Com espaço para 500 touros, central celebra 5 mi de doses de sêmen bovino em 2023

Seleon comemora dez anos e a marca de 5 milhões de doses de sêmen bovino; central apresentou um crescimento de 200% nos últimos dois anos

É indiscutível o papel da Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) na pecuária brasileira. Com ajuda desta biotecnologia reprodutiva, hoje, vacas emprenham mais cedo, sem a barreira do anestro pós-parto, e os novilhos são abatidos mais jovens, pesados, com melhor acabamento de carcaça e qualidade de carne superior. E parte deste sucesso passa pela Seleon Biotecnologia, localizada em Itatinga, no interior de São Paulo, às margens da Rodovia Castelo Branco, próximo de Botucatu.

Distribuído em uma 150 hectares, o centro de coleta e processamento de sêmen opera na capacidade máxima de 500 touros, após um crescimento de 200% nos últimos dois anos, resultando em um recorde de 5 milhões de doses em 2023. Especializada na prestação de serviço, 80% da produção têm como destino centrais de inseminação como Genex, ST Repro, Select Sires, Accelerated Genetics, ST GEN e Zebu Fértil e 20% pecuaristas com ou sem marca própria de carne bovina e ainda grandes players do mercado de reprodutores avaliados.

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Foto: Divulgação

Para o diretor-executivo da Seleon Biotecnologia, Rafael Zonzini, o diferencial da empresa está na qualidade do produto. A preocupação é que o sêmen coletado apresente alta performance não apenas nos ensaios de laboratório, mas, principalmente, nos rebanhos comerciais, onde é necessário obter altas taxas de prenhez na IATF. “É possível dizer que estamos um passo à frente quando o assunto é a qualidade de sêmen e a taxa de prenhez. Não tivemos um recall sequer nestes dez anos”, comemora Zonzini, que inicia as comemorações do aniversário da empresa na ExpoGenética, que segue até o dia 27 de agosto em Uberaba (MG).

Reconhecida, inclusive, pelas demais centrais, o sucesso da Seleon Biotecnologia não surgiu por acaso, foi um projeto construído a longo prazo. A empresa investiu em equipamentos de ponta desenvolvidos na Europa e nos Estados Unidos que permitiram qualificar as partidas de sêmen e seu provável desempenho na vacada Brasil a fora, com apoio de parcerias de peso como Embrapa, USP, Unesp, UEL, Fapesp, Finep e Capes.

“Esse ponto é muito importante porque desvendamos fatores nebulosos sobre muitos touros reconhecidos irem bem em alguns programas de IATF e mal em outros; e muitas vezes isso acontecia na mesma partida de sêmen. Comprovamos que uma situação desafiadora no campo, como vacas com condição corporal comprometida ou o fato da novilha ser uma primípara jovem, por exemplo, exige uma longevidade maior do potencial fertilizante do touro”, explica o diretor técnico da Seleon, José Roberto Potiens.

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Foto: Divulgação

Estrutura da Seleon Biotecnologia

  • Capacidade para 500 touros;
  • Produção própria de volumoso;
  • Piquetes com grama estrela;
  • Enfermaria;
  • Centro de coleta e estoque criogênico;
  • Habilitada para exportação;
  • Mão de obra especializada
  • Currais antiestresse e com pisos especiais;
  • Investimento em bem-estar animal.

Como resultado, tornou-se possível à empresa reduzir os custos e o tempo gasto para testar touros sem histórico de fertilidade, mapear aqueles superiores e elaborar curvas de resfriamento e congelamento de sêmen personalizadas, com a finalidade de otimizar o desempenho de reprodutores de alto valor genético que tendam apresentar baixa performance na inseminação.

IATF para a realidade tropical

Segundo Bruno Grubisich, presidente da Seleon Biotecnologia, a pecuária tropical é a resposta à produção sustentável de proteína animal dentro e fora do país. Acredita que o pecuarista brasileiro é arrojado e passou a enxergar na IATF um caminho crítico para seguir com rentabilidade, mesmo nos ciclos de baixa de preços. Mas, para tanto, é necessário o uso de tecnologias voltadas à realidade brasileira. Foi a partir desta premissa que os pilares da companhia foram construídos há uma década.

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Foto: Divulgação

“A IATF já era uma realidade em 2013, mas ainda precisava de uma maior tropicalização para ganhar mais usuários. Ser mais confiável e amigável no seu uso. Vimos a oportunidade de investir em um centro de grande capacidade para atender um grupo de empresas e produtores que parecia estar sendo deixado de lado”, lembra Grubisich. Atualmente, a central possui um moderno centro de coleta, bem localizado e investe pesado no bem-estar animal. “Não poupamos esforços e investimentos para proporcionar aos reprodutores o melhor manejo”, conclui.

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