Colostro Bovino é um alimento humano funcional e nutracêutico

O colostro bovino é o primeiro leite produzido pela fêmea depois de dar cria e de acordo coma pesquisadora Mara Helena Saalfeld pode ser útil a raça humana.

A médica veterinária e assistente técnica regional de sistemas de produção animal da Emater/RS-Ascar de Pelotas, Mara Helena Saalfeld, é finalista da 9ª edição do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social, com seu trabalho técnico e de pesquisa científica sobre a inclusão, na alimentação humana, do colostro, que é o leite produzido pela vaca nos cinco primeiros dias após parir.

Mara Helena Saalfeld finalista da 9ª edição do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social
Mara Helena Saalfeld finalista da 9ª edição do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social

Com o título de “Colostro Bovino: A redescoberta de um alimento humano funcional e nutracêutico”, a tecnologia social é uma das 173 consideradas aptas a receber a certificação no ano de 2017, de um total de 735 iniciativas inscritas.

A próxima etapa do Prêmio está prevista para o dia 15 de agosto, com a divulgação dos projetos finalistas, e as propostas vencedoras serão anunciadas na cerimônia de premiação, em novembro.

Neste ano, a Fundação Banco do Brasil irá premiar com R$ 50 mil cada uma das seis iniciativas vencedoras nas categorias nacionais e esta edição tem a cooperação da Unesco no Brasil e o apoio do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), do Banco Mundial, da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

Essa não é a primeira vez em que o trabalho da extensionista da Emater/RS-Ascar é reconhecido. Em 2007, Mara recebeu o Prêmio Tecnologia Social da Fundação Banco do Brasil, Petrobras e Unesco, com a tecnologia de Silagem de Colostro para Alimentação de Terneiros, como forma de aproveitar os nutrientes que, antes, eram descartados. E desde 2008, a doutora passou a investigar a possibilidade da inclusão da matéria-prima também na alimentação humana.

Em março deste ano, como resultado de quase uma década de esforços junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), conseguiu que a Presidência da República emitisse o Decreto Nº 9.013, eliminando o artigo que proibia o aproveitamento de colostro para fins de alimentação humana.

“O colostro tem os mesmos constituintes do leite, como anticorpos e bactérias probióticos, só que em maiores quantidades e, por isso, ele é utilizado no mundo todo, não só como alimento, mas na indústria de medicamentos e suplemento alimentares para atletas. Ele era proibido no Brasil por uma questão técnica, devido ao processo de pasteurização, que exige temperaturas diferentes para o leite e para o colostro, e não por questão nutricional”, explica Mara.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater/RS

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