Durante o Congresso Internacional do Santa Gertrudis foi formado o Condomínio União das Américas, com participação de criadores de três países diferentes
A Associação Brasileira de Santa Gertrudis (ABSG) divulgou recentemente em suas redes sociais a criação de um condomínio para fomentar a raça Santa Gertrudis no globo. “Os criatórios Reese Ranch (TX/EUA), Wendt Ranch (TX/EUA), Cabanha Los Mochos (PY) e Fazenda União do Brasil juntos, investiram na aquisição de genética Santa Gertrudis Brasileira para exportá-la ao mundo!” – diz a publicação.
Fundada em 1961, com sede em São Paulo (SP), a entidade empenha-se em promover a raça Santa Gertrudis no Brasil, orientar seus criadores e, acima de tudo, propiciar o mais perfeito controle dos rebanhos, a partir de critérios e técnicas adotados internacionalmente. A raça, criada no início do século passado nas Fazendas King Ranch, surgiu a partir de um desafio: produzir um gado de corte rústico, perfeitamente adaptado às duras condições climáticas do sul dos Estados Unidos.
Uma das aquisições do grupo foi 50% da Grande Campeã do Congresso Mundial 2023 (Pauliceia da Malagueta – do criador Wladimir Alvares de Mello do Santa Gertrudis Malagueta no município de Mairinque, interior de São Paulo) durante o leilão realizado no Congresso no dia 9 de dezembro!
A raça sintética completou 70 anos no Brasil em 2023. “É uma raça que está agregando muito à pecuária brasileira, com crescimento de 480% nos últimos anos na venda de sêmen. Nossos leilões crescem mais a cada dia . A procura por touros e matrizes está grande. A raça está crescendo de vento em popa”, assegurou presidente da associação, Gustavo Barreto da Cruz.
Em 70 anos de Brasil, os criadores têm investido em programa de melhoramento genético com o Embrapa Geneplus e provas de avaliação de desempenho. “O Santa Gertrudis hoje está do jeito que o mercado precisa. Toda raça tem que evoluir conforme o mercado”.
A raça é criada em todas as regiões do Brasil. “No Rio Grande do Sul, temos criatórios de quase 50 anos”, resume. Conforme Cruz, o grande trunfo da raça é a funcionalidade e a adaptação. “Já comprei animais do Sul e levei para minha fazenda no Nordeste, e são altamente adaptados. Também o pessoal já comprou animais nossos em Sergipe e trouxe para o Sul.
“Hoje vemos a raça como uma raça que agrega muito na pecuária brasileira, porque vai potencializar seu rendimento, vai dar ganho de peso com qualidade de carne, porque a Santa Gertrudis tem qualidade de carne, que vem lá do shorthorn cross, que faz parte da sua composição, sem perder rusticidade.” “É uma raça em que a gente tem desempenho com rusticidade.”
Segundo o diretor, a raça tem sido muito utilizada em cruzamentos industriais no Sul, em cima do gado europeu, agregando rusticidade e mantendo a qualidade de carne e todas as características do gado europeu. Nas regiões Centro Oeste e Nordeste, os criadores buscam cruzamentos em cima da base zebu.
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