Com a transição para a agricultura e a consequente sedentarização, houve uma transforma nos nossos ossos.
De acordo com um artigo publicado pela revista científica Discovery Magazine, a estrutura óssea dos seres humanos passou por significativas transformações ao longo do tempo, com a ascensão da agricultura sendo um dos principais impulsionadores desse processo.
Pesquisas recentes, apoiadas pela tecnologia, indicam que os esqueletos contemporâneos são notavelmente mais leves em comparação com os hominídeos ancestrais, como o Homo erectus.
Timothy Ryan, um renomado antropólogo da Universidade Estadual da Pensilvânia, explicou à revista que, em épocas anteriores, a sobrevivência humana exigia atividade física intensa para garantir a obtenção de alimentos, predominantemente através da caça e pesca, o que resultava em ossos mais robustos e densos.
Com a transição para a agricultura e a consequente sedentarização, houve uma adaptação do esqueleto humano a esse novo modo de vida.
“À medida que nossa mobilidade e atividade física diminuíram, a densidade óssea também diminuiu”, explica ele. Esse processo teria se iniciado cerca de 12 mil anos atrás.
Contudo, mesmo com a leveza resultante da prática agrícola, surgiram novos desafios de saúde, como a osteoporose e fraturas mais frequentes devido à redução dos níveis de cálcio no organismo.
A transição da vida nômade para a agricultura trouxe mudanças significativas nos ossos das pernas das mulheres, de acordo com Timothy Ryan. Com a introdução de práticas agrícolas, incluindo o cultivo e a criação de animais, os ossos das pernas tornaram-se menos rígidos.
Por outro lado, os membros superiores demonstravam maior robustez, sugerindo um contato direto dos braços com a terra, provavelmente relacionado ao plantio, cuidado e colheita dos alimentos.
Escrito por Compre Rural
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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