Com Lula, JBS anuncia que terá maior frigorífico da América Latina

Em evento com o presidente da República, a JBS informa que investirá R$ 150 milhões para duplicar a produção de unidade em Campo Grande, gerando 2,3 mil novos empregos; Unidade será o maior frigorífico da América Latina.

A JBS anunciou nesta sexta-feira (12) que vai duplicar a capacidade de processamento e a força de trabalho de sua unidade Campo Grande II, em Mato Grosso do Sul, o que vai torná-la a maior planta de carne bovina de toda a América Latina e uma das três maiores da JBS no mundo. A Companhia vai investir R$ 150 milhões para permitir que, daqui um ano, o volume processado diariamente na fábrica passe de 2.200 para 4.400 animais, enquanto a quantidade de colaboradores vai saltar de 2.300 para 4.600.

O anúncio ocorre durante evento que marca o primeiro embarque de carne bovina dessa fábrica para a China. A unidade Campo Grande II da JBS foi uma das 38 habilitadas pelo governo chinês, em 12 de março passado. Participam da cerimônia o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, a ministra das Mulheres, Aparecida Gonçalves, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, entre outras autoridades públicas e lideranças empresariais.

A primeira carne que o chinês vai receber desse frigorífico vai ser eu que vou embrulhar. E vou aproveitar, e vou colocar meu nome na picanha, pra que eles saibam que estou exportando a picanha” – disse o presidente antes de embarcar para o evento na JBS.

Após conhecer a linha de produção e cumprimentar funcionários da JBS em Campo Grande, o presidente Lula selou o primeiro carregamento de carne bovina de Mato Grosso do Sul que seguiu para a China. Acompanhado do governador Eduardo Riedel (PSDB), dos acionistas majoritários da JBS, Wesley e Joesley Batista, e do ministro Carlos Fávaro, ainda no interior da unidade, ele carimbou peça de carne para exportação. 

maior frigorífico da América Latina
Lula carimbou peça de picanha que será enviada para fora do Brasil (Foto: Ricardo Stuckert/Palácio do Planalto)

“Essas 38 habilitações pra China significam um passo gigantesco para o agronegócio brasileiro. Significam crescimento, geração de emprego e renda. Para indústria, para o campo, para as pessoas, para o comércio, para cidades”, afirmou Gilberto Tomazoni, CEO global da JBS

“Operam em muitos países ao redor do mundo e nenhum deles é hoje tão atrativo quanto o Brasil para se investir no agronegócio”, completou.

Novas habilitações

Antes dessa recente lista de habilitações, divulgada pelo governo chinês em 12 de março, o Brasil contava com 106 plantas habilitadas para exportar ao país asiático. Agora são 144. Mato Grosso do Sul tinha apenas três fábricas de proteína bovina habilitadas, tendo passado agora para nove. O estado foi o que mais teve novas habilitações entre todas as unidades da federação no anúncio do mês passado.

Com as liberações, as unidades de produção de bovinos de Mato Grosso do Sul agora podem embarcar por um volume equivalente a 2,3 milhões de animais, acréscimo de 1,87 milhão. Antes, o número de exportação para a China alcançava um número equivalente a, no máximo, 467 mil cabeças. Considerando o share de processamento no estado, o potencial de embarque para a China subiu de 11,4% para 57,1%.

maior frigorífico da América Latina
Foto: JBS

A unidade Campo Grande II foi uma das habilitadas em março. Construída em 2007 e adquirida pela JBS em 2010, conta hoje com 2.300 colaboradores e produz, todos os dias, 440 toneladas de carne e 136 toneladas de hambúrgueres (ou 2,4 milhões de unidades). Além da China, a fábrica pode exportar para Estados Unidos, Argélia, Egito, Emirados Árabes Unidos, Argentina, União Europeia e Chile, entre outros.

Desenvolvimento socioeconômico

Segundo pesquisa da FIPE (Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas), divulgada no ano passado, a JBS e as redes produtivas ligadas a ela movimentaram 2,1% do PIB brasileiro e contribuem para gerar 2,73% dos empregos do país. Somente em Mato Grosso do Sul, o impacto chega a 3,79% do PIB e contribui para criar 7,2% dos postos de trabalho no estado. Diretamente, a JBS emprega 155 mil pessoas em todo o Brasil, das quais 17,3 mil no estado, que conta com 25 fábricas de bovinos, frangos e suínos.

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