Os gráficos de evolução do Índice de Vegetação das regiões onde os cultivos de inverno estão sendo monitorados mostram o Índice próximo ou acima da média.
Na primeira quinzena de setembro, os maiores volumes de chuva ocorreram nas regiões Norte e Sul do país, além do Leste da região Nordeste. No Sul, o destaque foi o Paraná, com até 150 mm acumulados no Centro-Sul e Sudeste do estado.
O acúmulo de umidade no solo foi favorável para o desenvolvimento, floração e enchimento de grãos dos cultivos de inverno e a semeadura da safra 20022/2023 em toda a região Sul. O milho terceira safra em enchimento de grãos nas regiões mais próximas ao litoral do SEALBA também foi beneficiado. Nas regiões Centro-Oeste e Sudeste já é possível observar o retorno das chuvas.
No entanto, o armazenamento hídrico ainda está baixo, com exceção de parte dos estados de MS e SP, onde se observa boas condições para o início do plantio da próxima safra. Houve impacto por excesso de chuvas na qualidade do trigo colhido no Paraná. O milho primeira safra já foi plantado em mais de um terço da área estimada, na região Sul, e apresenta bom desenvolvimento. Com o término do vazio sanitário, o plantio da soja avança nos estados onde há disponibilidade de água no solo.
Os gráficos de evolução do Índice de Vegetação das regiões onde os cultivos de inverno estão sendo monitorados mostram o Índice próximo ou acima da média, refletindo a boa condição de desenvolvimento da maior parte das lavouras desde a emergência.
Mapa das condições das lavouras nas principais regiões produtoras
Monitoramento das Lavouras (Safra 2021/2022)
Algodão
Maranhão: A colheita das lavouras de primeira e segunda safra de algodão estão sendo finalizadas. O clima favoreceu as operações de campo durante o mês, que já alcançam 96% da área semeada. Estão sendo alcançados bons resultados médios de produtividade e boa qualidade da fibra.
Minas Gerais: O final da colheita está concentrado nas áreas irrigadas e de altitude. A qualidade das fibras é considerada boa, e as condições climáticas registradas até o momento, favorecem os trabalhos no campo. A colheita alcança 93% da área.
Trigo
Paraná: Semeadura concluída e ciclo avançando. Até o final do segundo decêndio de setembro, cerca de 19% das lavouras estavam colhidas, com as operações de colheita em andamento, majoritariamente, nas regiões Oeste e Norte paranaense, que tiveram o plantio mais cedo. As chuvas recentes, no geral, amenizaram o déficit hídrico e melhoraram as lavouras que estavam em desenvolvimento vegetativo, floração e enchimento de grãos. No entanto, as lavouras em maturação foram impactadas negativamente no aspecto da qualidade do grão a ser colhido, devido à maior umidade do produto.
Rio Grande do Sul: Lavouras implantadas e seguindo bom desenvolvimento. As primeiras áreas semeadas estão iniciando a maturação. A maioria segue em floração e desenvolvimento vegetativo. O manejo preventivo em relação às pragas e doenças tem ocorrido em muitas das regiões produtoras. No geral, as lavouras apresentam boas condições, apesar dos índices pluviométricos abaixo do esperado nas últimas semanas e a frente fria registrada no segundo decêndio de setembro pode prejudicar o alcance do potencial produtivo da cultura.
Santa Catarina: Plantio concluído. As lavouras, de maneira geral, apresentam bom desenvolvimento. As primeiras áreas semeadas iniciaram a colheita. Goiás: Colheita do trigo sequeiro finalizada. As áreas com manejo irrigado, que apresentam plantio mais tardio, seguem em plena colheita, se aproximando da conclusão, com destaque para a região Leste do estado. No geral, rendimento e qualidade dos grãos são considerados satisfatórios.
Mato Grosso do Sul: Ciclo em fase final, chegando a 92% da área colhida até o segundo decêndio de setembro. Restam alguns talhões principalmente na região central do estado. A ocorrência de chuvas durante a colheita dificultou o avanço das operações, e a redução da umidade nos grãos deve condicionar o avanço e a finalização da colheita.
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São Paulo: Cerca de 20% da área foi colhida até o fim do segundo decêndio de setembro. O trigo de plantio mais tardio, semeado em maio/junho, está, majoritariamente, em maturação. O déficit hídrico ao qual a cultura foi submetida impactou no seu desenvolvimento e isso já reflete no potencial produtivo. Contudo, a baixa umidade diminuiu a incidência de brusone.
Minas Gerais: Lavouras de sequeiro foram colhidas e as áreas irrigadas estão em fase final de colheita. Ao todo, 95% das áreas de trigo nessa safra já foram colhidas e as demais lavouras se encontram em maturação, com iminência de conclusão.
Bahia: Metade da área semeada com a cultura nessa safra já foi colhida. O microclima da região produtora tem sido favorável e também se aproveita do uso de irrigação complementar. Lavouras remanescentes estão em maturação.
Registro das condições das lavouras de trigo
Monitoramento das Lavouras (Safra 2021/2022)
Milho 1° safra
Rio Grande do Sul: As chuvas regulares permitiram a continuidade da semeadura em bom ritmo. Diante da previsão de ocorrência de La Niña, os agricultores têm antecipado a semeadura, que alcançou 35% da área, frente aos 15% da safra anterior no mesmo período. Na Campanha, estão finalizando a semeadura, na região dos Campos de Cima da Serra, os manejos de pré-semeadura estão sendo realizados. As lavouras implantadas apresentam boa germinação, uniformidade e vigor. O controle de cigarrinha está sendo realizado através da associação de tratamento químico e biológico.
Paraná: Foi iniciada a semeadura do milho 1ª safra, alcançando 32% da área. Dessas áreas, 53% se encontram no estágio de emergência e o restante está em desenvolvimento vegetativo. As precipitações têm sido suficientes para 98% das lavouras já implantadas, que apresentam um bom desenvolvimento. Os 2% restantes estão em situação regular, visto que algumas áreas, principalmente no Sudoeste Paranaense, que foram semeadas no mês de agosto de 2022, sentiram os efeitos de uma menor disponibilidade de água no solo, entre o fim do mês de agosto e início de setembro.
Santa Catarina: A implantação das áreas de milho 1ª safra foi iniciada, sendo que algumas regiões estão com as lavouras em fase inicial de desenvolvimento. Nessas regiões, cerca de 80% da área prevista foi plantada. As condições climáticas favoreceram o estabelecimento das lavouras. Atenção especial está sendo dada em relação ao ataque de cigarrinha, com o tratamento de sementes e aplicações de defensivos ao longo do desenvolvimento das plantas.
Soja
Mato Grosso: Com o término do vazio sanitário estadual, em 15 de setembro, foi iniciada oficialmente a semeadura da soja no estado. Em algumas áreas, sobretudo aquelas sob pivô de irrigação foi iniciada a semeadura. A implantação da leguminosa nos campos de sequeiro devem ganhar celeridade conforme a regularização das chuvas.
Mato Grosso do Sul: A semeadura está incipiente devido ao término recente do vazio sanitário estadual. Há poucas áreas que foram semeadas antes do retorno das chuva, em sua maioria sob pivô-central, que representam menos de 0,5% do total que será cultivado no estado.
Paraná: Tendo em vista que o vazio sanitário encerrou em 10 de setembro no estado, foram iniciadas as atividades de semeadura nas mesorregiões Oeste e Sudoeste. As áreas já implantadas com a oleaginosa se encontram no estágio de emergência, com boa condição de água no solo na maior parte das regiões.