Integração dos produtos permite melhor aproveitamento de dados e evita perdas de desempenho. Hoje, porém, somente 11% das empresas de tecnologia para agronegócio do Brasil atuam com hardware.
De acordo com dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 76% das agtechs — startups de tecnologia para o agronegócio — utilizam o modelo de Software as a Service (SaaS), ou seja, oferecem soluções online que operam como softwares. Os números apontam para uma tendência: com a crescente digitalização do campo, o uso desses sistemas com as mais diversas finalidades vêm se expandindo ano após ano.
“Um software é, basicamente, um sistema capaz de processar dados e enviar comandos para facilitar a rotina do campo. Com seu uso, é possível mapear e monitorar solos, máquinas agrícolas e plantações, além de gerenciar as atividades da produção agrícola”, comenta Bernardo de Castro, presidente da divisão de Agricultura da Hexagon, que desenvolve soluções digitais para a agricultura.
Mas os softwares são apenas parte do processo de inovação no campo. Sensores, atuadores e computadores embarcados são exemplos de hardware que também possuem papel fundamental na digitalização do agronegócio. “Os softwares têm um potencial de escalabilidade maior, pela sua natureza, e temos visto a sua adoção avançar rapidamente no ambiente agro. No entanto, a combinação destas ferramentas com componentes de hardware dedicados e de alto desempenho é que promoverá o alcance amplo dos benefícios para o produtor”, explica Bernardo.
Para acompanhar um mercado cada vez mais exigente, a divisão de Agricultura da Hexagon lançou recentemente uma geração de displays de última geração. Com processador potente, o HxGN AgrOn Ti10 garante a execução de softwares complexos com desempenho superior, sendo capaz de processar tantos algoritmos avançados como a sincronização entre maquinários. “O Ti10 é um hardware que está preparado para futuras tecnologias, que são possíveis a partir dos seus recursos de alta performance”, destaca o presidente da divisão.
Integração permite melhor desempenho de tecnologias
Assim como a Apple uniu hardware e software e revolucionou o mercado de eletrônicos de consumo, empresas de agronegócio que trabalham com as duas frentes de tecnologia também são capazes de sair à frente nesse setor. “Agregar hardwares e softwares de um mesmo fornecedor é a melhor forma de transformar equipamentos em verdadeiras ferramentas tecnológicas”, explica Bernardo de Castro.
Quando os produtos são integrados, o software consegue extrair as informações do hardware de forma mais eficiente, gerando um melhor aproveitamento de dados e evitando perdas de desempenho. Além disso, há uma otimização dos recursos disponíveis.
Hoje, porém, somente 11% das empresas de tecnologia para agronegócio do Brasil atuam com hardware. Com a chegada do 5G, a expectativa é um aumento nesse número, considerando as novas oportunidades que surgirão nesse mercado. “Para se chegar a um campo efetivamente tecnológico e eficiente, com mais produtividade e economia, softwares e hardwares precisam trabalhar de forma conjunta, em uma relação cíclica”, reforça Bernardo.
O relatório Agricultura Digital 2021, da consultoria 360 Research & Reports, prevê um crescimento de 183% no uso de tecnologias de software e hardware no segmento até 2026.
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