O terror do confinamento chama-se custo de produção, mas como eles se comportam e como calcular de forma que se obtenha maior lucro possível?
Antes de iniciar o assunto, precisamos entender como funciona a divisão de custos dentro de um sistema de confinamento, já que ele é quem reduz o nosso lucro no final do sistema.
De um modo geral, e de acordo com dados do CEPEA / ESALQ – USP, 2017, o custo operacional efetivo – COE de um boi confinado no Brasil pode ser dividido da seguinte forma:
Todos esses custos são uma média geral, variando de região para região, por isso cada confinador deve estabelecer seus custos de produção, ponderando assim a suas variáveis internas e externas.
A aquisição dos animais para o confinamento é o primeiro ponto a ser levado em consideração para o sistema de confinamento, já que esse representa a maior parte dos custos. O valor desse animal pode variar com a raça, peso, sexo, região e outros fatores. Trabalhar com ciclo completo ou realizar uma boa negociação desses animais são fatores que serão discutidos mais a frente.
E a diária do meu boi?
A diária de um bovino no confinamento é o que é gasto com ele para que seja mantido dentro desse sistema, não levando em conta o seu custo de aquisição.
O custo da diária de um bovino em confinamento é representado, de forma geral, pelos seguintes itens e suas porcentagens no custo total:
Como demonstrado na imagem acima, o custo da alimentação é o que tem maior peso dentro da diária do confinamento, chegando a representar em média 90% do custo total. Esses custos são muito influenciados pela dieta fornecida e principalmente pela capacidade de negociar os insumos. Por esses motivos, é muito comum que o pecuarista busque parcerias como o sistemas de boitel.
Qual papel do meu custo fixo?
Muitos pecuaristas ainda acabam com o seu lucro por causa dos custos fixos, pois não levam ele em consideração na hora do seu planejamento. Apesar dele ser extremamente variável, vamos lista aqui alguns itens que compõe esse custo:
- Número de animais
- Número de funcionários
- Tipo de instalações e tamanho
- Quantidade de maquinário utilizado, como misturadores, tratores, balanças, etc
É muito importante entender qual a sua realidade e jogar ela dentro do seu planejamento. O ponto mais crucial dentro desses custos é o pecuarista entender que é preciso buscar alternativas que possam diluir o seu custo fixo e a melhor opção é o número de animais dentro do confinamento.
Confinar 20 cabeças ou 100 cabeças é “praticamente” o mesmo trabalho, porém com menor custo fixo!
Sendo assim, eu sugiro que cada confinador calcule o custo fixo do seu próprio confinamento para, por fim, estabelecer uma análise financeira mais precisa.
Somando os custos
Vamos agora fazer um somatório dos custos que temos em um confinamento, e depois calcular o nosso tão esperado “custo da arroba produzida”. Para melhor ilustrar essa situação, vamos ilustrar uma situação de confinamento:
- O tempo de confinamento será de 90 dias (esse período é um tempo médio nos confinamentos brasileiros);
- O custo da alimentação de uma dieta de confinamento em torno de R$ 6,72/dia;
- O custo operacional, que é a soma do custo fixo + custo operacional, no valor de R$ 0,70/dia
Ou seja, somando-se os valores acima teremos um custo total diário no valor de R$ 7,42/ dia. Para sabermos o custo do período, basta multiplicar o custo diário pelo período em confinamento. Sendo assim, teríamos um valor de R$ 7,42*90 dias = R$ 667,80 para o período de 90 dias de cocho.
Já o custo da arroba produzida
Com os valores acima, precisamos determinar agora o custo da arroba produzida para poder saber até onde a arroba vendida irá representar lucro ou prejuízo.
Na nossa simulação, vamos considerar um Ganho de peso Diário – GPD da ordem de 1,72 Kg / bovino / dia que associado a um rendimento de carcaça – RC de 56%, dará uma produção de 7,35@ no confinamento.
O custo da arroba produzida é encontrado, de forma simples, dividindo o custo total no período pelo número de arrobas produzidas. Ou seja, nesse caso teremos R$ 667,80 / 7,35@ = R$ 90,85
Sendo assim, chegamos a um ponto de corte ou de equilíbrio, onde a arroba do boi gordo, nesse caso, deve ser comercializada acima do valor de R$ 90,85 para poder trazer lucro para o pecuarista.
E o lucro real, como fica?
O lucro no confinamento, ponto chave do nosso artigo, será calculado de forma simples e, para isso, levaremos em conta uma arroba no valor médio de R$142,00.
Produzimos 7,35@ no confinamento e estamos comercializando ela a R$142,00/@, sendo assim teremos uma receita de R$ 1.043,70.
Dessa forma, para essa situação, o pecuarista teria um lucro de:
Lucro = Receita – Custo
Lucro = R$ 1.043,70 – R$ 667,80 = R$ 375,90 por bovino confinado por 90 dias.
Leia também:
- Manejo de cocho em confinamento
- Confinamento: Produção de carne de qualidade
- Consultoria técnica no abate é decisiva no lucro do pecuarista
Vantagens do confinamento
Existem inúmeras outras vantagens que não estão calculadas no lucro acima, vamos listar algumas para que se possa entender as inúmeras oportunidades que um confinamento trás:
- Antecipação da idade de abate;
- Antecipação da entrada de capital;
- Produção de carcaças de melhor qualidade
- Liberação de pastagens para outras categorias animais.
- Criação de uma “poupança de terra”, ou seja, produzir mais arroba em menor tempo e espaço.
Por quê utilizar o boitel?
O sistema de boitel é uma grande oportunidade que o pecuarista encontra no mercado, principalmente para quem deseja aumentar a sua lotação e lucro anual. O formato de boitel nada mais é do que um “hotel” para os seus animais, ou seja, uma empresa que irá alojar seus animais para engorda até o abate, cobrando pela diária ou porcentagem sobre cada animal.
Com o boitel, o pecuarista não precisa:
- Se preocupar com o custo fixo do confinamento;
- Montar instalações para alojar os animais;
- Mão de obra qualificada;
- Negociar e estocar insumos;
- Realizar rastreabilidade dos animais;
- Ocupar espaço na fazenda.
Com o boitel, o pecuarista GANHA:
- Rastreabilidade dos seus animais;
- Melhor desempenho dos animais com uma dieta balanceada e com menor custo;
- Espaço na fazenda para aumentar a sua taxa de lotação com outras categorias;
- Maior lucro e possibilidade de travar o preço de venda final dos seus animais;
- Seus animais estarão assistidos por profissionais treinados e capacitados.
A VFL do Brasil, é uma empresa que oferece o boitel como uma excelente estratégia para o produtor que quer obter um descanso nas suas áreas de pastagem ou, até mesmo, aumentar a lotação de animais com um menor custo operacional.
Conheça o Boitel VFL do Brasil:
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