Tudo o que você precisa saber para proteger o seu negócio; seguro rural está se tornando um dos mais importantes instrumentos da política agrícola
A estiagem e a seca são problemas que sempre preocupam, principalmente, os produtores rurais. A situação vem afetando os produtores há anos, com lavouras e plantações sendo diretamente atingidas por fatores climáticos. Especialistas garantem que a melhor alternativa para reduzir o prejuízo para o produtor rural é contratar seguros especializados.
Segundo dados da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), o seguro rural está se tornando um dos mais importantes instrumentos da política agrícola. Em 2022 o pagamento de indenizações de seguro rural atingiu a marca de R $10,5 bilhões. O número representa um aumento de quase 50% quando comparado com o ano anterior.
O sócio administrador e diretor executivo da Seguros do Brasil, Sandro César de Alarcão, explica a importância do seguro para agronegócios para o produtor rural. “O seguro rural é um aliado da gestão agrária, protegendo contra perdas decorrentes de adversidades que podem afetar a lavoura. Além de garantir a renda, ajuda a manter a estabilidade do produtor na atividade rural. Dessa forma, o seguro rural se torna um aliado do produtor em diferentes fases do campo, desde a mão de obra até a proteção contra condições naturais, por exemplo”, afirma o especialista com 23 anos de atuação no mercado segurador.
Não é à toa que, em 2021, a modalidade de seguro rural arrecadou mais de 13 bilhões de reais. Um aumento de mais de 350% em comparação ao ano de 2018. A expectativa é de que o crescimento se mantenha em 2023, com um aumento de mais de 7%.
Mas afinal, como o seguro agropecuário pode proteger o seu negócio?
O Seguro Agrícola serve para proteger a lavoura contra os imprevistos que podem comprometer a produção e a colheita. Este seguro garante o custo de produção quando ocorre diferença entre a produção segurada e a produção colhida, causada em decorrência de eventos cobertos pela seguradora.
“Essa modalidade de seguro ajuda o produtor rural a conseguir crédito para alimentar o rebanho, proteger a fazenda dos riscos de morte de animais, seu patrimônio e retomada da sua produção. As seguradoras também prestam toda a assistência e suporte para o agricultor solucionar os problemas e dificuldades ocorridas”, explica Sandro.
Além do Seguro Agrícola, os seguros agropecuários envolvem também outras proteções, como o Seguro Propriedades Rurais. Para o especialista, a disseminação deste seguro é importante para que os agricultores diminuam os riscos na atividade agropecuária e consigam manter a sobrevivência do seu negócio. “Esta categoria possui coberturas sobre perdas nos casos de danos parciais ou totais aos bens relacionados às atividades agrícola, pecuária, aquícola ou florestal. Isso desde que não tenham sido oferecidos em garantia nas operações de crédito rural”, ressalta.
E quando o assunto é seguro para agronegócios, nem o maquinário é deixado de lado. Para esta categoria existem dois tipos de seguro: o Seguro Equipamentos Agrícolas e o Seguro Benfeitorias Rurais. É o que explica o sócio administrador e diretor executivo da Seguros do
Brasil.
“O Seguro Equipamentos cobre perdas e/ou danos causados a bens agrícolas móveis, estacionários, acoplados ou portáteis, diretamente relacionados às atividades agrícolas e pecuárias, dados em garantia a empréstimos, financiamentos de crédito rural ou livres de ônus. Já o Seguro Benfeitorias Rurais foi desenvolvido para atender as necessidades e garantir a tranquilidade do produtor rural, possibilitando que em uma única apólice sejam seguradas várias benfeitorias, tornando a contratação mais simples e fácil”.
E não pense que acaba por aí… as seguradoras que prestam este tipo de serviço também oferecem o Seguro Pecuário, que previne e protege os serviços de produção de empresas rurais relacionadas à criação de animais. “Com esse serviço, é possível contar com coberturas em casos de morte ou doenças de animais bovinos e a redução do valor da arroba, embora ainda não disponibilize proteção contra roubo ou furto do rebanho”, garante o especialista.
Este seguro cobre a vida de animais destinados principalmente a consumo, cria, recria, engorda e terminação em confinamento. O que não é o caso, por exemplo, dos cavalos. Mas, para eles, também existe um seguro específico, conhecido como seguro equino. Este plano é indicado, na maioria das vezes, para criadores de animais de raça. O seguro funciona como um plano de saúde para os cavalos, cobrindo cirurgias e até fertilização. Em caso de morte do animal, o segurado também é indenizado.
Como é feito o pagamento de indenização destas coberturas?
A especialista em seguros explica que a comunicação da ocorrência de sinistro deve ser feita pelo responsável pelo animal segurado à seguradora o mais breve possível.
“É importante que sejam tiradas fotos que identificam o animal segurado e que a necropsia seja realizada, com fotos, em caso de morte do animal. Os documentos necessários à regulação do sinistro deverão ser entregues no prazo de até 60 dias após a data do aviso de sinistros e indenizações deverão ser realizadas no prazo máximo de 30 dias a contar do recebimento da totalidade dos documentos básicos obrigatórios”, afirma Sandro César.
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