A quantidade de bois confinados no Oeste de São Paulo está menor neste ano. Entenda os fatores que contribuíram para isso
Com a seca intensa e a falta de pastagens na região, o natural seria ter muitos animais em regime de confinamento, mas a alta no preço dos insumos para alimentar o gado atrapalhou o planejamento dos produtores.
A principal fonte de alimento para os bichos tem sido o pasto seco, sem nutrientes, mais parecendo uma palha.
O empresário Sérgio Przepiorka conta que gastava R$ 7 por dia com cada animal. Agora, o valor subiu para R$ 10.
“O milho hoje é R$ 40, a soja disparou de preço, ureia não tem no mercado e o bagaço de cana, que é essencial porque o boi é ruminante, você não encontra para comprar”, diz.
Para o pecuarista Daniel Luizar, que tem fazenda em Teodoro Sampaio, a solução foi reduzir o rebanho quase pela metade, de 800 para 450 animais. Desses, apenas 150 estão em fase de acabamento para o abate.
O regime que Daniel está usando é o de semiconfinamento: o gado fica solto no pasto, mas recebe também alimentação reforçada várias vezes ao dia, para ganhar peso e gordura.
“A qualidade do pasto não está satisfatória para o semiconfinamento, mas é como eu consegui ainda egordar o gado. Estou com ele pronto agora aguardando preço, porque está muito de valores que nos remunerem de fato”, afirma.
Há 12 anos a região Oeste não via uma seca tão rigorosa. A estiagem começou em março e até agora só choveu 139 milímetros – no mesmo período do ano passado, foram 408 milímetros.
Com informações do Globo Rural.