Confinamento Alto Grão: veja tudo o que você precisa saber

Conheça um pouco mais sobre o concentrado paletizado para bovinos de corte em confinamento; dieta puro grão pode ser administrada para bezerros, animais de recria e os prontos para terminação

O Brasil é o maior exportador de carne bovina no mundo, o que torna cada vez mais atrativa a produção de gado no país. Dessa forma, o “boi verde”, animal oriundo de um sistema de criação a pasto livre com algum tipo de suplementação em cocho, destaca-se entre os sistemas utilizados na pecuária por envolver menor fornecimento de suplementação que os sistemas convencionais.

Apesar de animais terminados a pasto terem a predisposição de ter problemas de maciez nas suas carcaças devido a menor cobertura de gordura e menor conteúdo de glicogênio ou ainda possuir problemas de sabor devido a maior presença de ácidos graxos insaturados, são desafios que apresentam soluções.

Um dos sistemas que podem minimizar estes impactos são os sistemas de semiconfinamento, confinamento e confinamento de grão inteiro ou “Puro Grão”. Este último criado há 15 anos, por concepção de Paulo César Rocha Araújo, médico veterinário especialista em nutrição animal, permite a produção de carne com volume em uma menor área, ou seja, viabiliza pequenas propriedades espalhadas por praças importantes da pecuária brasileira. E não é só.

A dieta em si – Como ela é baseada no consumo exclusivo de grãos, guardando as diferentes fases de vida dos bovinos, pode ser administrada para bezerros, animais de recria e os prontos para terminação. O milho de qualidade e seco é servido na proporção de 90% para 10% de um núcleo concentrado. A formulação desse núcleo é diferente para cada categoria.

Qual o desempenho dos animais?

Um dos principais indicadores para avaliar se uma dieta trará lucro ao pecuarista é o rendimento de carcaça, pois é no gancho que sabe-se quanto irá receber por cada animal produzido. Quem fez a experiência de usar o sistema de alto grão foi o criador e zootecnista Manoel Neto do Nelore Montana, no município de Ceará-Mirim, Rio Grande do Norte.

Zootecnista Manoel Neto - Nelore Montana
Foto: Arquivo pessoal

Segundo o zootecnista, eles usaram o sistema pela primeira vez para engordar um lote de vacas de descarte e confinaram as fêmeas por cerca de 70 dias. “Nós tínhamos esse lote de vacas de descarte e precisávamos fazer elas melhorarem o escore corporal rapidamente e ganhar peso, por isso pensamento exatamente neste sistema para fazer o acabamento de carcaça e melhorar o rendimento de carcaça para alcançar melhores rendimentos na hora do abate” – disse Manoel.

Manoel nos contou que utilizou o CONFIMIX AG da Integral Mix durante 70 dias. Os primeiros 10 a 15 dias foram usados para fazer a adaptação dos animais ao novo sistema, que decorreu de forma tranquila, sem nenhum problema. “Nós tivemos na média cerca de 1,7kg de ganho de peso diário e quando as vacas foram abatidas conseguimos um rendimento de carcaça de 54%, um resultado surpreendente e gratificante para nós. Ficamos contentes pois atingimos o objetivo do uso do sistema aqui na propriedade” – celebrou o zootecnista.

CONFIMIX AG

O CONFIMIX AG da Integral Mix é a escolha perfeita para produtores que buscam eficiência e resultados superiores em suas fazendas. Seus animais merecem o melhor em nutrição. Veja os destaques do concentrado:

  • Confinamento sem volumoso;
  • Com Macro e micro minerais para suplementação ideal;
  • Virginiamicina que permite maior ganho de peso;
  • 75% de Proteína verdadeira;

Como fornecer o CONFIMIX AG

Segundo a empresa o concentrado deve ser misturado de forma homogênea, na proporção 10% do Confimix 10 com 90% de milho ou sorgo moído de boa qualidade.

Fornecer esta mistura, em semiconfinamento ou confinamento, na quantidade máxima de 1,2% do peso corpóreo (PC). Por conter ureia, os bovinos devem ser adaptados fornecendo 30% da dose recomendada durante os 3 primeiros dias e 60% da dose recomendada por mais 3 dias. A partir do 7º dia fornecer a dose recomendada.

Algumas observações importantes

O sucesso do tratamento depende de observar algumas dicas práticas que se bem seguidas interfere diretamente no resultado o tratamento e rendimento final, aqui iremos apresentar situações rotineiras neste sistema de confinamento que precisam ser acompanhadas de perto pelo responsável dos animais:

  • O período de adaptação não deverá ser reduzido, sob risco de ocorrência de distúrbios nutricionais;
  • Deixar água ao acesso dos animais a vontade;
  • Após adaptação não disponibilizar volumoso aos animais;
  • Espaçamento de cocho necessário por animal confinado, 40-50 cm;
  • Não deixar faltar alimento no cocho ao longo do dia, nunca ter cocho limpo e buscar sempre uma sobra de 5% da quantidade fornecida no trato anterior;
  • Nunca realizar menos de 2 refeições ao dia;
  • Sempre misturar bem o milho com o concentrado CONFIMIX Alto Grão;
  • Cuidados especiais devem ser dados a animais debilitados e provenientes de longa viagem;
  • Não fornecer o péllet CONFIMIX Alto Grrão a equinos, aves e suínos;
  • O animal que não se adaptar ao sistema, não consumindo o pellet e o milho deve ser retirado do manejo o quanto antes.

Vamos continuar aprendendo e aplicando as melhores práticas, para que cada dia mais possamos nos destacar na pecuária nacional.

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