O presidente da Faeb ressalta que o alojamento contribui significativamente para aumentar a produtividade em espaços menores, ao mesmo tempo que reduz os impactos ambientais.
Com o intuito de aprimorar o bem-estar dos animais e otimizar a gestão do gado, alguns criadores estão adotando uma abordagem diferente, investindo em instalações mais compactas e protegidas, como os confinamentos cobertos.
Em uma iniciativa pioneira na região de Barreiras, situada no Oeste da Bahia, um empresário com experiência também na avicultura está direcionando seus investimentos para esse modelo de alojamento, totalmente coberto.
O recém-inaugurado espaço, ainda em fase de implementação, apresenta uma estrutura com 204 metros de extensão, abrigando 8 baias no total, distribuídas igualmente em ambos os lados. Cada baia tem capacidade para alojar até 125 cabeças de gado.
Segundo Eduardo Carneiro Motta, diretor da empresa responsável, o objetivo é aprimorar a saúde e o conforto dos animais, reduzindo o estresse e aumentando a rotatividade do gado, o que consequentemente impulsiona a produtividade.
Com essa abordagem, os animais não precisam se desgastar tanto em grandes áreas de pastagem sob exposição solar direta, principalmente em regiões de clima quente como o Matopiba.
“A proposta é abrigar mil animais em cada turno dentro dessas 8 baias, neste galpão coberto. Por ser totalmente protegido, sem exposição à chuva, conseguimos movimentar esses animais de 3 a 4 vezes ao ano, o que nos permite produzir entre 3 e 4 mil animais anualmente”, afirma.
Para o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb), o conceito de confinamento coberto traz benefícios significativos, como maior produtividade em espaços reduzidos e menor impacto ambiental.
“Em termos de eficiência, quanto mais conseguimos produzir em uma área menor, melhor para todos, inclusive para a sociedade em geral. Se podemos utilizar 50 hectares de uma propriedade para estabelecer um confinamento fechado e engordar ali 5, 10 mil bois, evitamos a necessidade de expandir áreas e, consequentemente, reduzimos o desmatamento em larga escala”, destaca.
Mercado
No entanto, os produtores expressam preocupação de que o mercado ainda não reconheça os animais provenientes desse tipo de confinamento como um diferencial que justifique um preço mais elevado.
De acordo com Eduardo, no segmento da pecuária de corte, esses bovinos são negociados de forma semelhante aos criados em ambientes convencionais, sejam abertos ou semiabertos.
Ele aguarda que o mercado comece a valorizar esses animais de forma distinta, levando em consideração os benefícios e a qualidade superior proporcionados pelo confinamento coberto.
“São animais que desfrutam de melhor bem-estar e apresentam uma qualidade de acabamento superior, certo? Atualmente, observamos que o preço praticado no mercado para qualquer animal tende a ser o mesmo”, conclui.
Escrito por Compre Rural
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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