Cocho criativo e barato para creep-feeding é feito de tambor plástico, peça conta com cobertura para proteção contra a chuva e ajuda no desempenho dos bezerros.
Todo cocho que se preze precisa de uma cobertura para chamar de sua, visando proteger o suplemento da chuva. Há várias formas de se construir essa cobertura, mas elas quase sempre exigem montagem em separado do cocho. Um novo modelo “dois em um” para creep-feeding promete, contudo, resolver esse problema. Ele é feito com a mesma bombona ou tambor plástico que o produtor costuma cortar ao meio para confeccionar cochos para suplementação na fazenda. O que muda é a forma de cortar o recipiente.
Um novo modelo “dois em um” para creep-feeding promete, contudo, resolver esse problema.
Para se fazer a cobertura que protegerá a ração, é preciso, primeiro, efetuar cortes rente ao fundo e à boca do tambor, mas sem completar a circunferência. É preciso deixar 62 cm intactos na parte de baixo, para formar o fundo do recipiente (onde se colocará a ração), e 30 cm na parte de cima, para manter a cobertura conectada ao cocho.
Em seguida, deve-se efetuar cortes no sentido do comprimento do tambor para soltar as peças (abas) que serão usadas para confeccionar a cobertura do cocho. Feito isso, basta puxar as abas para cima com força, para deixá-las retas.
Atenção: é preciso ter cuidado na hora de cortar o tambor, tarefa que pode ser feita com o auxílio de uma esmerilhadeira.
Os cortes laterais não devem ser excessivamente longos, para não deixar o fundo do cocho estreito, nem muito curtos, comprometendo a proteção contra a chuva. É fundamental seguir as medidas indicadas (veja ilustração).
Para que as abas, agora transformadas na cobertura do cocho, se mantenham retas, deve-se colocar suportes em ambas as laterais, como mostra a figura. Esses suportes têm formato triangular, com 45 cm de lado.
“Podem ser feitos de chapa galvanizada, que também protege contra chuvas laterais”, diz Felipe Vilela, agrônomo e consultor da Burgi Consultoria, de Piracicaba, SP, que costuma recomendar esse modelo de cocho para seus clientes.
A chapa triangular, dessas utilizadas para confecção de calhas (0,5 mm de espessura), é presa na bombona com rebites. Recomenda-se passar uma camada de veda-calha, para impermeabilizar.
“Não entra água de modo algum”, garante Vilela. A tampa do tambor também é fixada nele com rebites, para fechar sua boca e formar uma das paredes do cocho.
Ripas nas bordas
Segundo o consultor, outro cuidado a ser tomado é dobrar as quinas para não deixar as extremidades cortantes, evitando assim que os animais se machuquem. Duas ripas finas de madeira, instaladas com rebites, uma do lado de dentro da borda do cocho e outra na borda da cobertura, completam o serviço.
A primeira ripa tem por função impedir que o suplemento caia do recipiente, reduzindo desperdícios. A segunda garante sustentação à cobertura, impedindo que o plástico emborque.
Esse tipo de cocho, que pode ser feito na fazenda ao custo de R$ 100 a R$ 150 por unidade, já é bastante utilizado para alimentação de bezerros em sistemas de creep-feeding, mas também pode servir animais adultos. Nesse caso, é preciso atentar-se à altura entre a base do cocho e o solo.
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Para os bezerros, 50 cm é suficiente; para categorias maiores, Vilela recomenda entre 1,10 e 1,20 m, para evitar que os animais fiquem se coçando na estrutura.
Segundo o consultor, não é a altura ideal de conforto para consumo do suplemento, mas visa garantir uma vida útil mais longa. “Por isso, seu uso na suplementação dessas categorias deve ser ocasional”, diz.
Compre Rural com informações da Revista DBO