Analisar o solo permite ao produtor monitorar várias características da superfície, garantindo assim maior eficácia no desenvolvimento da plantação.
Realizar a análise do solo é fundamental porque é através dela que se pode avaliar a qualidade do solo. De acordo com os resultados, é possível averiguar a fertilidade do solo e realizar a intervenção química necessária.
A análise do solo permite, assim, monitorar os nutrientes no solo, realizar o uso de adubos com eficiência e eficácia, além de desenvolver programas de correção e adubação do solo. Isso garante, consequentemente, melhor produtividade e maior lucratividade das plantações.
As amostras de solo
Uma amostra é uma pequena porção de terra que contém as características do solo, sendo possível representá-lo nas análises. Como ela é relativamente pequena diante de toda a extensão do solo, essa amostragem deve ser retirada de forma técnica e correta, para que os dados correspondam à realidade de todo o terreno.
Tipos de amostra
Existem dois tipos de amostra de solo:
Amostra simples, que é cada porção de terra retirada de apenas um ponto da área. É mais recomendada para a classificação do solo do que para a avaliação de sua fertilidade.
Amostra composta, que é a mistura homogênea de várias amostras simples. Cada amostra composta deve ter no mínimo 15 amostras simples. Esta é a recomendada para a análise da fertilidade do solo.
A época para realizar a coleta de amostras
As amostras podem ser coletadas em qualquer época do ano, mas o momento ideal para retirar as amostras de solo é no início do período de seca, na estação do outono ou inverno, aguardando pelo menos 60 dias após a última parcela de adubação ou quatro meses antes do plantio.
Frequência da realização de amostragem
A coleta de amostras de solo para análise deve ser feita anualmente. Nos casos em que os solos apresentam problemas de fertilidade, recomenda-se que a amostragem e a análise sejam feitas com maior frequência.
Materiais e ferramentas para coletar as amostras
Você vai precisar de:
- trados ou enxadão
- balde plástico
- saco plástico
Passo a passo para retirar as amostras de solo
- Divisão do terreno:
A propriedade deve ser separada em glebas ou talhões homogêneos, considerando os seguintes aspectos: tipo de solo, cor, textura, posição topográfica, cultura ou vegetação anterior, idade das plantas, erosão, drenagem e histórico do solo.
Separe a área, de modo que cada gleba tenha no máximo 20 hectares.
Faça a identificação de cada gleba.
2. Coleta das amostras simples:
Caminhe em zigue-zague por todo o terreno para a coleta das amostras simples ou subamostras. De cada gleba homogênea, deve-se coletar de 15 a 20 amostras simples para a composição das amostras compostas. Um número maior de pontos de coleta proporcionará uma análise que reflete melhor toda a área do terreno, gerando resultados com maior representatividade.
Lembre-se de não coletar amostras em locais que possam alterar os resultados, tais como: formigueiros, depósito de adubo, esterco, calcário, palha ou qualquer material orgânico, perto de casas, estradas ou sulcos de erosão.
- Com o trado, retire as amostras simples com uma profundidade de até 20 cm.
- Reserve a terra retirada em um balde plástico limpo.
- Repita o procedimento para a coleta de todas as outras subamostras.
- Lembre-se de retirar de cada um dos pontos de coleta a mesma quantidade de terra para cada amostra.
- Agora misture as amostras simples coletadas de diversos pontos de uma gleba até que fique bem homogêneo, a fim de que forme a mistura composta.
3. Preparação para o envio da amostra composta ao laboratório:
Da mistura composta no balde, retire 300 gramas, transfira para um saco plástico limpo e embale bem. Depois repita todo o processo de amostragem em outra área.
Faça a correta identificação da amostra de solo no saco plástico, contendo informações como: nome do proprietário, propriedade, gleba amostrada, profundidade da coleta do solo e data.
É importante também que o proprietário tome nota e guarde o número de cada amostra e o local de onde o solo da amostra foi retirado. Tenha junto um mapa da propriedade, identificando as glebas amostradas. Assim, é possível acompanhar a evolução da fertilidade do solo a cada ano.
Devidamente identificadas, as amostras devem, por fim, ser enviadas ao laboratório.
Fonte: Laboratório Água Limpa