Primeiros partos na idade adequada aumentam a lucratividade da primeira lactação em até 14%; Estudo mostra maiores produtividades das matrizes!
Rebanhos leiteiros que conseguem fazer com que suas matrizes tenham o primeiro parto dentro de limites adequados podem obter até 14% a mais na margem líquida na primeira lactação dos animais.
Segundo dados da sexta edição do Índice Ideagri do Leite Brasileiro (IILB 6), divulgados nesta quinta-feira (25/06), rebanhos brasileiros, com predominância de matrizes de raças leiteiras europeias (especialmente a raça holandesa), com idades médias ao primeiro parto (IPP) entre os 24 e os 26 meses, obtêm maiores produções de leite nas primeiras lactações.
Segundo estudo, rebanhos brasileiros, com predominância de matrizes de raças leiteiras europeias, com idades médias ao primeiro parto entre os 24 e os 26 meses, obtêm maiores produções de leite nas primeiras lactações.
“Quanto mais tarde a fêmea parir, menor será a produtividade em sua primeira lactação, especialmente a partir dos 28 meses“, diz Heloise Duarte, CEO da Ideagri. “Em função desse atraso, além da perda na produtividade, ocorre o aumento de 3 ou 4 meses no tempo de permanência improdutiva das novilhas na propriedade, antes do primeiro parto, gerando um impacto significativo na rentabilidade da atividade leiteira.”
Ao avaliar mais de 11 mil primeiras lactações individuais de matrizes de raças leiteiras europeias, o estudo aponta que matrizes com primeiro parto aos 24 meses produzem, em média, na primeira lactação, 8.951 litros em 305 dias, contra 8.464 litros para matrizes com primeiro parto a partir dos 28 meses.
“A análise dos dados das lactações individuais mostrou que novilhas com predominância de sangue europeu, parindo pela primeira vez com idade entre 23 a 25 meses, produzem mais leite na primeira lactação do que novilhas parindo a primeira vez mais velhas ou mais precocemente“, afirma a CEO da Ideagri.
Nas avaliações por média de rebanho, o IILB6 mostra que fazendas com IPP médio menor ou igual a 25 meses, produzem, em média, 8.429 litros por animal na primeira lactação, contra 7.276 litros por animal quando o IPP é maior ou igual a 28 meses.
Considerando uma margem líquida de R$ 0,30/ litro, o IPP de 25 meses indica o retorno de R$ 2.528,70 por animal. Já com IPP a partir de 28 meses o retorno é de R$ 2.182,80, ou seja, R$ 345,90 a menos, uma diferença de 14% na margem líquida na primeira lactação.
“Reduzir a idade ao primeiro parto, com o manejo adequado das bezerras, dilui os custos de criação, aumenta a produtividade e a rentabilidade, além de impactar no bem-estar do animal,” diz Heloise Duarte.
Heloise destaca que, apesar das evidências apontarem com clareza esses benefícios, apenas 45% dos rebanhos analisados pelo estudo registram primeiro parto na faixa mais produtiva (até 25 meses). “Há uma importante parcela de propriedades que podem melhorar seus índices zootécnicos e sua rentabilidade,” diz a CEO.
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Saiba mais sobre o estudo
Para chegar a essas conclusões, foram analisados os dados de 132 rebanhos mais homogêneos, com predominância de raças leiteiras européias, selecionados dentro do universo de 985 rebanhos leiteiros brasileiros qualificados para a sexta edição do IILB. A seleção foi feita para permitir a comparação com resultados de outros estudos.
“Pesquisas recentes nos EUA mostram que primeiros partos ocorridos entre 23 e 24 meses de idade estão correlacionados a uma maior produção de leite na primeira lactação e, por conseguinte, durante a vida da matriz”, compara Heloise Duarte. “Evitar que os primeiros partos ocorram tardiamente também diminui o tempo improdutivo de permanência da fêmea na fazenda.”
Fonte: Portal DBO