Confinamento e semiconfinamento, uma entrevista com a DSM Tortuga

Engorda e terminação é melhor utilizar o confinamento ou semiconfinamento? Qual a realidade de cada sistema? O gerente de categoria da DSM, Marcos Baruselli comenta sobre o assunto.

O Brasil possui o maior rebanho comercial do mundo e, além disso, é hoje o campeão em exportação de carne. Estamos competindo com grandes concorrentes pelo mercado externo. Passando por uma mudança no padrão de qualidade da carne produzida. O crescimento na taxa de desfrute é um grande sucesso da “nova pecuária”.

Diante de todos esses fatores e os desafios que o pecuarista encontra, a Equipe do Compre Rural, trás nessa entrevista exclusiva, que foi concedida pelo Marcos Baruselli, gerente de categoria DSM, algumas repostas sobre os dois principais sistemas de engorda e terminação utilizados no Brasil: Semiconfinamento e o Confinamento.

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Compre Rural: O pecuarista tem optado por realizar o semiconfinamento pela grande disponibilidade de área, além da cultura de criação “extensiva”. Entretanto, ainda não conseguiu atingir o sucesso, na maior parte das propriedades. Onde está o maior gargalo desse sistema: Genética dos animais, Manejo ou Nutrição precária?

Marcos Baruselli: O semiconfinamento é um sistema de produção de bovinos de corte que tem sido empregado pelos produtores rurais com o objetivo de aumentar o ganho de peso diário dos animais em regime de pasto,  de reduzir a idade de abate e também para aumentar a produção de @ por hectare que normalmente é baixa nos sistemas extensivos sem nenhum tipo de suplementação nutricional. Muitos produtores já obtêm grande sucesso com o semiconfinamento, com ganhos de peso diário entre 1 a 1,5 Kg quando semiconfinamento de bois em fase de terminação e taxas de lotação entre 1 a 5 Unidade Animal por hectare (1 UA = 450 Kg), dependendo da qualidade do pasto e da época do ano.

Compre Rural: Manter um bovino em sistema de confinamento possui um custo elevado, qual é a divisão dos custos envolvidos no processo de engorda e terminação? Quanto custa manter um bovino em confinamento?

Marcos Baruselli: Semiconfinar custa menos do que confinar. Normalmente o custo do semiconfinamento é composto pelo custo da própria ração, com o acréscimo da mão de obra e custos da instalação (cochos).

Existem dois tipos de semiconfinamento: o de 1% do peso vivo e o de 2% do peso vivo, isto é, fornecer ração na dose de 1% ou 2% do Peso vivo do animal (exemplo = um boi de 500 Kg consome 5 Kg de ração por dia no semi de 1% e 10 Kg de ração por dia no semi de 2% do peso vivo). A opção por um ou outro sistema depende da estratégia adotada pelo produtor rural.

No confinamento, um boi custa em média R$ 8,00 a R$ 9,00 por dia, considerando o estado de São Paulo neste mês de agosto, 2018, mas pode apresentar variação, dependendo do preço do milho e de outros ingredientes da ração.

Compre Rural: Ainda relacionado à pergunta acima, qual tecnologia a DSM Torturga traz para o mercado, principalmente para um ano em que o mercado de grãos se encontra em alta até mesmo na safrinha?

Marcos Baruselli: A DSM traz uma série de exclusivas e inovadoras tecnologias, como o CRINA®, um blend de óleos essenciais que substituem com vantagens os antibióticos usados na ração  como promotores de crescimento, Outra tecnologia da DSM é o RumiStar™, uma alfa amilase pura que ajuda no processo de digestão do amido do milho, com benefícios positivos no aproveitamento do milho, para o ganho de peso e para o aumento do rendimento de carcaça dos animais.

Compre Rural: Quando analisamos os dados de crescimento no número de animais confinados no Brasil, estamos apostando no caminho certo ou a utilização de pastagens seria economicamente mais viável?

Marcos Baruselli: O Brasil já possui cerca de 5 milhões de bovinos confinados, e um número parecido de bovinos semiconfinados, com tendência de crescimento desses dois sistemas de produção no curto, médio e longo prazo. Há uma clara e forte tendência de intensificação da pecuária de corte no Brasil, onde o conceito ligado a sustentabilidade do sistema tem se sobressaído.

Compre Rural: Qual é a melhor forma de se preparar e adaptar o bovino ao confinamento? Poderia apresentar algum case de sucesso?

Marcos Baruselli: A melhor forma de adaptar um bovino é por meio da adaptação em escada, isto é, aumentar aos poucos a quantidade de ração até atingir em 10 ou 15 dias o volume ideal. O CRINA® auxilia em muito na adaptação por permitir que os animais consumam mais ração desde os primeiros dias de confinamento. Muitos confinadores que estão usando CRINA® têm relatado baixas taxas de refugo, reduzidos casos de desordens nutricionais, como diarreias, laminites e timpanismo, e eficiente adaptação dos animais a nova dieta do confinamento.

Compre Rural: Quais são as vantagens zootécnicas e financeiras do confinamento?

Marcos Baruselli: 

  • Zootécnicas incluem maior ganho de peso, redução da idade de abate, produção de carcaças mais pesadas, maior rendimento de carcaça, produção de carne de melhor qualidade e com bom acabamento de gordura.
  • Financeiras incluem antecipação do capital, maior giro de capital, maior produção de arrobas e maiores receitas. O TOUR DSM DE CONFINAMENTO que em 2017 percorreu 10 confinamentos em 8 estados do Brasil, obteve uma taxa média de retorno financeiro de 3,4%.
Marcos Baruselli, gerente de categoria DSM.

Qual o período crítico no confinamento?

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