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Transporte rodoviário de cargas no agronegócio movimenta R$ 63 bilhões por ano, mas roubos dão prejuízo de R$ 1,27 bilhão.
As rodovias ligam as longas distâncias entre os polos produtores do agronegócio com os centros consumidores. “A logística tem de ser eficiente, porque não é um desafio estático. Na verdade, o dinamismo não permite parar nem um segundo”, avaliou o diretor de Marketing da Autotrac, Márcio Toscano.
O transporte rodoviário de cargas no agro movimenta R$ 63 bilhões por ano em 8 milhões de viagens, de acordo com a plataforma on-line de fretes FreteBras. Em 2021, os crimes nas estradas causaram o prejuízo de R$ 1,27 bilhão em 14,4 mil registros, segundo dados da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC).
O roubo de cargas no transporte rodoviário dos produtos agropecuários tem aumentado, principalmente nos Estados da Região Sudeste, que concentra mais de 80% dos incidentes. Os itens mais roubados são açúcar, milho e óleo de soja, conforme dados da Pamcary — empresa especializada em gestão de riscos do transporte.
Complexidade do roubo de cargas

Cada carga roubada do agronegócio representa um volume de negócios, desde centenas de milhares até milhões de reais. “Quando um crime digital lesa o caminhoneiro, não está só tirando o dinheiro direto, mas também de forma indireta por relacionar o profissional com a ocorrência criminosa”, contou Maurício Lima, sócio-diretor da Ilos.
O setor busca uma solução para prevenir as ocorrências, uma vez que a apuração e a punição são de função exclusiva da força de segurança pública. Todos os profissionais do volante precisam passar por um treinamento preventivo e contínuo, com imagens e dados coletados em ambientes simulados e reais.
“Usamos simuladores próprios para selecionar os motoristas e capacitá-los com uma grade pedagógica completa”, comentou o diretor de Desenvolvimento e Novos Negócios da Braspress, Tayguara Helou. Durante a operação nas rodovias, o desempenho é monitorado considerando as questões de segurança no trânsito e contra crimes.
Uso de tecnologia para garantir a segurança

A digitalização e a automação de toda a cadeia produtiva, especialmente na mobilidade, pode promover níveis maiores de segurança, com atuação na prevenção de eventos indesejados. A segurança da plataforma é fundamental para garantir a proteção aos dados de caminhoneiros autônomos, dos clientes e da carga transportada.
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A análise de dados via inteligência artificial (IA) possibilita ações preventivas contra crimes no transporte. “Desenvolvemos um indicador de risco dos fretes publicados na plataforma”, conta o Head de Risco e Prevenção à Fraude da Fretebras, Miguel Bocajo. A ferramenta promoveu a redução de 67% do volume de fraudes contra caminhoneiros.
O sistema também emite alertas internos em uma comunicação eficaz, rápida e contínua entre as partes envolvidas no processo, seja usuário, seja caminhoneiro. Em 2021, a companhia ofereceu uma taxa de segurança de 99,2% para empresas. “Isso mostra o quão empenhados nós estamos para proteger as empresas e os caminhoneiros”, lembra Bocajo.
Fonte: CBC Agronegócios, Compre Rural, Fundação Educacional do Município de Assis (Fema), Estadão Blue Studio
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