Com grande oferta, boi gordo segue pressionado; Veja as cotações

O cenário atual favorece a tentativa das indústrias frigoríficas de testar patamares mais baixos de preços para o boi gordo, impulsionadas pela grande quantidade de animais ofertados e pela posição confortável das escalas de abate, que excedem os dez dias úteis em nível nacional; confira

O mercado físico do boi gordo voltou a registrar preços mais fracos nas principais regiões de produção e comercialização do Brasil. O cenário atual favorece a tentativa das indústrias frigoríficas de testar patamares mais baixos de preços, impulsionadas pela grande quantidade de animais ofertados e pela posição confortável das escalas de abate, que excedem os dez dias úteis em nível nacional.

Segundo Fernando Henrique Iglesias, analista da consultoria Safras & Mercado, “o volume de carne bovina exportada segue bastante expressivo nesta temporada, com expectativa de estabelecer um novo recorde”.

Embora o viés continue de baixa, as cotações dos animais terminados seguem estáveis neste início de semana na maioria das praças brasileiras. Pelos dados apurados pela Scot Consultoria, o valor do boi gordo “comum”, assim como as cotações da vaca, novilha e do “boi-China”, andaram de lado nesta terça-feira no Estado de São Paulo, uma das principais referências no mercado pecuário brasileiro.

Desse modo, o animal destinado ao mercado doméstico paulista continua valendo R$ 217/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 195/@ e R$ 210/@, respectivamente (preços brutos e a prazo), de acordo com a Scot. O “boi-China”, por sua vez, é vendido por R$ 220/@ nos balcões de São Paulo, com ágio de R$ 3/@ sobre o animal “comum”, acrescenta a consultoria.

Porém, a equipe de analistas da Agrifatto chama a atenção para o atual movimento de valorização da arroba na bolsa B3 e, no mercado físico, para a (embora ainda pequena) redução nas escalas de abate, além do forte aquecimento dos embarques de carne bovina brasileira. Tais fatores podem ajudar a reverter a tendência de baixa na arroba, embora seja possível determinar o exato momento dessa mudança de viéis nos preços.

De acordo com os dados do Indicador do Boi Gordo CEPEA/B3, divulgados em 11 de junho de 2024, o valor da arroba foi registrado em R$ 216,00, apresentando uma leve variação diária de 0,09%. No entanto, no acumulado do mês, a queda foi mais acentuada, com uma variação negativa de 2,33%. Em termos de dólar, o valor foi de US$ 40,31, refletindo o impacto do câmbio na comercialização da carne bovina.

Preços do boi gordo:

São Paulo — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abates de quinze dias;

Minas Gerais — O “boi comum” vale R$195,00 a arroba. O “boi China”, R$200,00. Média de R$197,50. Vaca a R$180,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de dezessete dias;

Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$212,50. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de dez dias;

Mato Grosso — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$200,00. Média de R$200,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de dez dias;

Tocantins — O “boi comum” vale R$195,00 a arroba. O “boi China”, R$200,00. Média de R$197,50. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de quinze dias;

Pará — O “boi comum” vale R$195,00 a arroba. O “boi China”, R$200,00. Média de R$197,50. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de dezoito dias;

Goiás — O “boi comum” vale R$195,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$200,00. Média de R$197,50. Vaca a R$180,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de quinze dias;

Rondônia — O boi vale R$185,00 a arroba. Vaca a R$170,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de catorze dias;

Maranhão — O boi vale R$195,00 por arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de doze dias;

Paraná — O boi vale R$210,00 por arroba. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de onze dias.

Mercado atacadista

No mercado atacadista, os preços permanecem acomodados, sem força para subir, mesmo na primeira quinzena do mês, que normalmente registra maior consumo. As indústrias frigoríficas relatam uma grande quantidade de produto estocado, alinhado com a atual posição das escalas de abate. “Nesse ambiente, a carne bovina vem ganhando competitividade na comparação com as proteínas concorrentes, especialmente se comparada à carne de frango”, afirmou Iglesias. Os preços no atacado são:

  • Quarto traseiro: R$ 17,00 por quilo
  • Ponta de agulha: R$ 12,50 por quilo
  • Quarto dianteiro: R$ 12,50 por quilo

Câmbio

O dólar comercial fechou a sessão em alta de 0,08%, sendo negociado a R$ 5,3605 para venda e R$ 5,3586 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre R$ 5,3363 e R$ 5,3729.

Escrito por Compre Rural.

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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