Resultados sugerem que a carne de frango vem perdendo competitividade frente à carne bovina. Mas isso só é aplicável ao curtíssimo prazo.
Na média dos seis primeiros meses de 2022, o valor dispendido pelo consumidor final na aquisição de 1 (um) quilograma de carne bovina de segunda permitia a compra de 3,102 quilogramas de frango resfriado, quase um quinto a menos que o registrado no mesmo semestre do ano passado, quando essa relação ficou em 1,000:3,810.
Tais resultados sugerem que a carne de frango vem perdendo competitividade frente à carne bovina. Mas isso só é aplicável ao curtíssimo prazo, ou seja, no máximo aos últimos dois anos e meio. Pois, em um espaço de tempo mais longo, o ganho do frango é indiscutível.
O gráfico abaixo deixa isso mais claro. A partir dele é possível concluir que no quinquênio 2015/2019 a relação entre carne bovina e frango resfriado girou em torno de 1,000:2,965, isto é, 1 (um) quilograma de carne bovina de segunda sendo suficiente para adquirir perto de 2,965 kg de frango resfriado.
É a partir de 2020 que essa relação começa a se alterar. Pois, entre janeiro de 2020 e o pico de preço registrado pela carne bovina de segunda um ano atrás (R$36,89/kg em agosto de 2021) a variação registrada foi de quase 63%, enquanto os preços do frango resfriado aumentaram, no mesmo período, não mais que 33%.
Os dados são do Procon-SP e se referem aos preços registrados no varejo da cidade de São Paulo. Mas, com certeza, podem ser aplicados, com variação mínima, a todo o território brasileiro.