Resultado positivo foi puxado principalmente pela soja, carne de frango e açúcar, responsáveis por 51% das exportações, que totalizaram US$ 23,3 bilhões no último.
O Paraná terminou o ano de 2024 com um saldo comercial internacional positivo de US$ 3,7 bilhões, obtendo o maior superávit financeiro da região Sul do Brasil no mercado mundial. O valor é o resultado de uma receita de US$ 23,3 bilhões obtida com exportações de produtos paranaenses e da aquisição de US$ 19,6 bilhões em produtos de outros países. Foi o quinto melhor resultado do País no período e o segundo melhor da série histórica recente, atrás apenas de 2023.
As informações foram levantadas pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) a partir de dados disponibilizados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e disponibilizadas em um relatório.
Nas exportações, os principais destaques foram a soja em grão, a carne de frango in natura, o farelo de soja e o açúcar bruto, que geraram receitas de US$ 5,3 bilhões, US$ 3,9 bilhões, US$ 1,5 bilhão e US$ 1,3 bilhão, respectivamente. Juntos, esses quatro produtos responderam por 51% do total das vendas paranaenses para o Exterior em 2024. No complexo alimentar, o Paraná também vendeu US$ 404 milhões em carne suína in natura, US$ 326 milhões em café e US$ 124 milhões de carne bovina in natura.
O Paraná ainda exportou em grande escala automóveis, com aumento de 22,3% em relação a 2023, chegando a US$ 666 milhões, madeira compensada ou contraplacada, com 20,7%, e cereais.
O maior mercado consumidor dos produtos estaduais foi novamente a China, que representou US$ 5,8 bilhões em receitas para as empresas instaladas no Estado no último ano. Depois, aparecem os Estados Unidos, com US$ 1,6 bilhão, seguidos pela vizinha Argentina (US$ 1,2 bilhão) e o México (US$ 1 bilhão). Paraguai, Chile, Emirados Árabes Unidos, Peru, Holanda e Irã completam o top 10.
No sentido oposto, os adubos e fertilizantes representaram a maior fatia das importações, com US$ 2,2 bilhões, influenciada diretamente pela grande e crescente demanda do setor agropecuário paranaense. O agronegócio, ao lado da indústria, também foi o responsável por grande parte dos outros produtos mais importados, como os óleos e combustíveis (US$ 1,6 bilhão), os produtos químicos orgânicos (US$ 1,2 bilhão) e as autopeças (US$ 1,2 bilhão).
Os maiores fornecedores de mercadorias ao Paraná foram a China, com vendas de US$ 4,6 bilhões, a Rússia (US$ 2,1 bilhões), os Estados Unidos (US$ 1,5 bilhão) e a Argentina (US$ 1,4 bilhão), demonstrando um equilíbrio na balança comercial.
Segundo o presidente do Ipardes, Jorge Callado, ao exportar mais do que importa, o Estado contribui para a geração de mais reservas cambiais em moeda estrangeira, ajudando o Brasil a manter uma economia estável frente ao mercado internacional.
“Nos últimos meses, o Banco Central realizou várias operações de venda de dólares, objetivando controlar a desvalorização do real, e o Paraná, com seus saldos comerciais positivos, contribui para que o País tenha reservas cambiais suficientes para essas ações”, avalia.
Fonte: AEN
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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