Como os cavalos do Brasil vão às olimpíadas em Paris?

Considerando que os Jogos Olímpicos são realizados em diferentes países a cada edição, a logística envolvida no transporte desses animais é fascinante e complexa.

Em breve, os Jogos Olímpicos de 2024 terão início em Paris, França, e uma questão intrigante surge: como os cavalos de hipismo de todo o mundo chegam ao evento? Considerando que os Jogos Olímpicos são realizados em diferentes países a cada edição, a logística envolvida no transporte desses animais é fascinante e complexa.

O transporte dos cavalos para as competições de hipismo envolve um cuidado ainda maior. Antes da viagem à França, os cavalos passam por um rigoroso processo de documentação e exames, incluindo um período de quarentena determinado pelos órgãos responsáveis de cada país. O Brasil levará nove cavalos para Paris.

Os animais são transportados em contêineres, com três cavalos em cada um. É crucial garantir que dois garanhões não sejam transportados no mesmo contêiner para evitar acidentes. Cada contêiner inclui, em média, três caixas de 180 kg com materiais de trabalho dos tratadores e veterinários.

Como os cavalos do Brasil vão às olimpíadas em Paris?
Foto: Divulgação

Os tratadores e veterinários, altamente especializados, viajam junto com os cavalos e possuem credenciais específicas para exercerem suas funções durante a viagem e nos Jogos Olímpicos.

A equipe responsável pelo transporte dos cavalos do Time Brasil para os Jogos Olímpicos Paris 2024 toma todas as precauções necessárias para evitar qualquer tipo de estresse nos animais. Após a chegada, há um processo de recuperação da viagem e adaptação às novas cocheiras e áreas de treino.

“O transporte dos cavalos do Time Brasil tem algumas particularidades. Primeiro, pelo valor, são animais que custam milhões de dólares. Os cavalos não podem passar por nenhum estresse durante a viagem, pois isso pode comprometer sua performance. Por isso, trabalhamos nos mínimos detalhes”

afirmou Joyce Ardies, gerente de Jogos e Operações Internacionais e subchefe da Missão Paris 2024.

“O principal papel do COB é colaborar com uma empresa especializada, alocar profissionais altamente qualificados e garantir o máximo de conforto durante o transporte. Desde o haras de origem até o local de competição, o transporte deve ser o mais rápido possível. Este é, sem dúvida, um dos nossos maiores desafios logísticos”, acrescentou João Gabriel Pinheiro, integrante da equipe de logística do COB.

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Foto: Divulgação

Procedimentos e cuidados sanitários

Assim como os humanos, os cavalos precisam de documentação para viajar, incluindo um “visto” reconhecido pela Federação Equestre Internacional (FEI). Além disso, os cavalos passam por um período de vigilância de 60 dias antes da viagem para monitorar possíveis doenças. Antes de embarcar para Tóquio, cada animal cumpriu uma quarentena de sete dias, essencial para validar seus certificados sanitários de exportação.

Diferentemente dos humanos, os cavalos dormem em pé, e os estábulos voadores são adaptados para isso, não necessitando de estruturas especiais para que se deitem. A temperatura interna do voo é mantida entre 16ºC e 20ºC para evitar problemas de saúde.

Preparativos para Paris 2024

Como os cavalos do Brasil vão às olimpíadas em Paris?
Foto: Divulgação

Agora, os cavalos brasileiros estão prontos para competir em Paris. A Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) já anunciou os convocados para a modalidade de hipismo saltos: Yuri Mansur, Stephan de Freitas Barcha, Pedro Veniss e Rodrigo Pessoa, que se tornará o recordista brasileiro em participações nos Jogos Olímpicos com sua oitava aparição.

Transporte de embarcações para a Vela

Os barcos dos atletas brasileiros de vela também exigiram atenção especial no planejamento logístico. Embora os barcos saiam de Portugal, o que simplifica um pouco o processo, os equipamentos são frágeis e demandam cuidados específicos durante o transporte em contêineres, caminhões e reboques. Qualquer erro pode danificar os barcos e afetar o desempenho dos atletas brasileiros.

Foto: Divulgação

“Não haveria tempo hábil para substituir um barco danificado, o que significaria competir com uma embarcação comprometida. Por isso, estrategicamente, também transportamos alguns barcos reservas”, explicou João Gabriel Pinheiro. Concluíndo, assim, quando você assistir aos cavalos brasileiros competindo em Paris, saberá como eles chegaram lá.

VEJA O LOCAL QUE VAI ABRIGAR OS CAVALOS:

Escrito por Compre Rural

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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