Colheita da soja avança e produtividade está em declínio no RS

Em Caxias do Sul, cerca de 20 mil hectares ainda não puderam ser colhidos, sofrendo deterioração total dos grãos, que inviabilizou a colheita.

No município de Bagé, estima-se que ainda restam 35% de soja por colher; e em Aceguá, 30%. Em Dom Pedrito, 51% foram colhidos, e a produtividade média é de 1.680 kg/ha, mas os descontos por grãos avariados aumentaram significativamente nos últimos dias. Na Fronteira Oeste, a colheita avançou, mas as produtividades continuam em declínio em função das condições adversas durante o enchimento de grãos e do excesso de umidade recente.

Em Alegrete, as produtividades variam entre 1.200 e 2.100 kg/ha nas melhores lavouras, e cerca de 35% ainda estão por colher. Em Manoel Viana, a colheita está próxima da conclusão, mas as perdas provocadas pelas chuvas ultrapassam 50%. Em São Borja, estima-se que 90% da colheita esteja concluída, mas algumas áreas foram totalmente perdidas devido a alagamentos prolongados. Em São Gabriel, em torno de 85% da área foi colhida, e as perdas são consideráveis nessas lavouras, levando muitos produtores a abandonar aquelas próximas a cursos d’água em decorrência das dificuldades de acesso e da baixa produtividade.

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Em Caxias do Sul, aproximadamente 250 mil hectares foram cultivados. Cerca de 20 mil hectares ainda não puderam ser colhidos, sofrendo deterioração total dos grãos, que inviabilizou a colheita. Em Erechim, 98% foram colhidos, restando apenas 2% com grãos maduros. Em Frederico Westphalen, a colheita está praticamente concluída: 99% efetuada, e 1% com grãos maduros, prontos para serem colhidos. A produtividade tem apresentado variações significativas desde o início da operação; a estimativa final situa-se em torno de 3.600 kg/ha. Apesar das dificuldades impostas pelas chuvas, algumas colheitas foram realizadas, porém a qualidade dos grãos tem sido inferior. Em Ijuí, a elevada umidade impediu a continuidade da colheita. Das lavouras semeadas em 2023, restam pequenas áreas nas partes mais baixas do relevo, onde ainda há acúmulo de água, e o tráfego de máquinas é extremamente difícil. As perdas são substanciais, chegando a inviabilizar economicamente a colheita.

O longo período de alta umidade comprometeu a qualidade dos grãos e a produtividade das lavouras de segundo cultivo. Entretanto, de modo geral, a safra é considerada satisfatória, pois a área plantada está estimada em aproximadamente 970 mil hectares, e a produtividade está em torno de 3.600 kg/ha nos 97% já colhidos.

De acordo com o último boletim atualizado da Emater/Ascar – RS, na região da Campanha, os produtores enfrentam grandes desafios operacionais em relação a máquinas colhedoras, como atolamento, problemas mecânicos, dificuldades em manter as plataformas de corte rentes ao solo e formação de rastros profundos com o rodado. Nas unidades de secagem, as filas foram extensas, levando até três dias para realizar a descarga e, consequentemente, causando a interrupção da colheita pela falta de caminhões.

Fonte: Agroclima

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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