O mercado do boi gordo segue em compasso de espera, com uma grande “expectativa” de mudança no cenário; Veja agora o que pode fazer o preço da arroba disparar novamente!
O mercado físico do boi gordo seguiu mais uma vez operando com preços estáveis em sua totalidade das praças, onde algumas negociações pontuais acima da referência ainda ocorrem, nesta segunda-feira, 22. A indústria segue avaliando suas estratégias e, do outro lado, o pecuarista busca alternativas e melhores preços. Veja agora o que pode fazer o preço da arroba disparar novamente!
Segundo o levantamento semanal, realizado pelo Portal, os frigoríficos ainda contam com uma “posição confortável” em suas escalas de abate, ainda com capacidade para exercer pressão sobre os pecuaristas, mesmo no chamado período de entressafra. Mas a oferta começa a dar sinais de queda nas principais praças.
Conforme apontou a Scot Consultoria, houve poucas negociações concretizadas nas praças paulistas. Como geralmente ocorre, o início da semana começou devagar no mercado do boi gordo, com a maioria dos frigoríficos fora das compras. A referência está em R$295,00/@ para o boi, R$274,00/@ para a vaca e R$290,00/@ para a novilha, preços brutos e a prazo.
Bovinos destinados à exportação – animais jovens com 4 dentes e até 30 meses de idade – estão cotados em R$305,00/@, preço bruto e a prazo. Entretanto, mesmo para o mercado interno, onde a dificuldade de originação da boiada é maior, como é no Sul do país, o app da Agrobrazil informa que foi concretizada a venda de animais pelo valor de R$ 307,50/@ com o prazo de 35 dias para pagamento, veja imagem abaixo.
Já o Indicador do Boi Gordo do CEPEA, trouxe uma nova expectativa para o mercado e, principalmente, para os pecuaristas que o utilizam como referência para as suas negociações. Com uma alta diária de 2,59%, os preços abriram a semana com a cotação atingindo R$ 326,60/@. Já o valor em dólar, alcançou a média de US$ 63,27/@.
Mercado futuro também operando em alta. Na B3, o contrato com vencimento para ago/22 segue em valorização com um ajuste positivo de 0,42%, sendo negociado a R$ 308,95/@, apontou a Agrifatto. Já os contratos de novembro, se mantiveram estáveis e no valor de R$ 314,55/@.
“A indústria frigorífica de maior porte conta também com a entrada de animais negociados na modalidade à termo, tornando a programação de abates ainda mais tranquila”, diz Iglesias.
“O ritmo lento deve ser a toada ao longo dos últimos dias de agosto”, prevê a IHS.
Veja o que traz animo e pode fazer a arroba disparar novamente
A começar pela grande importância das exportações, segundo a Agrifatto, durante a última semana foram exportadas 39,74 mil toneladas de carne bovina in natura, queda de 19,57% no comparativo semanal, apesar do recuo no período o volume exportado ainda é considerado bom.
Os embarques realizados dentro dos primeiros quinze dias úteis de ago/22 totalizaram 128,55 mil toneladas, resultando em uma média de 8,57 mil t/dia, 3,81% superior à média diária registrada em ago/21.
O outro ponto, de suma importância, está ligado as escalas de abate. No atual momento, apesar de confortáveis, as escalas precisam recuar e somar a retração dos estoques de carne bovina.
A virada do mês, traz a entrada da massa salarial, influenciando positivamente no consumo da proteína. Outro ponto importante é o feriado de sete de setembro. Somando-se esses fatores a mudança do cenário político-econômico, devemos ter uma nova onda de valorização nos preços.
Entretanto, isso é uma análise possível e dentro da realidade do setor. Mas, se as indústrias não encontrar maior dificuldade na originação de animais para abate, é pouco provável que haja recuperação dos preços.
Giro do boi gordo pelo Brasil, segundo Safras
- Em São Paulo (SP), a referência para a arroba do boi ficou em R$ 293, queda de R$4.
- Em Dourados (MS), os preços se mantém em R$279.
- Em Cuiabá (MT) a arroba de boi gordo finalizou o dia em R$ 270-271. Em Uberaba (MG), preços continuam fixados em R$ 280.
- Em Goiânia (GO), os preços do boi ficaram estabilizados em R$ 275 a arroba.
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Mercado atacadista do boi gordo
O atacado iniciou a semana apresentando preços estáveis. No entanto, de acordo com Iglesias, com amplos estoques diante da desaceleração do consumo típica para uma segunda quinzena de mês, a tendência é de queda dos preços até a virada para setembro, quando o mercado deve voltar a se movimentar.
O quarto dianteiro do boi continuou cotado em R$ 16,70. Já a ponta de agulha teve preços de R$ 16,60. Por fim, o quarto traseiro do boi ficou fixado em R$ 21,20 por quilo.