Segundo a Aprosoja, a violência no campo tem preocupado a população que vive na zona rural e também as autoridades estaduais.
As metodologias de análises criminais para melhorar a segurança foram debatidas no primeiro workshop Força no Campo – operação Combate ao Roubo, realizado na sexta (11), em Cuiabá, pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) em parceria com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).A violência no campo tem preocupado a população que vive na zona rural e também as autoridades estaduais.
“A partir da parceria entre Estado e Aprosoja poderemos ter mais eficiência na proteção dos produtores rurais, das pessoas do campo. Percebemos que, com o fortalecimento do sistema no perímetro urbano, houve uma migração da criminalidade para a área rural. Nós, com tecnologia, criatividade, com a criação e atuação da ronda rural, teremos resultados muito melhores no campo e paz para os produtores”, afirma Rogers Jarbas, secretário de Estado de Segurança Pública.
Para Roseli Giachini, 2ª vice-presidente Norte e coordenadora da comissão de Defesa Agrícola da entidade, o desafio é grande no combate aos crimes no campo, porém, com esta parceria entre Estado e agricultores haverá condições para implementação de estratégia para coibir os crimes. “Será uma ação conjunta: nós conhecemos o ambiente rural, mas não temos conhecimento de segurança pública. A secretária tem a expertise para traçar estratégias e implementar ações”, acredita Roseli.
A Polícia Civil já levantou informações importantes sobre as organizações criminosas que atuam no campo e o foco é na ação preventiva. Segundo Diogo Santana de Souza, delegado titular do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO), houve uma migração das organizações criminosas, que costumeiramente atuavam em roubo a banco, por exemplo, e agora atuam fortemente no roubo e furto de defensivos agrícolas.
“Procuramos focar na prevenção, pois este tipo de crime apresenta algumas peculiaridades. Muitas vezes, depois do roubo ou furto, o produto já é aplicado em alguma propriedade, ou seja, fica impossível reaver e o produtor fica no prejuízo. Então, procuramos apresentar medidas para evitar os crimes”, acrescenta o delegado do GCCO.
O professor João Apolinário da Silva, da Universidade Salvador (Unifacs), trabalhou com o grupo a análise criminal, ou seja, como conhecer a atividade criminosa e estimular as potenciais vítimas a encontrarem meio de reduzir a possibilidade dos crimes. Na prática, o doutor João Apolinário aponta como ferramenta realizar um minucioso processo de seleção de funcionários e manter sempre atualizado o cadastro deles e dos fornecedores.
Os produtores rurais avaliaram como fundamental a discussão sobre segurança para quem vive no campo ou tem seu negócio sediado na área rural. A delegada coordenadora da Aprosoja em Tangará da Serra, Eloiza Zuconelli, acredita que a aproximação da entidade com a secretaria de Segurança Pública é importante.
“Estamos vivendo um grande problema, mas estamos buscando soluções. Os roubos e furtos de defensivos trazem muita insegurança para nós no campo, não só para os proprietários, que terão prejuízos materiais, mas também para as famílias de funcionários que vivem nas fazendas”, afirma. Para ela, cabe ao agricultor fazer esta aproximação com as forças policiais de seus municípios, aproveitar as informações repassadas no treinamento e multiplica-las em seus Núcleos.
Fonte: Ascom Aprosoja