dirigiu palavras de saudação aos agricultores e criadores presentes na praça. A vaca em questão, chamada Ercolina II, já se tornou “famosa” por sua participação em protestos em todo o país, sempre acompanhando Cristian Belloni, proprietário de uma empresa italiana de cereais. Belloni afirma que a presença da vaca tem o objetivo de conscientizar as pessoas, argumentando que os animais trazem uma sensação de paz.
Durante o momento da oração do Angelus, que o Papa celebra todos os domingos, Ercolina II permaneceu junto ao grupo de manifestantes. No entanto, ativistas em prol dos direitos dos animais criticaram a presença da vaca, alegando que a agitação dos centros urbanos pode causar medo e aumentar o nível de estresse do animal.
De acordo com uma reportagem do jornal britânico The Guardian, o convite para os manifestantes, incluindo a vaca Ercolina II, participarem da missa partiu do secretário do Papa.
Foi uma surpresa monumental. Conseguimos permissão para entrar e participar da missa. Isso é algo que acontece apenas uma vez na vida. Com essa bênção, buscamos forças para enfrentar os desafios que temos pela frente no campo”, declarou Roberto Rosati, porta-voz da Redenção Agrícola, um movimento de protesto italiano, em entrevista a um jornal britânico.
Como gesto simbólico, os agricultores doaram um trator, que se tornou um símbolo nas manifestações, e sacos de farinha ao Papa. Pietro Megna, outro porta-voz do movimento, explicou à Agência Italiana de Notícias (Ansa) que esse ato tinha um significado simbólico e que era crucial para o Vaticano e o Papa ampliarem a discussão sobre os desafios enfrentados pelo setor agrícola.
Os italianos se uniram aos produtores rurais de outros países europeus em uma onda de protestos que teve início na França. Entre as demandas apresentadas, destaca-se a necessidade de redução do que chamam de excesso de regulamentações ambientais, tributárias e comerciais. Além disso, eles manifestam oposição ao acordo entre a União Europeia e o Mercosul, no qual a agropecuária desempenha um papel significativo.
Escrito por Compre Rural
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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